Segunda-feira

A semana começa de forma bastante tranquila, com poucos eventos de grande impacto nos mercados. Os principais destaques do dia serão a divulgação da Produção Industrial da Alemanha, um importante indicador da saúde do setor manufatureiro da maior economia europeia, e as Vendas a Retalho mensais da Zona Euro, que ajudam a medir a confiança e o poder de compra dos consumidores europeus.

Terça-feira

O foco desloca-se para a Austrália, onde o Banco da Reserva da Austrália (RBA) anunciará a sua decisão sobre a taxa de juro. Atualmente fixada nos 3,85%, o consenso do mercado aponta para um possível corte de 0,25%, descendo para 3,60%. Esta decisão é particularmente relevante num contexto de abrandamento económico global e pode ter impacto nos mercados cambiais e acionistas.

Após a decisão, segue-se a habitual conferência de imprensa do RBA, um momento sempre importante para captar o tom e as orientações futuras da política monetária através das declarações dos seus responsáveis.

Quarta-feira

A meio da semana, será a vez do Banco Central da Nova Zelândia (RBNZ) anunciar a sua decisão relativamente à taxa de juro. As expectativas apontam para uma manutenção dos atuais 3,25%. Logo após, o RBNZ publicará o seu comunicado oficial, onde detalha as razões por detrás da decisão e fornece indicações sobre a evolução económica e possíveis futuras ações de política monetária.

Da China, virão dados cruciais sobre a inflação, tanto ao nível do consumidor (CPI) como ao nível dos produtores (PPI). Espera-se que a inflação ao consumidor se mantenha nos -0,1%, refletindo pressões deflacionistas, enquanto a inflação dos produtores deverá registar uma ligeira melhoria, de -3,3% para -3,2%. Estes números são vitais para avaliar o ritmo de recuperação da segunda maior economia mundial.

No final do dia, os Estados Unidos publicarão as Minutas da última reunião do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC Meeting Minutes), um documento que resume as discussões internas da Reserva Federal sobre as decisões de política monetária. Este documento é muito aguardado pelos investidores, pois oferece uma visão mais aprofundada sobre as preocupações e prioridades do banco central norte-americano.

Quinta-feira

A quinta-feira será mais calma, com poucos dados de grande impacto. O Japão irá divulgar o Índice de Preços na Produção (PPI) anual, atualmente situado nos 3,2%. Este indicador mede a evolução dos preços à saída das fábricas e pode antever pressões inflacionistas no consumidor final.

Dos Estados Unidos, teremos os habituais Pedidos Semanais de Subsídio de Desemprego (Unemployment Claims), com o último valor conhecido a fixar-se nos 233 mil pedidos. Mais tarde, dois membros do FOMC Christopher Waller e Mary Daly  irão discursar, podendo fornecer pistas adicionais sobre a orientação da política monetária norte-americana.

Sexta-feira

O final da semana será mais movimentado em termos de dados económicos. No Reino Unido, será divulgado o Produto Interno Bruto (PIB) mensal. A última leitura registou uma contração de -0,3%, e a manutenção desta tendência negativa poderá empurrar o país para uma situação económica desafiante, aumentando o risco de recessão.

Por fim, no Canadá, serão publicados vários indicadores do mercado de trabalho, incluindo a variação do emprego e a taxa de desemprego, atualmente elevada nos 7%. Estes dados serão importantes para perceber a evolução económica do país e a possível resposta da política monetária.