Antevisão Semanal 16 a 20 Jun – 14 Jun 25

Segunda-feira

A semana arranca com um foco na economia chinesa, através da divulgação de vários indicadores relevantes: produção industrial, vendas a retalho e taxa de desemprego. Estes dados oferecem uma visão abrangente da atividade económica na China, permitindo avaliar o ritmo da recuperação e a confiança dos consumidores e investidores num momento de incerteza global.

Terça-feira

Logo no início do dia, o Banco do Japão anunciará a sua decisão sobre a taxa de juro diretora, atualmente fixada nos 0,50%. A expectativa dos mercados é de que esta se mantenha inalterada, dado que os responsáveis pela política monetária aguardam sinais mais claros de um aumento sustentável da inflação, especialmente após as recentes tarifas impostas pelos EUA, cujo impacto ainda está a ser avaliado.

Nos Estados Unidos, destaque para os dados de vendas a retalho, um indicador essencial da procura interna. Este indicador mede o valor total das vendas efectuadas pelos retalhistas num determinado período e é frequentemente utilizado como barómetro da confiança dos consumidores e do dinamismo económico.

Quarta-feira

O Reino Unido estará no centro das atenções com a divulgação dos dados de inflação. A taxa continua acima dos 3%, afastando-se do objetivo de 2% definido pelo Banco de Inglaterra. Caso os números mostrem persistência da inflação, será improvável uma descida das taxas de juro no curto prazo, podendo mesmo justificar uma manutenção da política atual.

Ainda durante o dia, o Governador do Banco do Canadá fará declarações públicas, sempre relevantes para antecipar os próximos passos da política monetária no país.

O principal evento da semana acontece ao final do dia, com a decisão da Reserva Federal dos EUA (Fed) sobre a taxa de juro, atualmente nos 4,50%. A expectativa é de que a Fed opte por não alterar a taxa, mantendo uma postura de prudência. Os decisores aguardam para avaliar o impacto das tarifas recentemente aplicadas sobre a economia americana antes de tomar novas medidas.

Já no final do dia, a Nova Zelândia divulgará o seu PIB trimestral, que no último período se encontrava em 0,7%. Este indicador será crucial para perceber a resiliência da economia neozelandesa.

Quinta-feira

A quinta-feira começa com dados sobre o mercado de trabalho na Austrália, que ajudarão a perceber a dinâmica laboral do país e possíveis implicações para a política monetária local.

Na Suíça, o Banco Central realizará a sua reunião de política monetária. Com uma taxa de juro nos 0,25% e uma inflação historicamente baixa, é pouco provável que se verifiquem alterações na política atual.

O Banco de Inglaterra também se reúne para deliberar sobre a sua política monetária. Com a inflação ainda relativamente elevada e a taxa de juro nos 4,25%, é improvável que haja cortes, sendo expectável uma postura de continuidade ou contenção.

Sexta-feira

O encerramento da semana traz novos dados importantes, sobretudo da Ásia e América do Norte.

Do Japão, será divulgado o valor da inflação subjacente nacional, que exclui os preços mais voláteis, como os da energia e alimentação, fornecendo uma leitura mais clara da tendência da inflação a médio prazo. Adicionalmente, o Governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda, irá discursar, sendo expectável que revele pistas sobre o posicionamento futuro da política monetária nipónica.

Na China, destaque para a divulgação das taxas de juro de referência a 1 e 5 anos, que permanecem, respetivamente, nos 3% e 3,5%. Estas taxas são fundamentais para o financiamento da habitação e para o crédito empresarial, e a sua estabilidade ou alteração poderá sinalizar os próximos passos da política económica chinesa.

Por fim, o dia fecha com a divulgação das vendas a retalho no Reino Unido e no Canadá, que permitirão avaliar a evolução do consumo interno em ambas as economias.