México, Política Monetária – 18 Jul 25

Aqui pode acompanhar as últimas notícias relacionadas com a Política Monetária do México (Banxico). Estas atualizações são essenciais para compreender os desenvolvimentos que moldam o cenário global, influenciam decisões estratégicas e impactam diretamente os mercados, as economias e as relações internacionais.    


Banco do México abranda ritmo de cortes nas taxas em meio a incertezas externas

Destaques (11 de junho de 2025)

  • Taxa de juro de referência foi reduzida para 8,50% em maio de 2025, com corte de 50 pontos base pela terceira reunião consecutiva
  • Banxico sinalizou maior cautela nas próximas decisões, avaliando os riscos inflacionistas e o impacto das tarifas comerciais dos EUA
  • Inflação situou-se em 3,93% em abril, dentro da meta de 3% ± 1 p.p., mas acima do mês anterior
  • Crescimento económico continua débil, com o PIB a expandir apenas 0,2% no primeiro trimestre, evitando por pouco uma recessão técnica
  • Riscos externos aumentaram com as novas tarifas impostas pelos EUA, sobretudo sobre o setor automóvel mexicano
  • A desaceleração no consumo e investimento privado agrava a fragilidade da recuperação económica
  • Banxico poderá pausar os cortes na próxima reunião, segundo declarações do vice-governador Jonathan Heath

Trajetória de cortes moderada, mas ainda ativa

O Banco do México (Banxico) reduziu a sua taxa de juro de referência para 8,50% a 15 de maio de 2025, dando continuidade a um ciclo de cortes iniciado em fevereiro. A decisão de reduzir 50 pontos base foi unânime entre os membros do conselho, marcando o terceiro corte consecutivo de igual magnitude.

A taxa atinge agora o nível mais baixo desde agosto de 2022. No entanto, a comunicação da autoridade monetária foi marcada por um tom mais cauteloso. Embora tenha reiterado que novos cortes poderão ser considerados, a probabilidade de uma pausa aumentou substancialmente nas últimas semanas, refletindo o ambiente externo mais adverso.

Pressões inflacionistas mantêm-se controladas

A inflação homóloga registou 3,93% em abril, ligeiramente acima do mês anterior (3,67% em março), mas ainda dentro da meta de 3% ± 1 ponto percentual estabelecida pelo Banxico. A autoridade reconhece que o processo de desinflação está em curso, mas os riscos permanecem assimétricos, especialmente tendo em conta a incerteza fiscal e comercial.

As mudanças na política económica dos EUA, sob a liderança do Presidente Donald Trump, são uma fonte de volatilidade crescente. O banco admitiu que as novas tarifas poderão afetar a inflação tanto em sentido ascendente como descendente, tornando mais difícil calibrar a política monetária nos próximos meses.

Crescimento anémico levanta dúvidas sobre recuperação

O desempenho económico do México mantém-se fraco. O PIB cresceu apenas 0,2% no primeiro trimestre de 2025, o que permitiu ao país evitar por pouco uma recessão técnica, após uma contração de 0,2% no quarto trimestre de 2024.

O banco central reconheceu a persistência de “fraqueza económica” e apontou para o impacto negativo das tarifas e do abrandamento do investimento privado, sobretudo em setores dependentes da procura externa, como o automóvel.

Analistas do setor financeiro, incluindo o JPMorgan, chegaram mesmo a considerar uma recessão como inevitável caso o quadro externo se agrave ou o consumo interno continue a deteriorar-se.

Perspetiva futura: pausa no horizonte?

A 11 de junho, o vice-governador Jonathan Heath sugeriu que o banco poderá interromper temporariamente o ciclo de cortes, caso se mantenha a combinação de inflação resistente e riscos externos elevados. Esta mudança de tom reforça a ideia de uma postura mais prudente, alinhada com o princípio de gradualismo que tem caracterizado a política monetária do Banxico.

Apesar de alguns analistas anteciparem mais um corte de 50 pontos base na próxima reunião, o banco poderá optar por esperar novos dados de inflação e atividade antes de tomar uma decisão.

Conclusão

A política monetária do México entrou numa fase de maior prudência, após três cortes consecutivos que reduziram a taxa de juro para 8,50%. O equilíbrio entre uma inflação controlada e um crescimento económico débil continua a orientar as decisões do Banxico, num ambiente global cada vez mais incerto.

Com o impacto das tarifas comerciais dos EUA e a debilidade estrutural da economia mexicana, o espaço para cortes adicionais poderá estar limitado, pelo menos no curto prazo. O banco central deverá manter-se vigilante, procurando evitar desequilíbrios, mas também garantindo suporte suficiente à atividade económica.


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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.

(Artigo sobre a Política Monetária do México, formato “Geral”, atualizado com informações até 11 de Junho de 2025. Categoria: Bancos Centrais. Tags: de Ativos: N/A. Política Monetária, Banco Central, Taxa de Juro, México)