Aqui pode acompanhar a antevisão da próxima semana, que destaca os eventos mais relevantes nos mercados, na economia e na geopolítica. Este resumo oferece uma visão consolidada dos principais acontecimentos, ajudando a contextualizar tendências e a identificar os fatores que marcaram a agenda global nos últimos dias.
Segunda-feira
A semana inicia-se de forma tranquila, com poucos dados de grande impacto. No entanto, merece destaque a divulgação da produção industrial da Alemanha, que atualmente se encontra com uma variação positiva de 2%. Este indicador é importante para avaliar o desempenho do setor industrial da maior economia da Zona Euro, sendo um bom barómetro da atividade económica geral do país.
Outro dado relevante na Europa são as vendas a retalho, que continuam a apresentar valores negativos. Este indicador reflete o comportamento do consumo privado e, caso a tendência descendente se mantenha, poderá sinalizar dificuldades acrescidas para o crescimento económico europeu nos próximos meses.
Terça-feira
Terça-feira mantém o tom calmo da semana, com poucos dados macroeconómicos de relevo. No entanto, os leilões de obrigações soberanas do Reino Unido e da Alemanha poderão fornecer pistas interessantes sobre o apetite dos investidores por dívida destes países, o que pode, por sua vez, revelar a confiança (ou falta dela) nas respetivas economias.
Quarta-feira
O dia arranca com um discurso do Governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda. Numa altura em que aumentam as tensões comerciais e o risco de novas tarifas, as palavras do governador poderão oferecer pistas valiosas sobre os rumos da política monetária japonesa.
Segue-se a decisão sobre a taxa de juro por parte do Banco Central da Nova Zelândia. Atualmente situada nos 3,75%, espera-se um corte de 0,25 pontos percentuais, levando-a para os 3,50%. Como habitual, o comunicado que acompanha a decisão será fundamental para perceber a perspetiva futura da autoridade monetária face à evolução da economia e inflação.
Nos Estados Unidos, serão divulgados os inventários de petróleo bruto. Este relatório semanal mede a variação das reservas de petróleo armazenadas por empresas norte-americanas. A subida ou descida significativa destes inventários pode influenciar os preços do petróleo a nível global.
Ainda nos EUA, destaque para a publicação das minutas da última reunião do FOMC (Comité Federal de Mercado Aberto), o órgão responsável pela definição da política monetária da Reserva Federal. Estas atas detalham as discussões e os argumentos dos decisores, permitindo uma melhor leitura sobre as intenções futuras da Fed relativamente às taxas de juro e à economia.
Quinta-feira
O dia começa na Ásia, com a divulgação do Índice de Preços na Produção (PPI) do Japão, que mede a variação dos preços à saída da fábrica, refletindo a inflação ao nível da produção.
Seguem-se os dados da inflação da China, que continuam em território negativo – um cenário desafiante e contrário aos objetivos do governo chinês de estimular o crescimento económico. A inflação ao consumidor está atualmente nos -0,7%, enquanto a inflação dos produtores se situa nos -2,2%.
Ainda na região do Pacífico, será relevante acompanhar o discurso da Governadora Michele Bullock do Banco Central da Austrália, que poderá abordar a trajetória da política monetária australiana.
O grande destaque do dia virá, no entanto, dos Estados Unidos, com a divulgação dos dados da inflação ao consumidor (CPI). Estes números serão determinantes para a política da Reserva Federal. Qualquer surpresa inflacionista poderá obrigar a Fed a adotar uma postura mais cautelosa, podendo prolongar o atual nível elevado das taxas de juro por mais tempo.
Sexta-feira
Encerramos a semana com um foco renovado no Reino Unido, onde serão divulgados diversos indicadores económicos, incluindo o PIB mensal. Com o contexto de tensões comerciais e barreiras tarifárias, espera-se que a economia britânica continue a enfrentar dificuldades de crescimento.
Nos EUA, voltamos a ter dados de inflação, desta vez através do Índice de Preços na Produção (PPI), que mede a inflação ao nível dos produtores. Este dado ajuda a antecipar possíveis pressões inflacionistas futuras sobre os consumidores.
Para finalizar a semana, destaque para os dados da Universidade de Michigan: o Consumer Sentiment (Índice de Sentimento do Consumidor), que avalia a confiança dos consumidores norte-americanos, e o Inflation Expectations, que mede as expectativas de inflação para os próximos meses e anos. Ambos são indicadores seguidos de perto pela Fed, dado o seu impacto no comportamento do consumidor e nas decisões de política monetária.
Visite o Disclaimer para mais informações.
Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
(Artigo sobre a Antevisão da Semana de 07 a 11 Abril, formato “Geral”, atualizado com informações até 04 de Abril de 2025. Categorias: Global. Tags: Global, Antevisão da Semana)
