
Principais destaques do dia 16 Julho 25, nas maiores economias mundiais e bancos centrais. Os temas que movem o mundo financeiro, desde a Política, Bancos Centrais, Macroeconomia e os Mercados.
Global
- Os principais índices de Wall Street recuperaram ligeiramente na quarta-feira, após uma queda repentina provocada por rumores de que Donald Trump poderia demitir Jerome Powell. A notícia, inicialmente veiculada pela Bloomberg, fez o dólar cair, os rendimentos do Tesouro subir e os índices acionistas recuar. Minutos depois, Trump negou publicamente essa intenção, permitindo que os mercados recuperassem parte das perdas.
Política
- Trump negou estar a planear demitir Jerome Powell, afirmando que seria “altamente improvável”, a menos que surgissem provas de fraude — uma resposta às críticas recentes sobre os custos de renovação da sede da Fed.
- O presidente norte-americano afirmou também que os EUA manterão tarifas rigorosas com o Japão e que está próximo de alcançar um novo acordo comercial com a Índia, após o pacto com a Indonésia. Encontra-se ainda a negociar com outros países mais pequenos com os quais os EUA mantêm menos relações comerciais.
Bancos Centrais
- O Beige Book da Fed indicou uma atividade económica ligeiramente positiva, mas com perspetivas neutras a negativas. Empresas de vários setores relataram pressões sobre os custos devido às tarifas, prevendo aceleração na inflação já no final do verão.
Macroeconomia
- A inflação no Reino Unido subiu para 3,6% em junho, o nível mais alto desde janeiro de 2024 e acima das previsões, o que reduz as expectativas de cortes de taxas pelo Banco de Inglaterra. A taxa britânica mantém-se como a mais elevada entre as economias avançadas.
- Nos EUA, o PPI ficou inalterado em junho, com os aumentos nos bens de produção a serem anulados pela fraqueza nos serviços. Apesar disso, os preços de categorias sensíveis às tarifas continuam a subir, refletindo o impacto das medidas comerciais adotadas desde abril.
Mercados Globais
Agricultura
- O café arábica subiu 2,7%, atingindo máximos de três semanas, enquanto o robusta ganhou 1,2%, acumulando +7% na semana. Traders tentam antecipar-se às tarifas de 50% dos EUA sobre importações do Brasil, previstas para 1 de agosto, que poderão travar quase por completo os envios brasileiros.
Blockchain
- A Lei GENIUS sobre criptomoedas ganhou novo fôlego após reunião na Casa Branca liderada por Trump, que afirmou já ter garantido o apoio necessário à sua aprovação. Uma nova votação deverá ocorrer em breve.
Cambial
- O dólar recuperou após queda abrupta, impulsionado pela declaração de Trump a afastar a ideia de demissão de Powell. Apesar disso, fontes indicaram que o presidente consultou republicanos sobre essa possibilidade e recebeu respostas favoráveis.
Energia
- O gás natural dos EUA subiu 1%, alcançando o maior fecho desde 27 de junho, impulsionado por clima quente e fortes exportações de LNG. A formação de um sistema tropical no Golfo do México também elevou a incerteza no mercado.
- O petróleo fechou em queda, pressionado pela alta nos inventários de combustível e pelo receio de que tarifas dos EUA prejudiquem a procura global, apesar de alguns sinais de consumo mais forte.
Indústria
- A ASML alertou que poderá não crescer em 2026, devido à incerteza nas tarifas que afeta os investimentos em fábricas de chips nos EUA. As suas ações caíram até 7,8%, arrastando também outras empresas do setor, como a ASM, BESI e Soitec.
Serviços Financeiros
- A Goldman Sachs registou um aumento de 22% nos lucros do 2.º trimestre, com recordes na negociação de ações e forte recuperação na banca de investimento. As receitas de FICC subiram 9% para 3,47 mil milhões de dólares, e as comissões totais da banca atingiram 2,19 mil milhões, mais 26% face ao ano anterior.
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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
(Artigo sobre os Destaques do Dia 16 Julho 2025, formato “Geral”, atualizado com informações até 16 de Julho de 2025. Categorias: Global. Tags: Global, Resumo do Dia, Destaques do Dia)