
China Inflação, Destaques (09 Dezembro 2024)
- A inflação ao consumidor na China caiu para 0,2% em novembro, o nível mais baixo em cinco meses.
- Os preços no setor fabril continuaram em deflação, com o índice de preços no produtor a cair 2,5% em termos anuais.
- Pequim enfrenta desafios significativos, incluindo tarifas adicionais dos EUA e fragilidades no setor imobiliário.
- Fitch Ratings reduziu as projeções de crescimento económico da China para 2025 e 2026.
Inflação ao consumidor da China atinge mínimo de cinco meses em novembro
9 de dezembro de 2024 – A inflação ao consumidor na China desacelerou para 0,2% em novembro, marcando o nível mais baixo em cinco meses, refletindo a queda nos preços dos alimentos frescos e uma procura económica ainda morna. Os dados, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (NBS), sugerem que as medidas de estímulo recentemente adotadas por Pequim têm tido impacto limitado na recuperação económica.

Queda nos preços e impacto sazonal
Os preços ao consumidor recuaram 0,6% em termos mensais, com uma descida de 2,7% nos preços dos alimentos frescos, atribuída a condições climáticas favoráveis. “A temperatura média em novembro foi a mais elevada para o período comparável desde 1961, o que ajudou a aumentar a produção e transporte de produtos agrícolas”, explicou Dong Lijuan, estatístico do NBS.
A inflação subjacente, que exclui os preços voláteis dos alimentos e combustíveis, subiu ligeiramente para 0,3%, contra 0,2% em outubro.
Deflação no setor industrial persiste
No setor fabril, o índice de preços no produtor (IPP) caiu 2,5% em termos anuais, prolongando a deflação para o 26.º mês consecutivo. Apesar de uma ligeira melhoria face à queda de 2,9% em outubro, a pressão sobre os preços industriais permanece evidente, refletindo o excesso de capacidade e uma procura global enfraquecida.
Desafios económicos e perspetivas sombrias
A segunda maior economia do mundo enfrenta uma série de desafios, incluindo a possível imposição de tarifas adicionais pelos EUA sob uma nova administração Trump e um setor imobiliário ainda instável.
Pequim anunciou em novembro um pacote de dívida de 10 biliões de yuans ($1,37 biliões) para aliviar as dificuldades de financiamento das administrações locais, mas evitou injetar dinheiro diretamente na economia.
Economistas continuam céticos quanto à recuperação económica da China a curto prazo. A Fitch Ratings reduziu as previsões de crescimento económico do país para 4,3% em 2025 e 4,0% em 2026, citando riscos adicionais de tarifas mais altas dos EUA sobre produtos chineses.
Perspetivas de estímulo e objetivos de crescimento
Os conselheiros do governo chinês estão a pressionar por um estímulo fiscal mais forte e defendem um objetivo de crescimento económico de cerca de 5,0% para 2025. Contudo, mesmo com subsídios para automóveis e eletrodomésticos impulsionando as despesas das famílias, o crescimento económico continua frágil.
Conclusão
Com a inflação ao consumidor a desacelerar e o setor fabril a manter-se em deflação, a China enfrenta um cenário económico desafiador. Enquanto Pequim trabalha para impulsionar a economia através de medidas de estímulo fiscal, as tensões comerciais com os EUA e o setor imobiliário continuam a representar riscos significativos para a estabilidade económica do país.
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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
(Artigo sobre a Inflação da China, formato “Geral”, atualizado com informações até 09 de Dezembro de 2024. Categorias: Economia. Tags: Economia, China, Inflação)