Resumo Económico da Semana 03 a 07 Novembro 25

Aqui pode acompanhar o resumo da semana, que destaca os eventos mais relevantes nos mercados, na economia e na geopolítica. Este resumo oferece uma visão consolidada dos principais acontecimentos, ajudando a contextualizar tendências e a identificar os fatores que marcaram a agenda global nos últimos dias.

América do Norte      

Estados Unidos

Os mercados acionistas norte-americanos terminaram a primeira semana de novembro de 2025 em queda. O setor tecnológico foi o principal responsável pela correção, afetado por preocupações com avaliações elevadas e pelo aumento do escrutínio sobre os elevados investimentos em inteligência artificial.

Durante este mesmo período, o encerramento parcial do governo federal atingiu o recorde de duração, o que agravou o pessimismo dos investidores. As notícias sobre a decisão da Administração Federal de Aviação (FAA) de reduzir o tráfego aéreo devido à escassez de controladores acentuaram as preocupações sobre o impacto económico da paralisação. O risco de atraso na divulgação de dados oficiais e as potenciais consequências no crescimento do PIB tornaram-se temas centrais no mercado.

Com o bloqueio governamental a limitar o acesso a dados oficiais, os investidores voltaram-se para fontes privadas. O relatório de emprego da ADP indicou que, em outubro de 2025, o setor privado criou 42 mil novos postos de trabalho, revertendo dois meses consecutivos de queda. No entanto, o crescimento concentrou-se em poucos setores, enquanto áreas como serviços empresariais, informação e lazer continuaram a reduzir pessoal.

De acordo com o Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM), o setor dos serviços regressou à expansão em outubro de 2025, com o respetivo índice PMI a subir para 52,4%, face aos 50,0% de setembro. As novas encomendas atingiram o nível mais alto desde outubro de 2024. No total, 11 das indústrias analisadas registaram crescimento no mês.

Em contrapartida, a atividade industrial encolheu pelo oitavo mês consecutivo, com o índice PMI da indústria a descer para 48,7%, refletindo quedas na produção e nos níveis de inventário.

Europa e Rússia   

Europa

Os principais índices europeus também recuaram na semana terminada a 7 de novembro de 2025, pressionados pelas mesmas preocupações em torno da sobrevalorização das ações ligadas à inteligência artificial. As vendas a retalho na zona euro diminuíram 0,1% em setembro, registando o terceiro mês consecutivo de contração e ficando abaixo das previsões de um aumento de 0,3%. Em termos anuais, o crescimento do comércio a retalho abrandou para 1,0%, face aos 1,6% de agosto.

Na Alemanha, o Ministério da Economia confirmou que “a tendência do setor industrial continua fraca”. Embora a produção industrial tenha subido 1,3% em setembro face ao mês anterior, o resultado ficou aquém das previsões de 3%. As encomendas industriais cresceram 1,1%, ajustadas à sazonalidade.

Reino Unido

No Reino Unido, o Banco de Inglaterra manteve a taxa de juro diretora em 4,0% na reunião de política monetária de início de novembro. O governador Andrew Bailey indicou que o mercado está correto ao antecipar uma redução gradual das taxas a partir de dezembro, possivelmente até 3,5% num horizonte de três anos.

Ásia e Médio Oriente    

Japão

Os mercados japoneses recuaram na primeira semana de novembro de 2025, após uma valorização acentuada das ações tecnológicas e de semicondutores nas semanas anteriores. Muitos investidores aproveitaram para realizar lucros, receando que o rali recente fosse insustentável.

O Banco do Japão manteve o foco na evolução dos salários como elemento essencial para futuras subidas das taxas de juro. Em setembro de 2025, os salários nominais aumentaram 1,9% em termos anuais, mas os salários reais, ajustados à inflação, voltaram a cair 1,4%, prolongando a sequência negativa para nove meses consecutivos.

A nova primeira-ministra, Sanae Takaichi, sublinhou que o país ainda não alcançou um crescimento de preços estável sustentado por aumentos salariais robustos. O governo prepara, para este mês de novembro, um pacote de estímulo económico destinado a impulsionar o rendimento das famílias e o consumo interno.

China

Na China continental, as bolsas encerraram a semana em ligeira alta, apoiadas pela melhoria nas relações comerciais entre Pequim e Washington. O sentimento positivo surgiu após o encontro entre os presidentes dos dois países durante a cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), realizada na Coreia do Sul na última semana de outubro de 2025.

O acordo de tréguas comerciais de um ano foi bem recebido pelos investidores, embora o encontro tenha produzido poucos resultados concretos. Analistas da T. Rowe Price destacaram que o tom pragmático do evento indicou uma nova fase nas relações internacionais, em que as economias procuram cooperar onde é possível e proteger-se quando necessário. Contudo, a competição estratégica de longo prazo entre os Estados Unidos e a China permanece, podendo estender-se para além do comércio.

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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.

(Artigo sobre o Resumo da semana de 03 a 07 de Novembro, formato “Geral”, atualizado com informações até 11 de Novembro de 2025. Categorias: Global. Tags: Global, Resumo da Semana)