Segunda-feira

A semana arranca de forma relativamente calma, com destaque para a divulgação dos New Loans na China. Este indicador mede o volume de novos empréstimos emitidos pelos bancos em moeda local (yuan) durante o mês, sendo um dado importante para avaliar o dinamismo económico e o nível de liquidez no mercado chinês. Espera-se um aumento significativo deste valor, passando de 620 mil milhões para 1,96 biliões de yuans, sinalizando um possível reforço do crédito e estímulo à economia.

Terça-feira

A China volta a ser o foco principal, com a divulgação de vários dados macroeconómicos de grande relevância:

• Produto Interno Bruto (PIB) (dados anuais)
• Produção Industrial (dados anuais)
• Vendas a Retalho (dados anuais)

Estes indicadores irão oferecer uma visão mais clara sobre o ritmo de crescimento económico do país e sobre a evolução da procura interna.

Ainda na terça-feira, a atenção vira-se para os números da inflação do Canadá, onde se espera uma manutenção relativa da estabilidade dos preços, sem grandes surpresas.

Outro ponto de interesse será a inflação nos Estados Unidos, num contexto marcado pela guerra comercial e tarifas impostas desde a administração Trump. Este ambiente poderá gerar pressões inflacionistas acrescidas nos próximos meses, tornando estes dados particularmente relevantes para as expectativas sobre as decisões futuras da Reserva Federal.

Quarta-feira

O tema da inflação mantém-se em destaque, desta vez com a divulgação dos números do Reino Unido. É expectável que a inflação geral permaneça nos 3,4%, enquanto a inflação subjacente (que exclui preços mais voláteis, como energia e alimentos) se mantenha nos 3,5%. Estes dados serão importantes para avaliar o impacto da inflação no consumo e no comportamento do Banco de Inglaterra.

Ainda nos Estados Unidos, teremos a divulgação do Índice de Preços na Produção (PPI) e do Core PPI (PPI subjacente), ambos referentes ao mês. Estes índices medem a variação dos preços praticados pelos produtores e são frequentemente vistos como um indicador antecipado das tendências da inflação ao consumidor. O PPI inclui todos os setores, enquanto o Core PPI exclui componentes mais voláteis como energia e alimentação.

Quinta-feira

O dia começa com a divulgação de dados do mercado de trabalho da Austrália, que tem vindo a demonstrar resiliência, mantendo-se relativamente sólido apesar das incertezas globais.

Do Reino Unido, também conheceremos números sobre o mercado laboral, que, até ao momento, permanece robusto, com níveis de emprego estáveis.

Por fim, destaque para os Estados Unidos, que irão divulgar os números das Vendas a Retalho Mensais. Este indicador mede a variação no valor total das vendas realizadas no sector do retalho, sendo uma referência crucial para avaliar a saúde do consumo interno, que representa uma parte significativa da economia americana.

Sexta-feira

O Japão será o centro das atenções com a publicação da inflação subjacente nacional. As previsões apontam para uma descida da inflação de 3,7% para 3,3%, uma evolução que vai contra as intenções do Banco Central do Japão (BoJ), que procura estimular a subida da inflação para justificar um eventual aumento das taxas de juro, mantendo assim o seu compromisso com a estabilidade económica e monetária.

Para encerrar a semana, teremos nos Estados Unidos as Sondagens da Universidade de Michigan (UoM), que avaliam o sentimento do consumidor e as expectativas de inflação. Este inquérito é frequentemente usado como barómetro da confiança dos consumidores e das suas perspetivas sobre o futuro económico, influenciando potencialmente as decisões da Reserva Federal.