Principais destaques do dia nas maiores economias mundiais e bancos centrais. Os temas que movem o mercado acionista, dívida, cambial, mercadorias e cripto.
Macroeconomia e Bancos Centrais
Ásia e Médio Oriente
- O líder de Hong Kong comprometeu-se, na quarta-feira, a reformar e revitalizar a economia e os mercados financeiros, incluindo a redução dos impostos sobre as bebidas alcoólicas, enquanto procura melhorar as difíceis condições de vida dos cidadãos mais pobres. No seu terceiro discurso político anual, John Lee enfatizou a necessidade de “aprofundar as nossas reformas e explorar novas áreas de crescimento”, alinhando-se com as prioridades nacionais da China e os apelos recentes de Pequim para que todos os setores colaborem na promoção do desenvolvimento e crescimento económico.
- O Banco do Japão deve aumentar as taxas de juro a um ritmo “muito moderado” e evitar aumentos prematuros, alertou o responsável político Seiji Adachi na quarta-feira. Ele destacou que novas subidas do iene e o abrandamento da procura global podem impactar negativamente a inflação e o crescimento dos salários. Adachi mencionou que a economia japonesa já preencheu as condições para normalizar a política monetária ultra expansionista, com a economia a manter-se robusta e os aumentos de preços a alargarem-se.
Mercado de Dívida
Ásia e Médio Oriente
- As taxas de rendibilidade das obrigações do Tesouro japonês (JGB) recuaram na quarta-feira, em linha com a queda das taxas de rendibilidade do Tesouro dos EUA durante a noite. As reações ao apelo de um membro do Conselho de Administração do Banco do Japão, que sugeriu um “ritmo moderado” na subida das taxas de juro, foram igualmente contidas, não provocando grandes movimentos no mercado.
Europa e Rússia
- As taxas de rendibilidade das obrigações da zona euro caíram para o nível mais baixo em mais de uma semana na quarta-feira, antecipando um corte nas taxas de juro que é amplamente esperado pelo Banco Central Europeu.
Mercado Acionista
Ásia e Médio Oriente
- A Woodside, empresa australiana de energia, reviu ligeiramente para cima as suas expectativas de produção anual na quarta-feira, após registar um recorde de produção no trimestre. Este aumento é atribuído ao incremento das instalações de Sangomar no Senegal e à maior procura sazonal de gás doméstico.
Europa e Rússia
- A Ryanair terá de rever em baixa as suas estimativas de tráfego de passageiros para o próximo ano, devido aos atrasos previstos na entrega de aviões pela Boeing, conforme afirmou o CEO do grupo, Michael O’Leary. Embora esperassem receber 20 aviões até ao final de dezembro, as entregas foram adiadas para janeiro e fevereiro, o que não compromete o verão. No entanto, O’Leary expressou preocupação com a entrega de 30 aviões previstos para março a junho, o que pode afetar o crescimento do tráfego da Ryanair no próximo ano.
- A Stellantis prevê uma queda de 20% nas entregas consolidadas de veículos no terceiro trimestre, refletindo um declínio no desempenho comercial que levou o grupo a rever em baixa as previsões de lucros e fluxo de caixa para o ano. A empresa estima que as suas expedições globais totalizem 1,15 milhões de veículos no período, abaixo dos 1,43 milhões registados no ano anterior. A queda foi superior à previsão inicial de 15%, devido a transições no portfólio de produtos e à redução de inventários nos revendedores. Na América do Norte, as expedições caíram 36%, com mais de 100.000 veículos afetados por cortes de produção antes do lançamento de novos modelos no final de 2024.
América do Norte
- A United Airlines previu um lucro mais forte do que o esperado para o trimestre atual, após superar as estimativas de Wall Street no terceiro trimestre, graças à melhoria na capacidade de fixação de preços. Demonstrando confiança no seu negócio, a companhia aérea anunciou um programa de recompra de ações no valor de 1,5 mil milhões de dólares, o primeiro desde a pandemia. Para o trimestre até dezembro, a United espera um lucro ajustado entre 2,50 e 3 dólares por ação, enquanto os analistas preveem 2,68 dólares. No terceiro trimestre, registou um lucro ajustado de 3,33 dólares por ação, acima das expectativas de 3,17 dólares.
- Os lucros do Morgan Stanley superaram as estimativas no terceiro trimestre, marcando um período forte para os bancos de investimento, que também beneficiou os seus concorrentes, levando as suas ações a um recorde. A retoma na emissão de dívida corporativa, ofertas públicas iniciais (IPO) e fusões impulsionou os ganhos dos bancos de Wall Street ao longo deste ano.
Mercado Cambial
Major Currencies
- A libra desvalorizou-se na quarta-feira, após a divulgação de dados que indicam que a inflação britânica abrandou mais do que o previsto em setembro. Este cenário torna mais provável que o Banco de Inglaterra consiga reduzir ainda mais as taxas de juro ao longo deste ano.
- O dólar canadiano valorizou-se em relação ao dólar norte-americano na quarta-feira, à medida que os investidores consideram que grande parte da possível flexibilização da política do Banco do Canadá já foi refletida no mercado. Além disso, estão a avaliar o provável impacto económico das próximas eleições nos EUA.
Mercado Mercadorias
Energia
- O recomeço da produção de crude na Líbia, após uma crise política envolvendo o banco central que reduziu as exportações do país a mínimos de quatro anos, levou a um excedente de oferta de crude na Europa, forçando os vendedores concorrentes a baixar os preços, de acordo com fontes comerciais e analistas. A National Oil Corporation (NOC) da Líbia anunciou a retoma da produção a 3 de outubro, após a nomeação de um novo governador do banco central. Em 13 de outubro, a produção já tinha atingido cerca de 1,3 milhões de barris por dia, próximo dos níveis pré-crise.
Mercado Cripto
Bitcoin
- Após um breve período de saídas, estes ETFs registaram uma mudança significativa a 14 de outubro, com entradas de capital a ultrapassarem os 253 milhões de dólares. Esta tendência indica uma possível redução na pressão de venda sobre o Bitcoin. Além disso, a aproximação das eleições presidenciais nos EUA está a impulsionar o aumento do Bitcoin, com os mercados de apostas a refletirem uma mudança em favor do candidato republicano Donald Trump, que apoia as criptomoedas, em detrimento da vice-presidente democrata Kamala Harris. Segundo as apostas da Polymarket, Trump tem atualmente 58% de probabilidade de vencer, superando claramente Harris.
Altcoins
- O valor de Ethereum enviado para as bolsas ultrapassou os mil milhões de dólares apenas dois dias depois do preço da altcoin ter subido para 2.600 dólares. Este súbito afluxo de ETH para as bolsas é frequentemente um sinal de uma possível mudança no sentimento do mercado, sugerindo que os comerciantes podem estar a preparar-se para realizar lucros com os ganhos recentes.
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