
Inflação no Produtor nos EUA, Destaques (14 de janeiro de 2025)
- Crescimento Mensal do PPI: Subiu 0,2% em dezembro, abaixo das expectativas do mercado.
- Inflação Anual no Produtor: Acelerou para 3,3%, a maior desde fevereiro de 2023.
- PPI Core: Aumento mensal de 0,1% e taxa anual de 3,3%.
- Preços de Bens: Crescimento de 0,6%, impulsionado pelo aumento de 3,5% nos custos de energia.
- Preços de Serviços: Mantiveram-se estáveis em dezembro.
Inflação no Produtor dos EUA Mostra Moderação em Dezembro, mas Incertezas Persistem
Moderação da Inflação no Produtor

Os preços no produtor dos Estados Unidos subiram 0,2% em dezembro, um abrandamento face aos 0,4% registados no mês anterior, segundo o relatório do Departamento do Trabalho. Apesar do crescimento mensal mais contido, a taxa anual acelerou para 3,3%, refletindo a persistência de pressões inflacionistas subjacentes na economia.

A inflação ao nível do produtor continua acima da meta de 2% da Reserva Federal, mantendo o banco central num caminho de cautela.
A medida “core” do PPI, que exclui os preços voláteis de alimentos, energia e comércio, aumentou 0,1% em dezembro, acumulando um crescimento anual de 3,3%. Este valor reflete uma estabilização relativa nos custos subjacentes.
Impactos no Mercado e Perspetivas do Fed
O relatório de inflação no produtor não alterou significativamente as expectativas dos mercados em relação aos próximos movimentos da Reserva Federal. A inflação resiliente, aliada a um mercado de trabalho robusto, sustenta as projeções de que o banco central poderá adiar novos cortes nas taxas de juro para a segunda metade do ano.
No entanto, o economista Matthew Martin, da Oxford Economics, destacou que a progressão contínua na moderação da inflação pode abrir caminho para um corte nas taxas já na reunião de março.
As ações em Wall Street registaram ligeiras quedas após o relatório, enquanto os rendimentos do Tesouro recuaram e o dólar desvalorizou face a um cabaz de moedas.
Componentes do PPI em Destaque
- Bens: Os preços dos bens cresceram 0,6%, com destaque para um aumento de 3,5% nos custos de energia, impulsionados por uma subida de 9,7% nos preços da gasolina. No entanto, os preços dos alimentos caíram 0,1%, devido à diminuição de preços em categorias como ovos.
- Serviços: Os preços dos serviços mantiveram-se inalterados, refletindo um equilíbrio entre o aumento das tarifas aéreas (+7,2%) e a queda nos custos de alojamento em hotéis (-6,9%).
- Custos de Cuidados de Saúde: Mostraram-se benignos, com os preços dos cuidados médicos a crescerem 0,2%.
Reflexo nos Dados de Inflação ao Consumidor
O relatório do PPI é frequentemente um indicador antecipado do comportamento da inflação ao consumidor. Com base nos dados de dezembro, espera-se que o núcleo da inflação ao consumo (PCE) registe um aumento de 0,2%, totalizando uma taxa anual de 2,9%. Estes números, a serem confirmados, reforçam a ideia de que a inflação se mantém num patamar elevado, embora controlado.
Conclusão
O relatório de dezembro demonstra uma moderação na inflação no produtor, mas a persistência de custos elevados em setores-chave, como energia, sublinha os desafios enfrentados pela Reserva Federal na gestão da política monetária. Com o mercado de trabalho resiliente e incertezas sobre as políticas económicas da administração Trump, o ritmo de flexibilização monetária poderá ser mais lento do que o inicialmente previsto. Os dados dos próximos meses serão cruciais para determinar se a trajetória descendente da inflação se consolida ou enfrenta novos entraves.
Visite o Disclaimer para mais informações.
Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
(Artigo sobre a Inflação no Produtor nos EUA, formato “Geral”, atualizado com informações até 14 de Janeiro de 2025. Categorias: Economia. Tags: Economia, EUA, Inflação, Inflação no Produtor, PPI)