
Aqui pode acompanhar as últimas noticias relacionadas com a Nissan. As notícias são uma componente importante pois ajudam a manter uma linha condutora em relação aos eventos mais relevantes que afetam esta empresa.
Nissan tenta libertar liquidez com cortes e poderá avançar com separação definitiva da Renault
Destaques (30 de junho de 2025)
- Nissan está a adiar pagamentos a fornecedores para reforçar liquidez, segundo e-mails internos revelados a 30 de junho
- Empresa continua a enfrentar perdas operacionais e quebras de encomendas, com margens sob pressão global
- Renault poderá vender a sua participação remanescente na Nissan até ao final de 2025, encerrando formalmente a aliança histórica
- CEO Ivan Espinosa acelera plano de reestruturação, com cortes em unidades não rentáveis e revisão da produção fora da Ásia
- Objetivo é regressar à rentabilidade em 2026, após anos de retração e perda de quota
Nissan recorre a medidas de tesouraria de curto prazo
A 30 de junho de 2025, documentos internos revelaram que a Nissan está a adiar pagamentos a fornecedores chave por vários dias, numa tentativa de libertar liquidez operacional imediata. A empresa enfrenta uma quebra contínua nas receitas e pressão sobre margens, agravadas pela fraqueza na Europa e América do Norte.
A gestão indicou que estas medidas são temporárias e inseridas no plano de estabilização lançado por Ivan Espinosa, que assumiu a liderança executiva após anos de resultados fracos e erosão de confiança na estratégia global da empresa.
Rutura com a Renault poderá ser formalizada este ano
A 20 de junho, fontes próximas do processo revelaram que a Renault está a considerar a venda da sua participação remanescente na Nissan, uma operação que encerraria formalmente a aliança estratégica iniciada em 1999. O desinvestimento permitiria à Renault reforçar o capital para financiar os seus próprios planos de eletrificação, enquanto libertaria a Nissan para acelerar a sua reestruturação sem amarras societárias externas.
Analistas veem esta separação como o passo final para a independência operacional da Nissan, após anos de desacordos estratégicos e divergências de prioridade entre as duas marcas.
Plano de recuperação exige cortes e foco na Ásia
Sob a liderança de Espinosa, a Nissan está a recentrar a sua operação na Ásia, especialmente Japão, China e Sudeste Asiático, onde ainda mantém quota relevante. A empresa já avançou com cortes seletivos em unidades europeias e na América Latina, encerrando linhas deficitárias e reduzindo investimentos em segmentos não estratégicos.
O plano visa atingir equilíbrio operacional em 2026, através da combinação de novas plataformas elétricas, redução de custos fixos e relançamento de modelos competitivos em mercados de volume. A empresa reconhece que a transição será “dolorosa”, mas considera inevitável uma racionalização da estrutura global.
Conclusão
A Nissan atravessa um dos momentos mais delicados da sua história recente, com medidas urgentes de contenção de caixa, reestruturação profunda e possível fim da aliança com a Renault. A gestão atual tenta reconstruir a empresa em torno de uma base mais simples, regionalmente focada e operacionalmente disciplinada.
O sucesso da estratégia dependerá da capacidade de cortar sem comprometer inovação, e de recuperar quota num setor automóvel dominado por gigantes asiáticos e desafios tecnológicos crescentes. A separação definitiva da Renault poderá representar tanto um encerramento simbólico como o ponto de partida para uma nova fase industrial da Nissan.
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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
(Artigo sobre a Nissan, formato “News”, atualizado com informações até 30 de Junho de 2025. Categorias: Indústria. Classe de Ativos: Ações. Tags: Acionista, Japão, Transporte, Nissan, Automóveis, Veículos Elétricos, Veículos a Combustão, Veículos Híbridos)