Aqui pode acompanhar as últimas noticias relacionadas com a H&M. As notícias são uma componente importante pois ajudam a manter uma linha condutora em relação aos eventos mais relevantes que afetam a empresa.
09 Out
H&M enfrenta desafios e reforça investimentos em marketing
– H&M abandona meta de margem para 2024 devido a custos elevados e concorrência feroz
– Lucros operacionais do terceiro trimestre abaixo das expectativas; ações caem 8%
– Investimentos em marketing e reforço da marca com novas coleções e eventos internacionais
– CEO Daniel Erver aposta em elevar a imagem da H&M e prevê aumento de 11% nas vendas de setembro
– Concorrência da Zara e Shein, juntamente com inflação, desafia a recuperação da empresa
– Aumento das existências e perturbações no transporte afetam operações da H&M
A H&M, uma das maiores retalhistas de moda do mundo, está a atravessar um período de transição ao abandonar a sua meta de margem operacional para 2024, à medida que os lucros operacionais do terceiro trimestre ficaram abaixo das expectativas. Entre os fatores que contribuíram para este cenário estão os descontos elevados, o aumento dos custos e a forte concorrência de rivais como a Zara e a Shein.
Em junho, a empresa já havia indicado que os custos dos materiais dificultavam o cumprimento das metas estabelecidas, mas o abandono completo do objetivo de margem, sem novas orientações para o próximo ano, aumentou a pressão sobre o CEO, Daniel Erver. Para mitigar os impactos negativos, a empresa tem apostado fortemente em marketing e inovação.
Campanha de Marketing e Fortalecimento da Marca
Erver, numa entrevista à Reuters, defendeu o seu plano estratégico, afirmando que a H&M está a “elevar a fasquia” e a reforçar a marca com investimentos em marketing, produtos e na experiência de compra. “É um investimento para criar entusiasmo em torno da marca H&M”, explicou Erver. A empresa já planeia continuar os esforços no quarto trimestre, com uma avaliação a ser feita antes de traçar as estratégias até 2025.
A coleção de outono foi muito bem recebida pelos consumidores, com a H&M a prever um aumento de 11% nas vendas de setembro em moeda local, comparando com o mesmo período do ano anterior. Como parte da sua campanha de marketing, a H&M organizou 12 eventos em oito cidades, incluindo Londres, para promover a nova coleção.
Apesar de não divulgar pormenores sobre os gastos em marketing, a empresa informou que as despesas no quarto trimestre serão “um pouco mais elevadas” do que no terceiro. O analista William Woods, da Bernstein, comentou que o investimento em celebridades como Charli XCX, envolvida num evento de lançamento em Londres, faz parte dessa estratégia, embora tenha salientado que “Charli XCX não é barata”.
Gestão de Preços e Desafios Operacionais
A sensibilidade dos consumidores ao preço continua a ser uma preocupação central para a H&M, levando a empresa a fazer descontos táticos para manter a competitividade. O custo das remarcações, que já afetou os lucros do terceiro trimestre, deverá continuar a aumentar no próximo.
Outro desafio enfrentado pela empresa está relacionado com o aumento das existências de vestuário, que subiram para 17,8% das vendas dos últimos 12 meses, em comparação com 17,1% há um ano. Erver justificou o aumento das existências devido a perturbações no transporte causadas pela insegurança no Mar Vermelho e a compras “mais agressivas” antes do lançamento da coleção de outono. Contudo, o CEO afirmou o compromisso da H&M em reduzir as existências para os 12-14% das vendas, meta de longo prazo da empresa.
Lucros e Competição
O lucro operacional da H&M no terceiro trimestre foi de 3,51 mil milhões de coroas suecas, abaixo das previsões dos analistas que estimavam 4,74 mil milhões. Este é apenas o segundo relatório de resultados sob a liderança de Daniel Erver, que assumiu o cargo em janeiro após a saída inesperada do seu antecessor.
A performance da H&M contrasta com a da sua maior concorrente, a Inditex (proprietária da Zara), que reportou um aumento nas vendas da coleção de outono/inverno no início de setembro. Além disso, a britânica Next também melhorou as suas previsões de lucro devido a um desempenho acima do esperado nas negociações recentes.
Num esforço para valorizar as suas ações, a H&M anunciou a recompra de mil milhões de coroas suecas em ações, mas, até ao momento, as suas ações caíram 5% em 2024, com um desempenho inferior ao da Inditex.
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