
Aqui pode acompanhar as últimas noticias relacionadas com a Nissan. As notícias são uma componente importante pois ajudam a manter uma linha condutora em relação aos eventos mais relevantes que afetam esta empresa.
Nissan corta postos de trabalho, revê alianças e prepara novo ciclo de financiamento
Destaques (16 de junho de 2025)
- Nissan confirma corte adicional de 11.000 postos de trabalho e encerramento de sete fábricas, num plano de reestruturação global
- Lucro operacional caiu 88% no ano fiscal até março de 2025, para 472 milhões de dólares
- CEO Ivan Espinosa prevê perdas operacionais de 200 mil milhões de ienes no primeiro trimestre e implementa plano de cortes de custos de 500 mil milhões
- Moody’s desceu o rating da Nissan para Ba2, citando deterioração operacional e pressão competitiva
- Empresa planeia reduzir a sua participação na Renault, dando novo passo na redefinição da aliança
- Recorre a 7 mil milhões de dólares em financiamento, incluindo apoio estatal no Reino Unido, onde anunciou incentivos para retenção de empregos
Resultados fracos e plano de reestruturação profundo
A 13 de maio de 2025, a Nissan apresentou resultados anuais profundamente negativos, com o lucro operacional a cair 88% para 69,8 mil milhões de ienes (472 milhões de dólares), face ao exercício anterior. Sem divulgar projeções para o novo ano fiscal, a empresa estimou uma perda operacional de 200 mil milhões de ienes no primeiro trimestre de 2025, segundo o CFO Jeremie Papin.
O novo CEO, Ivan Espinosa, traçou um plano de corte de custos de 500 mil milhões de ienes, incluindo a eliminação de mais 11.000 postos de trabalho e o encerramento de sete unidades industriais, reduzindo a presença fabril de 17 para 10 unidades.
A estratégia visa simplificar a produção, reduzir em 70% a complexidade das peças e corrigir os erros de gestão do passado, que levaram à dependência excessiva de volumes e descontos. Espinosa foi direto: “Os nossos custos fixos estão acima da capacidade de geração de receitas atual. Precisamos de uma estrutura que reflita a nossa realidade.”
Reação do mercado e revisão de rating
A 6 de junho de 2025, a agência Moody’s reviu em baixa o rating da Nissan para Ba2, classificando a empresa como “speculative grade”. A justificação passou pelo desequilíbrio entre custos e receitas, deterioração da linha de produtos e crescente concorrência chinesa, sobretudo no segmento elétrico.
A decisão da Moody’s pressiona o custo de financiamento da empresa, numa altura em que a Nissan procura reestruturar a dívida e estabilizar a sua posição de caixa.
Novo financiamento e apoio governamental
A 28 de maio de 2025, a Nissan confirmou que pretende recolher 7 mil milhões de dólares em novo financiamento, incluindo apoio governamental no Reino Unido, onde mantém presença industrial relevante. O plano visa reforçar o investimento em tecnologia, eletrificação e atualizações de modelos, bem como mitigar o impacto social da reestruturação.
Paralelamente, a empresa ofereceu programas de rescisão voluntária nos EUA e aumentos salariais seletivos, procurando reter talento essencial em áreas estratégicas, como transição energética e desenvolvimento digital.
Reposicionamento na aliança com a Renault
A 16 de junho de 2025, o CEO Espinosa confirmou à imprensa japonesa que a Nissan planeia reduzir a sua participação acionista na Renault, num passo que poderá redefinir a aliança estabelecida há mais de duas décadas. A medida surge num contexto em que ambas as marcas procuram maior autonomia operacional e foco em mercados distintos.
A relação entre Nissan e Renault tem sido tensa nos últimos anos, com diferenças estratégicas acentuadas após a saída de Carlos Ghosn. A nova abordagem visa manter a cooperação tecnológica, mas com menor interdependência acionista e operacional.
Conclusão
A Nissan enfrenta, em 2025, um dos períodos mais desafiantes da sua história recente, com queda acentuada da rentabilidade, pressão competitiva asiática e necessidade urgente de reconquistar viabilidade operacional. A estratégia delineada por Ivan Espinosa aponta para um corte profundo na estrutura de custos, renegociação de alianças e captação de liquidez externa, com o objetivo de devolver à marca japonesa capacidade de execução e flexibilidade estratégica. A capacidade da Nissan de atravessar este ciclo dependerá da execução disciplinada das reformas e da resposta dos mercados à nova narrativa corporativa.
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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
(Artigo sobre a Nissan, formato “News”, atualizado com informações até 16 de Junho de 2025. Categorias: Indústria. Classe de Ativos: Ações. Tags: Acionista, Japão, Transporte, Nissan, Automóveis, Veículos Elétricos, Veículos a Combustão, Veículos Híbridos)