Destaques dos Mercados e Economia – 04 de novembro de 2025
Principais destaques do dia 04 Novembro 25, nas maiores economias mundiais e bancos centrais. Os temas que movem o mundo financeiro, desde a Política, Bancos Centrais, Macroeconomia e os Mercados.
Global
- Os mercados acionários asiáticos, de Tóquio a Taipé e Seul, recuaram das máximas históricas, com investidores realizando lucros após semanas de fortes altas lideradas pelo setor de tecnologia. O sentimento foi enfraquecido por dados económicos fracos dos EUA e pela divergência nas opiniões de membros do Federal Reserve, que trouxe incerteza quanto a um possível corte nas taxas de juro em dezembro. O dólar americano atingiu máximos de nove meses frente ao iene e de três meses frente ao euro. O Banco Central da Austrália manteve as taxas inalteradas e sinalizou cautela sobre novos cortes devido à inflação persistente.
- Na Europa, as ações caíram para o nível mais baixo em mais de duas semanas, com o STOXX 600 a recuar 1,2%, refletindo prudência entre investidores após quatro meses consecutivos de ganhos.
- Nos EUA, os três principais índices acionários fecharam em baixa, com alertas dos CEOs do Morgan Stanley e do Goldman Sachs sobre uma possível bolha após o S&P 500 atingir sucessivas máximas históricas. O setor de tecnologia, especialmente as “Sete Magníficas” ligadas à IA, pressionou o Nasdaq, enquanto o mercado aguardava os resultados da AMD e da Super Micro Computer para avaliar a sustentabilidade da alta do setor.
Política
- No Japão, a primeira-ministra Sanae Takaichi declarou que o país ainda não atingiu uma inflação sustentada com ganhos salariais consistentes, defendendo prudência do Banco do Japão em futuras elevações de juros. A inflação ao consumidor ronda os 3%, mas sem suporte pleno do mercado laboral.
- No Reino Unido, a ministra das Finanças Rachel Reeves sinalizou aumentos de impostos para evitar uma nova fase de austeridade, antecipando “decisões difíceis” no orçamento de 26 de novembro. Reeves destacou os altos níveis de dívida, a baixa produtividade e a inflação persistente, enfatizando a necessidade de proteger gastos em saúde e educação.
Bancos Centrais
- O Banco Central da Austrália manteve a taxa básica em 3,60%, reafirmando uma postura cautelosa face à inflação elevada, à procura firme e à recuperação imobiliária. A governadora Michele Bullock indicou que a trajetória futura das taxas continua incerta, afirmando que “é possível que não haja mais cortes, mas também que sejam necessários mais alguns”, sublinhando a necessidade de flexibilidade na política monetária.
Macroeconomia
- A Alemanha enfrenta um défice comercial recorde de 87 mil milhões de euros com a China em 2025, segundo a GTAI, ultrapassando o recorde de 2022 (84 mil milhões). O desequilíbrio crescente entre exportações e importações preocupa as autoridades, sendo descrito como “certamente não do nosso interesse” pela vice-diretora Christina Otte.
Mercados Globais
Aeroespacial e Defesa
- A Lockheed Martin anunciou esforços para acelerar a entrega dos F-16V a Taiwan, após novos atrasos devido a problemas de cadeia de abastecimento. O programa é considerado crítico diante da pressão militar crescente de Pequim.
Consumo
- A Yum Brands estuda alternativas estratégicas para a Pizza Hut, pressionada por um mercado de fast-food competitivo. As vendas nas mesmas lojas cresceram 3% no trimestre até 30 de setembro de 2025, superando as expectativas, com lucro ajustado de US$ 1,58 por ação.
Energia
- A BP reportou queda menor que o esperado no lucro subjacente do 3.º trimestre, sustentada por margens de refinação elevadas. O fluxo de caixa operacional atingiu US$ 7,8 mil milhões, superando os US$ 6,8 mil milhões de 2024. A dívida líquida manteve-se em US$ 26 mil milhões, e a meta é reduzi-la para US$ 14–18 mil milhões até 2027.
Media e Entretenimento
- A Nintendo aumentou a previsão de vendas do Switch 2 para 19 milhões de unidades até março de 2026 (anteriormente 15 milhões) e elevou o lucro operacional estimado em 16%, para 370 mil milhões de ienes (US$ 2,45 mil milhões).
Saúde
- A Pfizer voltou a elevar a previsão de lucro anual, impulsionada pela forte procura do seu anticoagulante. O lucro ajustado foi de US$ 0,87 por ação, superando as expectativas de US$ 0,63. As receitas totalizaram US$ 16,65 mil milhões, ligeiramente acima do consenso de US$ 16,58 mil milhões.
Transporte
- A Ferrari superou as previsões no 3.º trimestre, com lucro 5% acima do esperado, sustentado pelas séries SF90 XX e 12Cilindri. O EBITDA atingiu 670 milhões de euros, superando o consenso de 649 milhões, e as ações subiram quase 3%.
- A Uber, contudo, desapontou ao apresentar lucro operacional de US$ 1,11 mil milhões (vs. US$ 1,61 mil milhões esperados) e projeção cautelosa para o 4.º trimestre, embora as receitas tenham crescido 20% para US$ 13,47 mil milhões, superando as estimativas.
Tecnologia
- A Spotify antecipou lucro superior ao esperado no 4.º trimestre, impulsionado por crescimento robusto de utilizadores e aumentos de preços. Os utilizadores ativos mensais atingiram 713 milhões, acima das previsões, e os assinantes premium subiram 12% para 281 milhões. A receita cresceu 7%, para 4,27 mil milhões de euros, superando as estimativas.
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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
Dados referentes ao período compreendido entre as 19h do dia anterior e as 19h do dia dos Destaques.
(Artigo sobre os Destaques do Dia 04 de Novembro de 2025, formato “Geral”, atualizado com informações até 04 de Novembro. Categorias: Global. Tags: Global, Resumo do Dia)