Principais destaques do dia 08 Julho 25, nas maiores economias mundiais e bancos centrais. Os temas que movem o mundo financeiro, desde a Política, Bancos Centrais, Macroeconomia e os Mercados.
Global
- O S&P 500 e o Nasdaq oscilaram sem direção clara na terça-feira, com os investidores a digerirem os comentários do presidente Donald Trump sobre tarifas, que voltaram a alimentar receios em torno da política comercial dos EUA. Após as quedas de segunda-feira, motivadas pelo anúncio de tarifas sobre produtos do Japão, Coreia do Sul e outros parceiros, o mercado manteve-se cauteloso. Trump agravou ainda mais as tensões na terça-feira ao anunciar uma tarifa de 50% sobre o cobre importado e indicar que as há muito ameaçadas tarifas sobre semicondutores e produtos farmacêuticos estão iminentes. Apesar de alguma estabilização, não houve sinais de recuperação expressiva.
Política
- O acordo comercial entre o Japão e os EUA deverá incluir concessões nas tarifas para o setor automóvel japonês, declarou o negociador Ryosei Akazawa na terça-feira, após Trump anunciar tarifas de 25% sobre produtos japoneses a partir de 1 de agosto.
- O presidente Donald Trump confirmou na terça-feira que irá aplicar uma tarifa de 50% sobre o cobre importado, no âmbito do alargamento da sua guerra comercial global.
Política Monetária
- O Banco Central da Austrália (RBA) surpreendeu os mercados ao manter a taxa de juro à vista em 3,85% na terça-feira, contrariando as expectativas de um corte. A maioria dos membros do conselho preferiu aguardar por mais dados que confirmem o abrandamento da inflação. A governadora Michele Bullock indicou que o banco continua numa trajetória de flexibilização, mas o calendário ainda está em aberto. “Se o CPI do segundo trimestre vier como esperamos e continuar a descer, isso valida a nossa trajetória”, afirmou em conferência de imprensa, destacando que os dados mensais são altamente voláteis.
Macroeconomia
- A atividade económica no Canadá acelerou em junho ao ritmo mais rápido dos últimos quatro meses, com os preços também a subir, segundo o PMI do Ivey divulgado na terça-feira. O índice ajustado sazonalmente subiu de 48,9 para 53,3, o nível mais elevado desde fevereiro. Leituras acima de 50 indicam expansão da atividade.
- As exportações da Alemanha caíram 1,4% em maio, bem acima da descida de 0,2% esperada pelos analistas da Reuters, afetadas sobretudo pela queda da procura dos EUA pelo segundo mês consecutivo. As exportações para os Estados Unidos caíram 7,7% face a abril e 13,8% em comparação com maio de 2024, em termos ajustados, refletindo o impacto crescente das tarifas comerciais.
Mercados Globais
Aeroespacial e Defesa
- A norte-americana Boeing anunciou na terça-feira a entrega de 60 aviões em junho, um aumento de 27% em relação ao ano anterior, incluindo oito aparelhos destinados à China, os primeiros desde o fim da disputa comercial entre os EUA e a China. Pequim havia bloqueado entregas da Boeing em abril, mas suspendeu a medida em maio, após os dois países concordarem em reduzir temporariamente as tarifas.
Agricultura
- O cacau de Londres caiu marginalmente 0,1%, para 5.433 libras por tonelada, após atingir uma mínima de oito meses (5.280 libras) na segunda-feira. Os negociantes notam que os stocks continuam em níveis historicamente baixos, após um grande défice na temporada 2023/24. Segundo o Commerzbank, os dados dos dois maiores produtores apontam para um possível excedente muito modesto ou nulo em 2024/25, o que limita o espaço para novas quedas. O cacau de Nova Iorque recuou 0,2%, para 8.185 dólares por tonelada.
Cambial
- O dólar australiano valorizou-se na terça-feira, depois de o RBA surpreender ao não cortar as taxas de juro, contrariando o consenso do mercado. A decisão teve impacto imediato na dívida soberana australiana, com os rendimentos a subirem, sustentando a moeda local.
Dívida Soberana
- Os rendimentos dos títulos alemães de longo prazo atingiram máximos de seis semanas na terça-feira, à medida que os mercados deixaram de se focar em novas tarifas dos EUA sobre a UE e voltaram a concentrar-se nos empréstimos europeus. Vários leilões de dívida na zona euro, combinados com um aumento nos rendimentos do Japão, contribuíram para a pressão adicional sobre os mercados obrigacionistas europeus.
Energia
- A OMV, grupo energético austríaco, estima um impacto positivo de 120 milhões de euros no seu resultado operacional do segundo trimestre com a fusão entre a Borouge e a Borealis, anunciada em março em parceria com a Abu Dhabi National Oil Company (ADNOC). A nova empresa, Borouge Group International, terá um valor empresarial de 60 mil milhões de dólares, tornando-se um peso-pesado global no setor químico.
- Os futuros do gás natural nos EUA recuaram cerca de 2% na terça-feira, para o nível mais baixo em uma semana, pressionados pelos preços à vista baixos, produção crescente e níveis de stock superiores à média. A queda aconteceu apesar da previsão de temperaturas acima do normal até ao fim de julho, que deverá manter elevada a procura por ar condicionado.
Indústria
- A Porsche reportou na terça-feira uma queda de 6% nas vendas globais no primeiro semestre, com destaque para o colapso de 28% no mercado chinês, atribuído à concorrência intensa e às condições de mercado desafiantes. No total, a marca vendeu 146.391 veículos. Em contraste, as entregas aumentaram 10% na América do Norte, beneficiando de maior disponibilidade de produto e de proteção das tarifas durante o primeiro semestre.
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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
(Artigo sobre os Destaques do Dia 08 Julho 2025, formato “Geral”, atualizado com informações até 08 de Julho de 2025. Categorias: Global. Tags: Global, Resumo do Dia, Destaques do Dia)