
Economia chinesa perde fôlego em julho e agosto e aumenta dúvidas sobre meta de crescimento de 5% em 2025
Aqui pode acompanhar as últimas informações relacionadas com a China. Acompanhamos de forma contínua os desenvolvimentos da atividade económica mais relevantes que impactam esta economia e mundo, consolidamos os pontos essenciais num formato que oferece uma visão clara, objetiva e alinhada com a nossa análise.
Strategic Highlights – 15 de setembro de 2025
- Produção industrial cresceu apenas +4,2% a/a em agosto de 2025, abaixo da previsão de +4,7% e do +4,4% em julho.
- Vendas a retalho avançaram +2,3% a/a em agosto, falhando os +3,5% esperados e abaixo dos +2,7% de julho.
- Investimento em ativos fixos (jan–ago 2025): +2,9% a/a, desacelerando face aos +3,0% jan–jul.
- Taxa de desemprego urbano subiu para 5,1% em agosto, face aos 5,0% em julho.
- Dados reforçam dúvidas sobre a capacidade da China atingir a meta oficial de crescimento de 5% em 2025.
Resultados recentes
Os indicadores de julho e agosto de 2025 mostraram um claro abrandamento da atividade económica chinesa.
A produção industrial passou de +5,3% em junho para +4,4% em julho e +4,2% em agosto, evidenciando perda de dinamismo na indústria transformadora.
As vendas a retalho, barómetro crucial da procura interna, também enfraqueceram: de +3,1% em junho para +2,7% em julho e +2,3% em agosto, sinalizando fraca recuperação do consumo das famílias.
O investimento em ativos fixos cresceu +3,0% no acumulado de janeiro a julho e desacelerou ligeiramente para +2,9% em janeiro–agosto, abaixo da previsão de +3,0%.
No mercado laboral, a taxa de desemprego urbano manteve-se estável em 5,0% em julho, mas subiu para 5,1% em agosto, refletindo maior pressão sobre o emprego.
Drivers da fraqueza
Os estímulos governamentais implementados em 2025 não têm sido suficientes para impulsionar a procura interna, com impacto limitado no consumo e no investimento. A persistente fragilidade no mercado imobiliário, aliada à desaceleração global, continua a condicionar a atividade.
O consumo, em particular, mostra sinais de estagnação, afetado por confiança fraca das famílias e pela elevada taxa de poupança. Na indústria, os ganhos têm sido insuficientes para compensar a queda nas encomendas externas.
Impacto de mercado
Os dados de julho e agosto de 2025 lançaram dúvidas entre analistas sobre a capacidade da China atingir a sua meta oficial de crescimento de cerca de 5% para o ano. O abrandamento na produção industrial e no consumo interno aumenta a pressão sobre Pequim para adotar novos estímulos, sejam fiscais ou monetários.
A fraqueza também poderá ter repercussões nas matérias-primas e nos mercados globais, já que a China é o maior consumidor mundial de commodities industriais.
Perspetivas
O outlook para o segundo semestre de 2025 dependerá da resposta política de Pequim. Um reforço de estímulos poderia apoiar o investimento em infraestrutura e estabilizar o consumo, mas o impacto deverá ser gradual.
A persistência do abrandamento aumenta o risco de a China não cumprir a meta de 5% de crescimento em 2025, sobretudo se a procura externa não recuperar e se o setor imobiliário continuar em contração.
Conclusão
Entre julho e agosto de 2025, a economia chinesa mostrou sinais claros de desaceleração: produção industrial em queda para +4,2%, vendas a retalho a crescer apenas +2,3%, e desemprego urbano a subir para 5,1%. Estes números reforçam a perceção de que os estímulos atuais não bastam para garantir a meta oficial de 5% em 2025, aumentando a pressão para novas medidas de apoio e alimentando incertezas sobre a trajetória da segunda maior economia mundial.
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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
(Artigo sobre as Vendas a Retalho da China, formato “Geral”, atualizado com informações até 15 de Setembro de 2025. Categorias: Economia. Tags: Economia, China, Vendas a Retalho, Consumo)