Segunda-feira

A semana arranca com uma série de dados económicos de grande importância, especialmente da China. O país divulgará indicadores cruciais, incluindo vendas a retalho, produção industrial, taxa de desemprego e o preço das novas habitações. Este último assume particular relevância devido à atual fragilidade do setor imobiliário chinês, que enfrenta desafios estruturais significativos.

Nos Estados Unidos, o foco estará nas vendas a retalho, um dado essencial para medir a força do consumo interno. Espera-se uma melhoria considerável, trazendo os valores de volta ao terreno positivo.

Terça-feira

O único indicador de relevo do dia será a inflação do Canadá. As previsões apontam para uma ligeira subida, o que poderá dificultar futuras decisões do Banco do Canadá relativamente à sua política monetária.

Quarta-feira

A quarta-feira começa com a decisão do Banco do Japão (BoJ) sobre a taxa de juro, atualmente fixada em 0,50%. O consenso geral aponta para a manutenção desta taxa, uma vez que o banco central japonês aguarda sinais mais claros de um aumento sustentado da inflação antes de considerar novos ajustamentos.

O grande destaque da semana será, no entanto, a decisão da Reserva Federal dos EUA. Com a taxa de juro atualmente em 4,5%, os analistas esperam que o banco central mantenha esta taxa inalterada, sobretudo devido às incertezas provocadas pela atual guerra de tarifas, que pode impulsionar a inflação nos próximos meses.

Mais tarde, a Nova Zelândia divulgará os seus dados do PIB trimestral, sendo esperado um crescimento de -1% para 0,4%, sinalizando uma recuperação económica moderada.

Quinta-feira

Na Austrália, serão revelados dados do mercado de trabalho, onde se prevê uma ligeira deterioração.

A China divulgará as suas taxas de juro a 1 e 5 anos, que deverão permanecer estáveis em 3,10% e 3,60%, respetivamente.

O Reino Unido terá um dia movimentado, com a publicação de indicadores do mercado de trabalho seguida da decisão do Banco de Inglaterra sobre a taxa de juro. A expectativa é que a taxa se mantenha nos 4,50%, refletindo as incertezas económicas globais, amplificadas pela guerra de tarifas.

Na Suíça, o banco central adotará uma abordagem diferente da maioria das economias desenvolvidas, ao reduzir a taxa de juro em 0,25 pontos percentuais, para 0,25%.

Nos Estados Unidos, serão divulgadas as vendas de casas existentes, com previsões de uma ligeira desaceleração do setor imobiliário.

No final do dia, o Japão apresentará a inflação nacional subjacente, um dado altamente relevante para as perspetivas de política monetária do Banco do Japão. A projeção é de uma descida de 3,2% para 2,9%, o que poderá reforçar a postura cautelosa do banco central.

Sexta-feira

A semana encerra com a publicação das vendas a retalho do Canadá, onde se espera uma contração significativa, refletindo um abrandamento do consumo e possíveis implicações para a política monetária do Banco do Canadá.