
Principais destaques do dia 26 Junho 25, nas maiores economias mundiais e bancos centrais. Os temas que movem o mundo financeiro, desde a Política, Bancos Centrais, Macroeconomia e os Mercados.
Global
- Wall Street fechou em alta a 19 de junho de 2025, com o S&P 500 e o Nasdaq a aproximarem-se de máximos históricos de fecho. A manutenção do cessar-fogo entre Israel e Irão, juntamente com uma série de indicadores económicos encorajadores, reforçou as expectativas de que o Federal Reserve reduza os custos dos empréstimos ainda este ano.
Os três principais índices bolsistas registaram uma ampla recuperação, consolidando o caminho para ganhos semanais.
As previsões do mercado apontam agora para três cortes nas taxas de juro em 2025.
Política
- Os líderes da União Europeia debateram na quinta-feira se devem acelerar um acordo comercial com os EUA, em termos amplamente favoráveis a Washington, ou lutar por melhores condições.
Um acordo rápido parece estar a ganhar apoio, segundo diplomatas e responsáveis, dado que poderá permitir à UE introduzir medidas de reequilíbrio mais tarde.
O chanceler alemão Friedrich Merz expressou apoio aos esforços da Comissão Europeia para concluir rapidamente um acordo, apesar das tarifas de 10% impostas pelos EUA sobre produtos europeus.
Bancos Centrais
- O presidente do Federal Reserve de Richmond, Thomas Barkin, alertou na quinta-feira para uma pressão inflacionista renovada devido ao impacto das tarifas, afirmando que a política monetária atual está adequada para enfrentar os desafios previstos.
“É muito provável que vejamos pressão sobre os preços”, disse Barkin numa conferência em Nova Iorque.
Macroeconomia
- A economia dos EUA contraiu-se mais do que o inicialmente estimado no primeiro trimestre de 2025, com o PIB revisto para uma queda de 0,5% em termos anualizados, contra a descida de 0,2% anteriormente reportada.
O consumo privado cresceu apenas 0,5%, bastante abaixo dos 1,2% anteriormente estimados. Esta revisão está diretamente relacionada com o efeito negativo das tarifas impostas sobre as importações.
A procura interna também foi revista em baixa, para uma taxa de crescimento de 1,9% (anteriormente 2,5%). - A Organização Mundial do Comércio (OMC) divulgou uma subida no seu barómetro comercial trimestral, impulsionada por compras antecipadas, mas alertou que o enfraquecimento das encomendas de exportação aponta para um provável abrandamento até ao final do ano.
Mercados Globais
Agricultura
- O café robusta subiu 2,4% para 3.608 USD por tonelada, recuperando de uma baixa de um ano registada em 3.459 USD.
Os futuros do café arábica recuaram 0,5%, para 3,0280, após tocarem mínimos de seis meses.
A menor ameaça de geadas no Brasil e sinais de abrandamento da procura após aumentos nos preços de retalho contribuíram para o desempenho misto.
Blockchain
- Rumores não confirmados indicam que o Reddit poderá integrar a tecnologia Worldcoin Orb, desenvolvida por Sam Altman, para verificação de utilizadores via identificação biométrica.
A integração serviria para combater contas falsas e bots, recorrendo à leitura da íris. Nenhuma das partes confirmou oficialmente a parceria.
Cambial
- O dólar continuou a cair e atingiu mínimos de mais de três anos, num contexto de preocupações sobre a independência da Reserva Federal, após críticas do presidente Donald Trump.
Trump chamou Jerome Powell de “terrível” e afirmou ter “três ou quatro candidatos em mente” para substituir o presidente do Fed.
Consumo
- A H&M reportou um lucro ligeiramente acima do esperado no segundo trimestre, apesar de as vendas terem ficado aquém das previsões.
As ações subiram 4% na manhã de quinta-feira, com os investidores a valorizarem o foco do CEO Daniel Erver na rentabilidade, através de ofertas mais modernas.
A empresa prevê um crescimento de vendas de 3% em junho, após uma queda de 6% no mesmo mês do ano anterior.
Energia
- Os futuros do gás natural nos EUA caíram cerca de 4%, atingindo o nível mais baixo em quatro semanas, devido a aumentos inesperados nos stocks semanais e maior produção em junho de 2025.
Foi o quinto dia consecutivo de perdas para o contrato de curto prazo, a sequência mais longa desde agosto de 2024. - A Shell negou formalmente estar em negociações para adquirir a BP, afirmando estar sujeita às regras do Reino Unido, o que a impede de avançar com uma proposta nos próximos seis meses.
A resposta veio após o Wall Street Journal sugerir uma possível aquisição. O CEO Wael Sawan reiterou que recompras de ações são uma melhor aplicação de capital para a Shell neste momento.
Saúde
- A Eli Lilly anunciou a aprovação na Índia do uso de canetas injetoras pré-cheias do seu medicamento de emagrecimento Mounjaro, ampliando a concorrência com o Wegovy da Novo Nordisk, recentemente lançado no país.
Até agora, o Mounjaro era vendido apenas em frascos. O lançamento das canetas representa uma expansão relevante no maior mercado do mundo, onde a Lilly já opera na área da diabetes e obesidade desde março de 2025.
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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
(Artigo sobre os Destaques do Dia 26 Junho 2025, formato “Geral”, atualizado com informações até 26 de Junho de 2025. Categorias: Global. Tags: Global, Resumo do Dia, Destaques do Dia)