Destaques dos Mercados e Economia – 3 de novembro de 2025
Principais destaques do dia 03 Novembro 25, nas maiores economias mundiais e bancos centrais. Os temas que movem o mundo financeiro, desde a Política, Bancos Centrais, Macroeconomia e os Mercados.
Global
- Os mercados asiáticos fecharam em alta moderada, com o Shanghai Composite a subir 0,6%, aos 3.976,52 pontos, enquanto o CSI300 avançou 0,3%. O sentimento foi defensivo após a reunião entre Trump e Xi, que resultou em reduções tarifárias e uma pausa nas restrições chinesas às exportações de minerais de terras raras, prolongando a trégua comercial. Setores defensivos lideraram ganhos energia (+3%), bancos (+1,3%), bens de consumo básico (+0,3%), enquanto semicondutores (-4,2%) e tecnologia (-1%) recuaram.
- Na Europa, o STOXX 600 subiu 0,4%, a 574,11 pontos, com destaque para ações automotivas como Renault, Mercedes-Benz e Aumovio, que avançaram mais de 3,3% após notícias sobre a Nexperia. O bloqueio chinês às exportações da fabricante provocou interrupções globais no fornecimento automotivo, num setor que registou o segundo mês consecutivo de quedas em outubro.
- Nos EUA, o S&P 500 e o Nasdaq fecharam em alta, impulsionados por negócios ligados à inteligência artificial. A Amazon anunciou um acordo de US$ 38 mil milhões com a OpenAI, fazendo suas ações avançarem 4%. O Dow Jones caiu, pressionado por UnitedHealth (-2,3%) e Merck (-4,1%).
Política
- O presidente Donald Trump afirmou que os chips Blackwell da Nvidia, os mais avançados da empresa serão reservados exclusivamente a clientes americanos, ficando fora do alcance da China e outros países. A decisão reforça a política de contenção tecnológica de Washington em relação a Pequim, ao limitar o acesso global a semicondutores estratégicos.
Bancos Centrais
- O Banco de Inglaterra (BoE) deve manter as taxas de juro em 4% na reunião de quinta-feira, interrompendo o ciclo de reduções iniciado em 2024. Analistas, porém, apontam espaço para um novo corte diante de dados mais brandos de inflação e salários. O governador Andrew Bailey admitiu que o ritmo de cortes se tornou “mais incerto”.
Macroeconomia
- Na zona euro, o PMI industrial da HCOB ficou em 50,0 em outubro, sinalizando estagnação após oito meses de crescimento e estabilidade nas novas encomendas.
- Na China, o PMI industrial privado (RatingDog/S&P Global) caiu de 51,2 para 50,6, refletindo a ansiedade comercial e tarifária que desacelera a produção.
- Nos EUA, o PMI industrial do ISM recuou de 49,1 para 48,7, marcando o oitavo mês consecutivo de contração no setor manufatureiro, responsável por 10,1% da economia.
Mercados Globais
Consumo
- A Heineken prometeu aumentar receitas e cortar custos, mas investidores defendem medidas mais profundas, incluindo encerramento de fábricas, para conter a queda de volumes. O CEO Dolf van den Brink enfrenta desafios de eficiência e retomada do crescimento.
Energia
- O petróleo Brent subiu 0,43%, a 65,05 USD/barril, e o WTI ganhou 0,41%, a 61,23 USD, após a OPEC+ adiar aumentos de produção no primeiro trimestre de 2026. Dados industriais fracos na Ásia limitaram os ganhos.
Metais e Minerais
- A Glencore planeia fechar a fundição Horne no Canadá, sua maior operação de cobre metálico, devido a questões ambientais e custos de modernização. A produção anual de cerca de 300 mil toneladas representa parcela significativa da oferta global, agravando previsões de escassez de cobre.
Serviços Financeiros
- A Berkshire Hathaway registou lucros operacionais de US$ 13,49 mil milhões, alta face aos US$ 10,09 mil milhões de 2024, e reservas recorde de caixa de US$ 381,7 mil milhões. Warren Buffett manteve postura prudente, vendendo mais ações do que comprando pelo 12º trimestre consecutivo.
Transporte
- A Ryanair apresentou lucro líquido semestral de 2,54 mil milhões de euros, aumento de 42% e acima das expectativas, impulsionado por forte procura e entregas antecipadas da Boeing. As tarifas médias subiram 13%.
- Já a Tesla teve quedas de vendas na Europa em outubro: -89% na Suécia, -86% na Dinamarca, -50% na Noruega e -48% na Holanda, refletindo fragilidade na procura regional.
Tecnologia
- A OpenAI firmou contrato de sete anos com a Amazon, avaliado em US$ 38 mil milhões, para usar a infraestrutura de nuvem da AWS e GPUs Nvidia no treino de modelos de IA, ampliando sua capacidade operacional após recente reestruturação.
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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
Dados referentes ao período compreendido entre as 19h do dia anterior e as 19h do dia dos Destaques.
(Artigo sobre os Destaques do Dia 03 de Novembro de 2025, formato “Geral”, atualizado com informações até 03 de Novembro. Categorias: Global. Tags: Global, Resumo do Dia)