
Principais destaques do dia 24 Junho 25, nas maiores economias mundiais e bancos centrais. Os temas que movem o mundo financeiro, desde a Política, Bancos Centrais, Macroeconomia e os Mercados.
Global
- Wall Street avançou na terça-feira, 17 de junho de 2025, impulsionada por uma trégua frágil entre Israel e o Irão e pela expectativa em torno do testemunho de Jerome Powell no Congresso.
Os três principais índices dos EUA registaram a segunda sessão consecutiva de ganhos sólidos, após os recentes ataques com mísseis dos EUA às instalações nucleares iranianas.
As ações de companhias aéreas subiram com o arrefecimento das tensões, com o índice S&P 1500 Airlines a avançar 2,3%, enquanto o setor de defesa recuou, com quedas de cerca de 2,9% para Lockheed Martin e RTX Corp.
As ações de criptomoedas também subiram, após o bitcoin atingir o valor mais alto da semana, com a Coinbase e a Strategy a valorizarem 11,7% e 3,8%, respetivamente.
A Broadcom registou um novo máximo histórico após o HSBC elevar a sua classificação para ‘comprar’, com as ações a subirem 3,4%.
Política
- Um cessar-fogo instável foi iniciado na terça-feira, sob forte pressão diplomática dos EUA, com o presidente Donald Trump a declarar o fim da guerra aérea entre Israel e o Irão.
Ambas as partes sinalizaram a suspensão temporária das hostilidades, 12 dias após o início do conflito, apesar das acusações de violações ao cessar-fogo feitas por Trump logo após o anúncio oficial.
Política Monetária
- O presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, afirmou na terça-feira que o banco central ainda aguarda mais dados antes de decidir se os aumentos nas tarifas de 2025 terão efeitos duradouros na inflação.
Em depoimento ao Congresso, Powell indicou que os impactos poderão ser temporários ou persistentes, e que a Fed encontra-se «bem posicionada para esperar». - De acordo com um novo relatório do OMFIF publicado a 17 de junho de 2025, bancos centrais que gerem um total de 5 biliões de dólares em reservas planeiam aumentar a sua exposição ao ouro, euro e yuan, em detrimento do dólar.
Cerca de um em cada três bancos centrais demonstrou intenção de reforçar a posição em ouro nos próximos 12 a 24 meses, o valor mais elevado dos últimos cinco anos.
Macroeconomia
- A inflação anual no Canadá manteve-se estável em 1,7% em maio de 2025, com os custos da gasolina, habitação e transportes a contribuírem para a estabilização.
Contudo, existem preocupações crescentes com as tarifas bilaterais impostas por Trump sobre aço, alumínio e automóveis, que poderão impulsionar os preços nos próximos meses. - A confiança do consumidor nos EUA deteriorou-se em junho de 2025, segundo a Conference Board, com preocupações crescentes sobre o mercado de trabalho e as tarifas a afetarem todas as faixas etárias e rendimentos.
A perceção de que os empregos são abundantes atingiu o nível mais baixo desde março de 2021, refletindo o aumento do desemprego e o abrandamento das contratações.
A maioria dos consumidores mantém-se cautelosa quanto a grandes compras e a expectativa de aumento salarial também caiu.
Mercados Globais
Agricultura
- O açúcar bruto caiu 1,2% para 15,85 cêntimos por libra a 17 de junho de 2025, com a queda dos preços da energia, associada ao cessar-fogo no Médio Oriente, a reduzir o incentivo à produção de etanol no Brasil.
Com mais cana disponível para a produção de açúcar, a perspetiva de oferta aumentada pressiona os preços.
Já o açúcar branco subiu ligeiramente 0,2% para 468,20 USD por tonelada.
Blockchain
- A VanEck alertou em junho de 2025 para o risco de erosão de capital entre empresas com grandes participações em Bitcoin, adquiridas através de emissão de ações ou dívida.
Segundo Matthew Sigel, da VanEck, o modelo de financiamento de compras de BTC por parte das tesourarias corporativas poderá expor as empresas a perdas patrimoniais significativas, caso o preço não se mantenha em valorização contínua.
Cambial
- O dólar caiu de forma generalizada na terça-feira, após o anúncio de cessar-fogo e o testemunho de Powell.
O euro e o iene valorizaram-se com a descida dos preços do petróleo, beneficiando economias importadoras como UE e Japão, enquanto moedas sensíveis ao risco, como o dólar australiano, também subiram.
Energia
- Os preços do petróleo recuaram cerca de 5% a 17 de junho de 2025, para o nível mais baixo das últimas duas semanas, refletindo a perceção de menor risco de interrupção do fornecimento devido ao cessar-fogo entre Israel e Irão.
Ainda assim, o presidente Trump acusou ambas as partes de violar o acordo, colocando em dúvida a sustentabilidade da trégua. - Os futuros do gás natural nos EUA caíram 4%, pressionados por uma produção robusta e previsões de procura mais fraca nas próximas duas semanas, à medida que a onda de calor no leste dos EUA começa a dissipar-se.
Indústria
- A Continental, fornecedora alemã do setor automóvel, revistou em baixa as suas projeções de rentabilidade para 2025, citando o impacto cambial e barreiras comerciais crescentes.
A margem EBIT ajustada prevista para o segmento de pneus foi revista para 12,5% a 14%, abaixo dos 13,3% a 14,3% anteriormente projetados.
Saúde
- A Novo Nordisk lançou oficialmente o Wegovy na Índia na terça-feira, 17 de junho de 2025, três meses depois da Eli Lilly ter introduzido o seu rival Mounjaro no país.
A farmacêutica dinamarquesa espera colocar o produto nas farmácias até ao final do mês, apostando no crescimento das taxas de obesidade e diabetes num mercado com mais de 1,4 mil milhões de pessoas.
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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
(Artigo sobre os Destaques do Dia 24 Junho 2025, formato “Geral”, atualizado com informações até 24 de Junho de 2025. Categorias: Global. Tags: Global, Resumo do Dia, Destaques do Dia)