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Trump recua parcialmente nas tarifas, mas mantém pressão sobre a China
Destaques (10 de Abril de 2025)
- Trump recuou temporariamente nas tarifas impostas a dezenas de países, mas aumentou ainda mais os impostos sobre importações da China.
- A União Europeia suspendeu a aplicação das suas contramedidas durante 90 dias, mantendo “todas as opções em aberto”.
- A tarifa geral de 10% sobre todas as importações nos EUA mantém-se em vigor.
- Mercados acionistas dispararam após o anúncio de suspensão parcial.
- Receios persistem quanto ao impacto económico da guerra comercial em curso.
Recuo estratégico e impacto nos mercados
Num volte-face surpreendente, o Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a suspensão temporária da maioria das tarifas comerciais que tinha imposto dias antes a dezenas de países, numa tentativa de acalmar os mercados e reposicionar a sua estratégia internacional.
A decisão foi tomada após o forte impacto da aplicação das tarifas na semana anterior, que desencadeou a mais intensa volatilidade nos mercados desde a pandemia de 2020, com perdas de biliões em capitalização bolsista e uma subida abrupta nos juros da dívida norte-americana.
Embora o recuo tenha provocado uma recuperação generalizada nos mercados financeiros, o S&P 500 subiu 9,5% e o Nikkei japonês avançou quase 9%, as tarifas base de 10% sobre quase todas as importações continuam activas, assim como os impostos específicos sobre aço, alumínio e automóveis.

Implicações geopolíticas: Europa recua, China resiste
Canadá e México permanecem sujeitos a 25% de tarifas ligadas ao combate ao fentanil, exceto para bens em conformidade com o acordo USMCA. Já a União Europeia, que se preparava para aplicar tarifas retaliatórias sobre 21 mil milhões de euros em bens norte-americanos, decidiu adiar a implementação das medidas por 90 dias, afirmando que quer dar uma oportunidade às negociações. Ainda assim, Bruxelas avisou que poderá avançar com as tarifas se os resultados não forem satisfatórios.
China, alvo principal de Trump, criticou veementemente a escalada tarifária e respondeu com tarifas de 84% sobre produtos norte-americanos. A moeda chinesa caiu para mínimos de vários anos e Pequim reiterou que apenas aceitará diálogo baseado em respeito mútuo.
Incertezas e perspetivas económicas
Apesar da suspensão parcial, as incertezas continuam elevadas. O Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, defendeu a estratégia como “um plano deliberado para maximizar o poder negocial”, enquanto vários analistas alertaram que o dano causado ao investimento e ao consumo pode ter efeitos duradouros.
O sentimento nos mercados melhorou temporariamente, mas a confiança dos consumidores e das empresas continua fragilizada. O impacto na inflação, nos preços de bens de consumo e nas cadeias logísticas ainda está a ser avaliado, com muitas economias a ponderar planos de contingência.

Conclusão
O recuo de Trump nas tarifas trouxe algum alívio imediato aos mercados, mas a incerteza estrutural permanece elevada. A pressão sobre a China intensificou-se, ao passo que as negociações com outros países poderão redefinir o rumo da política comercial dos EUA. A UE suspendeu a retaliação, mas não abandonou os preparativos para responder.
Com os impostos de 10% ainda em vigor e as tensões a prolongarem-se, os efeitos económicos da guerra comercial continuam a ser motivo de preocupação global, com impactos no investimento, nos preços e no crescimento económico mundial. O próximo trimestre será decisivo para perceber se a trégua conduz a acordos reais ou se será apenas uma pausa temporária numa escalada ainda maior.
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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
(Artigo sobre novas Tarifas de Trump, formato “Geral”, atualizado com informações até 10 de Abril de 2025. Categorias: Política. Tags: Trump, Política, Geopolítica, EUA, Presidente dos EUA, Tarifas)