
Aqui pode acompanhar as últimas noticias relacionadas com a BYD. As notícias são uma componente importante pois ajudam a manter uma linha condutora em relação aos eventos mais relevantes que afetam esta empresa.
BYD inicia montagem no Brasil em julho mas enfrenta atrasos regulatórios e revisão estratégica da produção na China
Destaques (7 de julho de 2025)
- BYD inicia montagem de veículos elétricos no Brasil este mês, antes da inauguração da fábrica definitiva prevista para 2026
- Aprovações de Pequim para fábricas no México e Brasil têm sido mais lentas, em resposta a riscos tecnológicos e incertezas comerciais
- Produção na China foi reduzida com adiamento de expansões e ajustes em fábricas existentes
- Expansão internacional avança, mas sob maior vigilância do governo chinês, devido às tarifas dos EUA e risco de fuga tecnológica
- Mais de 90% das vendas da BYD continuam concentradas na China, mas o foco externo aumenta com fábricas na Hungria, Tailândia e América Latina
Primeira linha de montagem no Brasil arranca ainda em julho
A 7 de julho de 2025, a BYD confirmou o início da montagem local de veículos elétricos no Brasil, utilizando instalações provisórias enquanto decorre a construção da nova fábrica em Camaçari, na Bahia. A operação marca o primeiro passo físico da montadora chinesa na América do Sul, com produção limitada até à entrada em funcionamento da unidade principal, prevista para 2026.
A fábrica definitiva representará um investimento superior a R$ 3 mil milhões, com capacidade estimada para 150.000 unidades/ano e criação de 5.000 empregos diretos, reforçando a presença industrial da BYD fora da China.
Pequim trava aprovações e impõe maior escrutínio externo
Apesar do avanço no Brasil, as aprovações por parte de Pequim para fábricas no exterior têm demorado mais do que o esperado, incluindo a unidade no México, cujo local definitivo ainda não foi anunciado. Fontes com conhecimento direto do processo referem que as autoridades chinesas estão mais cautelosas com projetos de internacionalização, sobretudo devido ao risco de transferência de tecnologia sensível para países alinhados com os EUA.
O planeador estatal chinês exigiu documentação adicional e alertou para riscos de exposição tecnológica, enquanto associações do setor automóvel chamaram a atenção para as incertezas provocadas pelas tarifas comerciais norte-americanas, que complicam os cálculos de retorno de investimento em novos mercados.
Produção na China desacelera com ajuste estratégico
A 25 de junho, fontes do setor revelaram que a BYD adiou planos de expansão em várias fábricas na China, incluindo linhas de produção em Xangai e Shenzhen, e procedeu a cortes operacionais temporários. A medida responde a um inventário mais elevado do que o esperado e à necessidade de reequilibrar oferta e procura, especialmente após uma fase de crescimento acelerado durante 2023–2024.
Apesar disso, a BYD continua a dominar o mercado chinês, responsável por mais de 90% das suas vendas globais, e mantém liderança no segmento de elétricos e híbridos plug-in (PHEV), com modelos como o Dolphin, Seal e Song Plus.
Estratégia global prossegue com foco regional
Com produção já anunciada ou iniciada em países como Hungria, Tailândia, Uzbequistão e agora Brasil, a BYD segue uma estratégia de descentralização fabril para proteger margens e evitar barreiras comerciais, especialmente com a Europa e os EUA a imporem tarifas sobre veículos fabricados na China.
A empresa também tem reforçado os investimentos em marketing, redes de distribuição e acordos com governos locais para garantir vantagens fiscais e acesso ao mercado. O modelo de expansão modular com montagem inicial, seguida por produção integrada, tem sido adotado como fórmula-padrão em países com potencial de escala.
Conclusão
A BYD avança em 2025 com uma expansão internacional relevante mas condicionada por fatores regulatórios e tensões geopolíticas, especialmente no eixo China-EUA. O início da montagem no Brasil marca um passo simbólico e estratégico na América Latina, mas os atrasos nas aprovações chinesas e os ajustes operacionais internos mostram que o ritmo de internacionalização será mais cauteloso e controlado do que nos anos anteriores.
Com a pressão comercial a aumentar, a BYD terá de equilibrar eficiência de custos, segurança tecnológica e capacidade local para consolidar a sua posição global como líder no setor automóvel elétrico.
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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
(Artigo sobre a BYD, formato “News”, atualizado com informações até 07 de Julho de 2025. Categorias: Indústria. Classe de Ativos: Ações. Tags: Acionista, BYD, China, Transporte, Automóveis, Veículos elétricos)