
Inflação do Reino Unido, Destaques, Destaques (18 Dezembro 2024)
- A inflação britânica subiu para 2,6% em novembro, o nível mais alto desde março, afastando-se dos 1,7% registados em setembro.
- A inflação nos serviços manteve-se estável em 5,0%, uma medida crucial acompanhada pelo Banco de Inglaterra (BoE).
- O BoE deverá manter as taxas de juro inalteradas na sua próxima reunião, dada a persistência das pressões inflacionistas e o aumento dos salários.
- Economistas preveem que a inflação global possa atingir 3% em 2025, mantendo os desafios para o BoE.
Inflação Britânica Atinge Máximo de Oito Meses em Novembro, Alimentando Debates sobre Políticas do BoE
A inflação no Reino Unido atingiu 2,6% em novembro, marcando o nível mais alto dos últimos oito meses e superando o valor de 2,3% observado em outubro. Este aumento reflete pressões generalizadas nos preços, apesar da estabilidade nos serviços, setor frequentemente analisado como indicador de inflação subjacente pelo Banco de Inglaterra.

Aumento Geral e Implicações para a Política Monetária
A subida dos preços foi conduzida por aumentos significativos nos custos dos transportes, particularmente nos preços da gasolina e na aquisição de automóveis. Este crescimento foi apenas parcialmente compensado por menores aumentos nas tarifas aéreas e nas refeições fora de casa.
Martin Sartorius, economista da Confederação da Indústria Britânica, destacou: “Outro aumento mensal consecutivo da inflação sublinha as persistentes pressões sobre os preços na economia do Reino Unido.”
Embora a inflação global esteja a um nível preocupante, o índice de inflação dos serviços manteve-se estável em 5,0% pelo segundo mês consecutivo, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística. Isto proporcionou algum alívio para o BoE, que tem enfrentado desafios para equilibrar a política monetária num ambiente de crescimento salarial robusto e aumento dos impostos do novo governo.
Impacto nas Políticas do BoE
Espera-se que o BoE mantenha as taxas de juro inalteradas na reunião desta quinta-feira, enquanto os mercados continuam a ajustar as suas previsões para cortes futuros nas taxas. A incerteza política e económica, combinada com sinais de enfraquecimento económico, mantém o banco central numa posição cautelosa.
O economista James Smith, do ING, projeta que a inflação dos serviços deverá permanecer em torno de 5% nos próximos meses, com a possibilidade de desaceleração em abril devido a ajustes anuais relacionados a contratos de serviços.
Pressões Subjacentes e Projeções Futuros
A medida de inflação subjacente, que exclui energia, alimentos, álcool e tabaco, subiu para 3,5% em novembro, um aumento em relação aos 3,3% de outubro. Além disso, os preços de fábrica também mostraram sinais de pressão inflacionista, com um aumento mensal de 0,3%, o maior desde abril.
O Banco de Inglaterra havia projetado uma inflação de 2,4% para novembro em análises publicadas há seis semanas, demonstrando que os desenvolvimentos recentes ultrapassaram as expectativas iniciais. Economistas alertam que a inflação global poderá atingir 3% em 2025, especialmente com o impacto prolongado dos aumentos de impostos e do crescimento dos salários.
Com os preços a continuarem elevados e o crescimento económico a perder força, o BoE enfrenta decisões difíceis para manter a inflação sob controlo enquanto apoia uma economia em desaceleração. O impacto das decisões tomadas nesta fase será crucial para o equilíbrio económico a médio prazo no Reino Unido.

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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
(Artigo sobre a Inflação no consumidor no Reino Unido, formato “Geral”, atualizado com informações até 18 de Dezembro de 2024. Categorias: Economia. Tags: Economia, Reino Unido, Inflação)