Destaques do Dia – 13 Jun 25

Principais destaques do dia 13 Junho 25, nas maiores economias mundiais e bancos centrais. Os temas que movem o mundo financeiro, desde a Política, Bancos Centrais, Macroeconomia e os Mercados.    


Global

  • Wall Street fechou em forte queda na sexta-feira, após o Irão lançar mísseis contra Israel em retaliação a ataques israelitas com o objetivo de impedir Teerão de desenvolver armas nucleares.
    Explosões foram reportadas em Tel Aviv e Jerusalém. As sirenes soaram em todo o país, enquanto as tensões no Médio Oriente aumentavam e os investidores procuravam ativos de refúgio.
    O petróleo subiu quase 7%, devido aos receios de disrupções no fornecimento da região.

Política

  • Israel lançou uma ofensiva em larga escala contra o Irão, atingindo instalações nucleares e fábricas de mísseis, e matando vários comandantes. O governo de Trump, apesar de negar envolvimento directo, defendeu os ataques.
    Donald Trump afirmou: “Foram atingidos com a maior força possível. E há mais para vir.” Reforçou ainda que deu ao Irão um ultimato de 60 dias para um acordo, que não foi aproveitado.

Bancos Centrais

  • O Banco Popular da China vai injetar 400 mil milhões de yuans (55,7 mil milhões de dólares) no sistema bancário a 16 de junho, através de acordos de recompra de seis meses. A medida visa aliviar a pressão num mês de forte vencimento de dívida interbancária.
    Na semana anterior, o banco já tinha surpreendido ao injetar 1 bilião de yuans em operações semelhantes.
  • O Banco de Inglaterra deverá manter as taxas em 4,25% na próxima semana. A maioria dos economistas inquiridos prevê uma primeira descida em agosto e outra até ao final de 2025, para 3,75%. Os investidores esperam indicações sobre se a fraqueza económica e salarial poderão acelerar o ritmo de cortes.

Macroeconomia

  • A produção industrial da zona euro caiu 2,4% em abril, superando as previsões negativas. Todos os sectores industriais registaram contração, possivelmente devido ao impacto de novas tarifas anunciadas pelos EUA.
    O comércio também enfraqueceu: o excedente comercial da zona euro caiu para 9,9 mil milhões de euros, face aos 37,3 mil milhões em março.
  • Os preços do petróleo subiram mais de 7% na sexta-feira, negociando perto de máximos de vários meses, na sequência de ataques mútuos entre Israel e Irão, reacendendo receios quanto ao fornecimento global de crude.
  • Segundo um inquérito do Banco de Inglaterra, as expectativas de inflação a médio prazo no Reino Unido continuam elevadas, apesar da melhoria nas perspetivas de curto prazo. Estes dados serão relevantes para a próxima decisão sobre as taxas de juro.

Mercado de Dívida

Aeroespacial e Defesa

  • A Airbus está perto de fechar um acordo para fornecer jatos A220 à polaca LOT, superando a Embraer. O anúncio poderá ocorrer já na segunda-feira no Paris Airshow, segundo fontes do sector.

Agricultura

  • O café robusta caiu 0,6%, para 4.287 dólares por tonelada, acumulando sete semanas consecutivas de perdas. A pressão vem de clima favorável no Brasil e Vietname e aumento de stocks na ICE.
    A produção vietnamita deverá crescer 7% em 2025/26, atingindo um pico de 30 milhões de sacas, segundo o USDA.
    O arábica subiu 0,2%, para 3,46 dólares por libra.

Cambial

  • O dólar ganhou terreno contra o euro, o iene e o franco suíço, impulsionado pela procura de ativos de refúgio após os ataques israelitas.
    Avançou 0,46% contra o iene (144,14) e 0,23% contra o franco suíço (0,812). Apesar disso, deve fechar a semana em queda face às moedas mais defensivas, ainda condicionado pelos riscos associados às tarifas de Trump.

Energia

  • O petróleo valorizou mais de 7% na sexta-feira, atingindo máximos de vários meses com a escalada de violência no Médio Oriente.
  • O gás natural dos EUA subiu 3%, acompanhando os ganhos do petróleo e os receios de que o conflito afete a oferta.
    Até agora, 2025 registou um recorde mensal de retirada de 1,013 biliões de pés cúbicos em janeiro e injeção de 497 mil milhões em maio, o maior valor desde 2015.

Indústria

  • A Ford enfrenta dificuldades no fornecimento de ímanes de terras raras, essenciais para veículos elétricos.
    A China, que domina mais de 90% da capacidade global de processamento, impôs em abril restrições à exportação, afetando todo o sector industrial ocidental.

Metais e Minerais

  • O ouro disparou na sexta-feira, com investidores a procurarem refúgio após os bombardeamentos entre Israel e Irão.
    O Goldman Sachs prevê que o ouro atinja 3.700 dólares/onça até final de 2025 e 4.000 até meados de 2026. O BofA antecipa que o ouro poderá atingir os 4.000 dólares já nos próximos 12 meses.

Tecnologia

  • A Adobe subiu as suas previsões de receitas para 2025, com base na forte procura pelas suas ferramentas com IA. Produtos como o Photoshop e o Premiere Pro continuam a liderar o mercado criativo.
    Contudo, as ações caíram 7% na sexta-feira, com os investidores preocupados com a velocidade de monetização da IA, que pode ser mais lenta do que o previsto.

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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.

(Artigo sobre os Destaques do Dia 13 Junho 2025, formato “Geral”, atualizado com informações até 13 de Junho de 2025. Categorias: Global. Tags: Global, Resumo do Dia, Destaques do Dia)