Destaques do Dia – 12 Jun 25

Global

• O dólar aproximou-se de mínimos de 2025 na quinta-feira, enquanto as ações recuaram dos máximos históricos. O aumento das tensões no Médio Oriente e o receio de fragilidade na trégua comercial entre Washington e Pequim levaram os investidores a procurarem ativos de refúgio.
  As ações mundiais interromperam a recuperação contínua desde o início de abril, com o índice MSCI All-Country World a cair 0,1% face ao recorde registado na quarta-feira.
  Na Europa, o STOXX 600 recuou 0,8%, pressionado pelas empresas aéreas e automóveis, devido à subida do preço do petróleo. Os futuros do S&P 500 e do Nasdaq caíram 0,5%.
  Na quarta-feira, os EUA anunciaram a retirada de pessoal do Médio Oriente devido a riscos de segurança, o que provocou um salto de 4% nos preços do petróleo antes de uma ligeira correção.
  Ativos de refúgio como o franco suíço e o iene japonês valorizaram-se, empurrando o dólar 0,6% para baixo face a ambas as moedas. O ouro manteve-se firme nos 3.350 dólares por onça.

Política

• O Conselho de Governadores da ONU declarou que o Irão violou os seus compromissos de não-proliferação, o que levou Teerão a anunciar contramedidas, elevando as tensões antes de novas conversações nucleares com os EUA.
  Washington e Teerão deverão realizar a sexta ronda de negociações no domingo, em Omã, para discutir o avanço do programa de enriquecimento iraniano.
  As preocupações aumentaram depois de Donald Trump afirmar que o pessoal dos EUA seria retirado da região e que Teerão não poderia obter armas nucleares.

Política Monetária

• As taxas de juro do ECB estão “numa boa posição”, apesar do abrandamento da inflação, afirmou Isabel Schnabel. A responsável considerou que a previsão de inflação de 1,6% para 2026 resulta de efeitos temporários relacionados com os preços da energia e a força do euro.
  Schnabel salientou que o crescimento dos preços deverá regressar à meta de 2% a médio prazo e que os desvios atuais são transitórios.
  O ECB já reduziu a taxa de juro oito vezes no último ano, fixando-a em 2% em junho, mas o mercado antecipa uma possível nova descida para 1,75% até ao final de 2025.

Macroeconomia

• Os preços no produtor dos EUA aumentaram apenas 0,1% em maio, abaixo dos 0,2% esperados, devido a custos mais baixos em serviços como tarifas aéreas. O dado segue-se a uma queda revista de 0,2% em abril.
  Em termos anuais, o índice PPI subiu 2,6% até maio, após um aumento de 2,5% até abril.
  Na véspera, os dados de preços ao consumidor também mostraram pressões moderadas, mas os economistas alertam para uma provável aceleração inflacionista no segundo semestre devido ao impacto das tarifas.
• O Reino Unido registou uma contração de 0,3% no PIB em abril, a maior queda mensal desde outubro de 2023. Os dados refletem o impacto das tarifas abrangentes anunciadas por Trump e o fim de um desconto fiscal na venda de imóveis.
  A queda da atividade nos sectores imobiliário e jurídico representou dois terços da contração. A produção automóvel e as exportações para os EUA e UE também diminuíram.
  As exportações britânicas para os EUA recuaram 2 mil milhões de libras (2,7 mil milhões de dólares), a maior queda desde o início dos registos mensais, em 1997.

Mercados Globais