Resumo da Semana 24 a 28 Fev – 03 Março 25

Aqui pode acompanhar o resumo da semana, que destaca os eventos mais relevantes nos mercados, na economia e na geopolítica. Este resumo oferece uma visão consolidada dos principais acontecimentos, ajudando a contextualizar tendências e a identificar os fatores que marcaram a agenda global nos últimos dias.


América do Norte

EUA

Os principais índices bolsistas norte-americanos registaram a segunda semana consecutiva de quedas, refletindo incertezas regulatórias e receios de que a prolongada valorização impulsionada pela inteligência artificial possa estar a perder força. As preocupações com tarifas também pesaram nos mercados, depois de o Presidente Donald Trump reafirmar a intenção de impor novas taxas sobre vários parceiros comerciais até março de 2025.

O grande destaque da semana foi a divulgação do índice de preços das despesas de consumo pessoal (PCE) pelo Departamento do Trabalho na sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025. Este indicador, preferido pela Reserva Federal para medir a inflação, mostrou um aumento de 0,3% em janeiro, em linha com as expectativas. Em termos anuais, a inflação registou uma descida para 2,6%, contra os 2,9% de dezembro, mas ainda acima da meta de longo prazo de 2% estabelecida pelo Fed. O relatório também indicou que, apesar do crescimento de 0,9% nos rendimentos pessoais em janeiro, os gastos diminuíram, sugerindo uma postura mais cautelosa dos consumidores face à incerteza económica.

No setor macroeconómico, o Departamento do Comércio confirmou que a economia norte-americana cresceu a uma taxa anualizada de 2,3% no quarto trimestre de 2024, impulsionada pela resiliência do consumo privado, que avançou 4,2% no período. Para o ano completo de 2024, o PIB dos EUA registou uma expansão de 2,8%.

Europa e Rússia

Zona Euro

Os principais índices europeus registaram um desempenho positivo, alcançando a mais longa sequência de ganhos semanais desde agosto de 2012. Os bons resultados das empresas e a valorização das ações do setor da defesa ajudaram a dissipar parte da incerteza relacionada com a política comercial dos EUA.

A ata da reunião de janeiro de 2025 do Banco Central Europeu (BCE) indicou que os responsáveis pela política monetária estão confiantes de que a inflação está a regressar à meta de 2%. No entanto, o documento alertou para sinais de que os riscos podem ter aumentado desde dezembro. Alguns decisores políticos defenderam uma abordagem mais prudente na dimensão e no ritmo dos cortes das taxas de juro. Paralelamente, um inquérito realizado em janeiro revelou que as perceções dos consumidores sobre a inflação para um e três anos diminuíram, sugerindo expectativas bem ancoradas.

Na Alemanha, a aliança conservadora CDU/CSU, liderada por Friedrich Merz, venceu as eleições nacionais de fevereiro de 2025 com 28,52% dos votos, mas sem garantir a maioria absoluta. O partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) ficou em segundo lugar com 20,8%. O bloco CDU/CSU iniciou conversações exploratórias com o Partido Social-Democrata para formar um governo de coligação.

Reino Unido

No Reino Unido, os preços das habitações subiram 0,4% em janeiro de 2025 face ao mês anterior, superando as previsões, segundo a Nationwide Building Society. A procura por imóveis foi impulsionada pela queda dos custos de financiamento e pelo aumento das transações antes da subida de impostos sobre determinadas propriedades, prevista para o final de março.

Ásia e Médio Oriente

Japão

Os mercados acionistas japoneses recuaram ao longo da semana, pressionados pelos receios sobre o impacto das novas tarifas comerciais dos EUA, incluindo um imposto adicional de 10% sobre as importações chinesas. Este fator aumentou a incerteza sobre a recuperação económica do Japão e sobre o rumo da normalização da política monetária pelo Banco do Japão (BoJ). O governador do BoJ, Kazuo Ueda, alertou para os múltiplos fatores de incerteza relacionados com os impactos das tarifas norte-americanas na economia global. Ainda assim, o banco central mantém o plano de ajuste gradual da política monetária, dependendo da evolução económica.

China

Na China, os mercados acionistas registaram perdas significativas após o aumento das medidas restritivas por parte dos EUA. A maior parte das quedas ocorreu na sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025, um dia depois de Donald Trump anunciar novas tarifas de 10% sobre as importações chinesas a partir de 4 de março, além de uma taxa de 25% sobre produtos oriundos do Canadá e do México. O governo chinês respondeu prometendo “todas as medidas necessárias para defender os seus direitos e interesses legítimos”, conforme declarou um porta-voz do Ministério do Comércio.


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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.

(Artigo sobre o Resumo da semana de 24 a 28 Fevereiro, formato “Geral”, atualizado com informações até 28 de Fevereiro de 2025. Categorias: Global. Tags: Global, Resumo da Semana)