
TikTok assegura sobrevivência nos EUA com acordo de controlo norte-americano
Aqui pode acompanhar as últimas informações relacionadas com a guerra do TikTok entre a China e EUA. Acompanhamos de forma contínua os desenvolvimentos mais relevantes que impactam esta economia e mundo com as políticas, consolidamos os pontos essenciais num formato que oferece uma visão clara, objetiva e alinhada com a nossa análise.
Strategic Highlights – 22 de setembro de 2025
- A 9 de julho, surgiram notícias de que a TikTok preparava uma versão independente da aplicação para os EUA, com algoritmo e código próprios para separar operações da ByteDance global.
- A 16 de setembro, Trump anunciou um acordo com a China para manter o TikTok nos EUA, transferindo ativos para controlo norte-americano, com a ByteDance a ficar com 19,9%.
- O 15 de setembro marcou um “framework deal” em Madrid, com prazo até 17 de setembro prolongado por mais 90 dias para finalização.
- A 22 de setembro, a Casa Branca preparava um executive order de Trump para aprovar o negócio, com investidores como Oracle, Silver Lake, Larry Ellison e Michael Dell envolvidos.
- O novo acordo prevê que o algoritmo seja treinado e operado nos EUA, em servidores Oracle, fora do controlo da ByteDance.
Estrutura do novo acordo
Depois de meses de negociações e vários adiamentos, os EUA e a China anunciaram a 16 de setembro de 2025 um entendimento para manter o TikTok a operar no mercado norte-americano. O plano implica transferir os ativos da aplicação nos EUA para um consórcio de investidores americanos, enquanto a ByteDance ficará limitada a 19,9% de participação, um limiar abaixo do nível de bloqueio político.
Cerca de 80% do capital ficará em mãos norte-americanas, incluindo investidores já presentes na ByteDance, como Susquehanna International, General Atlantic e KKR, além de novos players como Oracle, Silver Lake e Andreessen Horowitz. O conselho de administração será dominado por perfis com credenciais de cibersegurança e segurança nacional, incluindo um membro nomeado diretamente pelo governo dos EUA.
O papel do algoritmo e da cloud
Um dos pontos centrais do acordo foi o destino do algoritmo de recomendação da TikTok, considerado o coração da aplicação. O compromisso agora alcançado prevê que o algoritmo seja segurado, retreinado e operado nos EUA, em infraestruturas Oracle, sem dependência direta da ByteDance.
A medida responde à lei aprovada em 2024, que obrigava à alienação do TikTok nos EUA por receios de que Pequim pudesse usar a aplicação para recolher dados de cidadãos norte-americanos ou conduzir operações de influência política.
Pressão política e prazos
O anúncio surge no seguimento da reunião de Madrid, a 15 de setembro, quando EUA e China fecharam um framework deal que impediu a suspensão da aplicação. O prazo de 17 de setembro foi estendido até 16 de dezembro, permitindo finalizar detalhes da transação.
Donald Trump, que mantém 15 milhões de seguidores na sua conta pessoal do TikTok, sempre resistiu a forçar um banimento, consciente da importância política da plataforma. A Casa Branca até criou um perfil oficial em agosto, numa tentativa de capitalizar a popularidade da aplicação.
Segundo fontes da administração, o presidente deverá formalizar a aprovação através de um executive order ainda esta semana, encerrando um ano de incerteza.
Preparação técnica: a aplicação “M2”
Antes mesmo do acordo, a ByteDance tinha iniciado o projeto “M2”, que visava criar uma versão independente do TikTok para os EUA, com código, base de dados e algoritmo próprios.
A aplicação deverá funcionar de forma semelhante ao Douyin na China exclusiva para aquele mercado e será alimentada apenas por dados de utilizadores norte-americanos, treinando o algoritmo de forma separada da rede global. A estratégia permitiu manter negociações abertas, mesmo perante a recusa de Pequim em autorizar a exportação do algoritmo global.
Conclusão
Entre julho e setembro de 2025, o TikTok passou do risco real de encerramento nos EUA para um acordo político e empresarial que garante a sua continuidade. A solução envolve uma reconfiguração completa: controlo norte-americano dos ativos, limitação da ByteDance a 19,9%, operação em servidores Oracle e supervisão por um board dominado por especialistas em segurança.
Para os EUA, o compromisso reforça a proteção de dados e a independência tecnológica. Para a China, mantém-se uma presença simbólica através da ByteDance, preservando alguns “caracteres chineses” da aplicação. O verdadeiro teste será operacional: se a nova versão norte-americana conseguirá manter a atratividade e a dinâmica de uma plataforma usada por 170 milhões de norte-americanos.
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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
(Artigo sobre Luta entre a China e EUA pelo TikTok, formato “Geral”, atualizado com informações até 22 de Setembro de 2025. Categorias: Política. Tags: Geopolítica, TikTok, EUA, China, Redes Sociais)