Resumo da Semana 01 a 05 Set – 08 Set 25

Resumo Economico da Semana de 01 a 05 setembro 25


Aqui pode acompanhar o resumo da semana, que destaca os eventos mais relevantes nos mercados, na economia e na geopolítica. Este resumo oferece uma visão consolidada dos principais acontecimentos, ajudando a contextualizar tendências e a identificar os fatores que marcaram a agenda global nos últimos dias. 


América do Norte 

Estados Unidos

Na pasada semana os principais índices bolsistas norte-americanos registaram ganhos até quinta-feira, impulsionados pela divulgação de dados laborais mais fracos do que o esperado, que aumentaram as esperanças de cortes nas taxas de juro por parte da Reserva Federal. Contudo, o otimismo esmoreceu na sexta-feira, após a divulgação do relatório oficial do emprego, levando as ações a devolverem parte dos ganhos.

O relatório de payrolls não agrícolas do Departamento do Trabalho revelou que, em agosto de 2025, foram criados apenas 22 mil empregos, bem abaixo das previsões de 77 mil e do valor revisto de julho (79 mil). Além disso, os números de junho foram corrigidos para uma perda de 13 mil postos, a primeira leitura negativa desde dezembro de 2020. A taxa de desemprego subiu para 4,3%, o nível mais alto desde 2021. Em paralelo, as vagas de emprego em julho caíram para 7,18 milhões, o valor mais baixo desde setembro de 2024, e, pela primeira vez desde 2021, o número de desempregados ultrapassou o de vagas disponíveis.

Nos indicadores de atividade, o Instituto de Gestão de Fornecimentos (ISM) confirmou que o setor industrial contraiu pelo sexto mês consecutivo em agosto, embora a um ritmo mais lento do que em julho. Já o setor dos serviços mostrou expansão, com o índice PMI a subir para 52%, face aos 50,1% do mês anterior.

Europa e Rússia 

Os principais índices europeus fecharam em ligeira queda, pressionados pelo receio de abrandamento global após os dados laborais dos EUA e pelo fortalecimento do euro.

A inflação da zona euro subiu ligeiramente em agosto para 2,1%, aproximando-se da meta de médio prazo do Banco Central Europeu (2%). A taxa subjacente manteve-se estável em 2,3%, enquanto a inflação nos serviços recuou de 3,2% em julho para 3,1% em agosto.

As declarações dos responsáveis do BCE reforçaram a expectativa de manutenção das taxas de juro na reunião de setembro, com muitos analistas a defenderem que o ciclo de cortes terminou, graças à resiliência económica e a uma perspetiva mais favorável para a inflação.

No Reino Unido, o número de hipotecas aprovadas em julho de 2025 ascendeu a 65.352, acima das previsões. Contudo, os preços das casas deram sinais mistos. O governador do Banco de Inglaterra, Andrew Bailey, advertiu no início de setembro que existem “dúvidas consideráveis” sobre cortes adicionais nas taxas de juro, alertando para os riscos de nova pressão inflacionista e para a fraqueza do mercado de trabalho. Já a vice-governadora Clare Lombardelli indicou que a taxa diretora poderá estabilizar pouco abaixo do nível atual de 4%, devido a pressões persistentes nos preços.

Ásia e Médio Oriente 

Japão 

No Japão, os mercados acionistas subiram ao longo da semana, impulsionados pelo acordo comercial com os EUA, oficializado em julho. O acordo fixou tarifas máximas de 15% para a maioria dos bens japoneses, incluindo automóveis. Em contrapartida, o Japão comprometeu-se com investimentos de 550 mil milhões de dólares nos EUA e abriu mais o acesso ao seu mercado agrícola, incluindo o arroz.

As expectativas em torno da próxima subida das taxas de juro pelo Banco do Japão intensificaram-se, com alguns economistas a anteciparem uma decisão já em outubro. O vice-governador Ryozo Himino reiterou que a instituição avançará com aumentos caso a economia e os preços evoluam conforme projetado. Embora a inflação ainda esteja abaixo da meta oficial de 2%, o banco espera que a dinâmica positiva entre salários e preços leve gradualmente ao cumprimento desse objetivo.

China 

Na China continental, os mercados acionistas recuaram após um período de forte valorização, com investidores a realizarem lucros. O entusiasmo recente foi alimentado pelo avanço em inteligência artificial e pela campanha governamental contra o excesso de capacidade industrial e as guerras de preços. Ainda assim, os dados económicos sugerem um abrandamento: o país enfrenta pressões deflacionistas, uma crise prolongada no setor imobiliário e tarifas mais altas impostas pelos EUA desde meados de 2025. Muitos analistas acreditam que Pequim poderá anunciar novos estímulos nos próximos meses para mitigar o impacto da guerra comercial e sustentar o crescimento.


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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.

(Artigo sobre o Resumo da semana de 01 Setembro a 05 de Setembro, formato “Geral”, atualizado com informações até 108 de Setembro de 2025. Categorias: Global. Tags: Global, Resumo da Semana)