
Inflação no Consumido nos EUA, Destaques (15 de janeiro de 2025)
- Inflação Mensal: O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,4% em dezembro, o maior aumento em nove meses.
- Inflação Anual: O IPC avançou 2,9%, o valor mais alto desde julho.
- Inflação Subjacente: Cresceu 0,2% em dezembro e 3,2% no acumulado anual.
- Energia e Alimentos: Preços da energia subiram 2,6%, enquanto alimentos aumentaram 0,3%.
- Perspetiva do Fed: Corte nas taxas de juro é improvável antes de junho, dado o mercado de trabalho resiliente e pressões inflacionistas.
Inflação nos EUA Mantém-se Elevada em Dezembro
Análise dos Dados de Dezembro
A inflação ao consumidor nos Estados Unidos registou o maior aumento mensal em nove meses, subindo 0,4% em dezembro. Este valor foi impulsionado, em grande parte, por um aumento de 2,6% nos preços dos produtos energéticos, incluindo uma subida de 4,4% no custo da gasolina. Em termos anuais, o IPC aumentou 2,9%, ligeiramente acima do registo de 2,7% em novembro.
No entanto, a inflação subjacente, que exclui alimentos e energia, avançou apenas 0,2% no mês e 3,2% no acumulado anual, marcando uma desaceleração face aos meses anteriores.
Componentes de Destaque
- Energia: Os custos energéticos foram responsáveis por mais de 40% do aumento mensal do IPC.
- Alimentos: Subiram 0,3%, com destaque para o aumento de 3,2% nos preços dos ovos, devido ao impacto da gripe aviária.
- Serviços: Os preços aumentaram 0,3%, incluindo um aumento de 3,9% nas tarifas aéreas.
- Automóveis: Veículos usados subiram 1,2%, enquanto os novos também registaram aumentos.

Impacto nas Políticas do Federal Reserve
A leitura da inflação alimenta a narrativa de que a Reserva Federal manterá uma abordagem cautelosa em relação aos cortes nas taxas de juro este ano. Com um mercado de trabalho resiliente e incertezas associadas às políticas do Presidente eleito Donald Trump, incluindo possíveis tarifas comerciais e cortes de impostos, o Fed poderá adiar reduções adicionais das taxas para observar os desenvolvimentos económicos.
“Ainda há mais trabalho para combater a inflação, e isso explica a abordagem do Fed em desacelerar o ritmo de cortes nas taxas”, disse Sal Guatieri, economista sénior da BMO Capital Markets.
Atualmente, os mercados projetam que um corte na taxa de juro poderá ocorrer apenas em junho. A taxa de referência do Fed situa-se no intervalo de 4,25%-4,50%, após sucessivas reduções desde setembro.
Perspetivas para a Economia
Apesar do progresso em 2024, com uma desaceleração da inflação para 2,9% face aos 4,1% de 2023, as expectativas dos consumidores sobre os preços permanecem elevadas. Este ambiente inflacionista, combinado com a resiliência dos gastos dos consumidores, continua a sustentar o crescimento económico.
Joe Brusuelas, economista-chefe da RSM, alerta para a persistência de pressões inflacionistas em setores como serviços e habitação:
“Embora tenhamos acolhido uma desaceleração no IPC subjacente, ainda enfrentamos uma inflação persistente que dificulta cortes nas taxas no curto prazo.”
Conclusão
Os dados de dezembro oferecem uma visão mista. Embora existam sinais de alívio nas pressões inflacionistas, o Fed enfrenta desafios para alcançar sua meta de 2%. As próximas decisões dependerão do equilíbrio entre o crescimento económico, a inflação e as potenciais mudanças políticas. Para já, a cautela domina o cenário, com os mercados atentos às próximas leituras económicas e movimentos do banco central.
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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
(Artigo sobre a Inflação no Consumidor nos EUA, formato “Geral”, atualizado com informações até 15 de Janeiro de 2025. Categorias: Economia. Tags: Economia, EUA, Inflação, Inflação no Consumidor, CPI)