Destaques do Dia – 19 Jun 25

  Global

• As ações globais recuaram e o dólar valorizou-se na quinta-feira, à medida que os investidores procuraram refúgios seguros, num contexto de crescentes preocupações com o possível envolvimento dos EUA na guerra aérea entre Israel e o Irão, o que também impulsionou o preço do petróleo ao longo da semana.
  O presidente Donald Trump manteve o mundo em suspense sobre uma eventual participação no bombardeamento de instalações nucleares iranianas, afirmando: “Posso fazê-lo. Posso não fazê-lo.”
  Uma série de decisões dos bancos centrais na Europa evidenciou como a abordagem errática de Trump às tarifas e comércio complicou a definição da política monetária.
  O índice europeu STOXX 600 caiu 0,6%, acumulando uma perda semanal de quase 2,5%, a maior desde a turbulência provocada pelas tarifas em abril.
  Os futuros do S&P 500 recuaram quase 1%, embora a maioria dos mercados nos EUA estivesse encerrada devido a feriado.

Política

• Fontes próximas das negociações revelaram que as autoridades europeias estão cada vez mais resignadas a aceitar uma tarifa de 10% como base para qualquer acordo comercial com os EUA, apesar de esforços para reduzi-la.
  O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, descartou reduções abaixo dessa taxa, aplicável à maioria dos produtos exportados pela UE para os EUA.
  Os negociadores da UE mantêm a pressão para baixar esse valor, embora sem sucesso até ao momento.
• A campanha de bombardeamentos israelitas contra o Irão visa mais do que destruir capacidades nucleares e de mísseis: pretende fragilizar profundamente o regime de Ali Khamenei, disseram fontes israelitas e ocidentais.
  O objetivo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu é forçar concessões estruturais por parte de Teerão, incluindo o abandono do enriquecimento nuclear e o fim do apoio a grupos militantes na região.

Política Monetária

• O Banco de Inglaterra manteve a sua taxa diretora em 4,25%, numa decisão por 6 votos contra 3, alertando para os riscos do mercado laboral e a pressão dos preços energéticos devido à instabilidade no Médio Oriente.
  Três membros do Comité defenderam uma redução de 0,25 pontos percentuais.
  A estimativa para a inflação foi mantida praticamente inalterada, com pico previsto de 3,7% em setembro e média de 3,5% até ao final do ano.
  O PIB deverá crescer 0,25% no segundo trimestre, ligeiramente acima da previsão anterior, embora o banco central considere o ritmo subjacente fraco.

Mercados Globais