Segunda-feira

A semana arranca com especial atenção voltada para a China, com a divulgação dos dados de inflação, indicadores particularmente relevantes no atual contexto económico do país.

A inflação do consumidor (CPI – Consumer Price Index) encontra-se nos -0,1%, o que tecnicamente corresponde a deflação, apesar de marginal. Já a inflação dos produtores (PPI – Producer Price Index) regista uma queda mais acentuada, situando-se nos -2,7%. Estes dados refletem uma fraca procura interna, sinal de um consumo ainda débil por parte das famílias chinesas um dos grandes desafios que o governo tenta combater através de estímulos e medidas de apoio à economia.

Ainda da China, serão divulgados os dados dos novos empréstimos (New Loans). Este indicador mede o montante total de novos créditos emitidos pelos bancos comerciais no último mês e funciona como um barómetro da atividade de crédito no país. O valor atual é de 280 mil milhões de yuans, e poderá dar sinais sobre o apetite por financiamento e investimento na economia chinesa.

Terça-feira

O foco desloca-se para o Reino Unido, com a publicação de vários indicadores do mercado de trabalho.

Entre eles destaca-se o Claimant Count Change, que mede a variação mensal do número de pessoas a requerer subsídios de desemprego, e a taxa de desemprego, que oferece uma visão mais alargada da dinâmica laboral no país. Estes dados são fundamentais para perceber o estado de saúde do mercado de trabalho britânico e podem ter influência nas decisões do Banco de Inglaterra quanto à política monetária.

Quarta-feira

Durante a madrugada, o Japão publicará o Índice de Preços do Produtor (PPI) anual, atualmente nos 4%. Este indicador mede a variação dos preços à saída da fábrica, e é frequentemente considerado um indicador antecipado da inflação ao consumidor. Uma subida ou descida acentuada pode sinalizar futuras pressões inflacionistas.

Mais tarde, os holofotes estarão virados para os Estados Unidos, com a divulgação do índice de preços no consumidor (CPI), o dado mais relevante da semana. A inflação anual encontra-se atualmente nos 2,3%, enquanto a inflação subjacente (que exclui os preços mais voláteis, como alimentação e energia) está nos 2,8%. Caso estas métricas apresentem uma tendência de subida, é provável que a Reserva Federal (Fed) mantenha a atual política de juros elevados por mais tempo, no esforço de conter pressões inflacionistas.

Quinta-feira

O Reino Unido volta a estar em destaque, com a divulgação de alguns dados económicos, entre os quais o PIB mensal, que atualmente regista um crescimento de 0,2%. Apesar de ser uma medida de curto prazo, este indicador dá uma ideia do ritmo da atividade económica e pode influenciar expectativas sobre a economia britânica.

Nos EUA, será divulgado o Índice de Preços no Produtor (PPI) mensal, atualmente em valores negativos. Tal como no Japão, este indicador mede a variação dos preços praticados pelos produtores, servindo como sinalizador para a evolução futura dos preços ao consumidor. Uma nova queda poderá reforçar a ideia de um abrandamento inflacionista.

Sexta-feira

A semana termina com indicadores de menor impacto, embora ainda relevantes para a análise do sentimento económico nos Estados Unidos.

Serão divulgados dois dados da Universidade do Michigan (UoM): o Consumer Sentiment, que avalia a confiança dos consumidores na economia, e o Inflation Expectations, que mede as expectativas de inflação para os próximos 12 meses. Ambos os indicadores são acompanhados de perto pela Reserva Federal, uma vez que influenciam o comportamento de consumo e, por consequência, a trajetória da inflação.