Resumo da Semana 06 a 10 Jan – 13 Jan 25

América do Norte

Na semana que terminou a 24 de novembro de 2024, os mercados acionistas nos Estados Unidos registaram mais uma semana de ganhos, com o Dow Jones Industrial Average e o S&P 500 a atingirem máximos históricos intradiários. Esta evolução positiva foi influenciada por políticas internas e eventos geopolíticos. Na segunda-feira, os investidores reagiram favoravelmente à nomeação de Scott Bessent, um experiente gestor de fundos de investimento, para o cargo de secretário do Tesouro pelo presidente eleito Donald Trump. No entanto, nesse mesmo dia, Trump surpreendeu muitos ao anunciar, na sua rede social Truth Social, a intenção de impor tarifas de 25% sobre as importações do México e do Canadá e de 10% sobre as importações da China.

A divulgação, na quarta-feira, de vários relatórios económicos importantes também contribuiu para volumes de negociação acima do habitual. Embora a maioria dos relatórios estivesse em linha com as expectativas, algumas exceções tiveram impacto nos mercados.

Europa e Rússia

Na Europa, os principais índices acionistas encerraram a semana ligeiramente em alta, superando as incertezas em torno das tarifas comerciais dos EUA e das perspetivas para as taxas de juro. Em novembro de 2024, a inflação anual na zona euro subiu para 2,3%, face aos 2,0% registados em outubro, devido ao desaparecimento do impacto das quedas nos preços da energia no ano anterior. Apesar disso, a inflação subjacente recuou inesperadamente, levando os mercados financeiros a anteciparem uma redução nas taxas de juro pelo Banco Central Europeu no próximo mês, embora a dimensão dessa redução permaneça incerta.

A economia alemã apresentou sinais mistos no último trimestre de 2024. As vendas a retalho registaram uma queda, mas o mercado de trabalho mostrou resiliência em novembro. Em França, o primeiro-ministro Michel Barnier ajustou o orçamento proposto para 2025, que previa poupanças de 60 mil milhões de euros, abandonando planos de aumentar os impostos sobre a eletricidade após a pressão política exercida por Marine Le Pen.

No Reino Unido, as aprovações de hipotecas em outubro de 2024 atingiram o nível mais elevado desde agosto de 2022, segundo dados do Banco de Inglaterra. No entanto, outros indicadores apontaram para uma procura do consumidor enfraquecida. O crescimento do crédito ao consumo desacelerou para o nível mais baixo dos últimos dois anos e o inquérito da Confederação da Indústria Britânica revelou uma queda acentuada nos volumes de vendas a retalho, bem como a pior confiança no setor dos últimos dois anos.

Ásia e Médio Oriente

Nos mercados asiáticos, o Japão registou pequenas perdas na semana que terminou a 24 de novembro de 2024, devido ao aumento dos riscos geopolíticos que impulsionaram a procura por ativos considerados mais seguros. Isto resultou numa valorização do iene, que prejudicou as indústrias exportadoras do país. A inflação interna mais alta alimentou especulações sobre uma possível subida das taxas de juro pelo Banco do Japão, com previsões divididas entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025. No plano político, o primeiro-ministro japonês Shigeru Ishiba discursou no parlamento, defendendo um orçamento adicional para financiar novas medidas de estímulo económico. Estas incluem subsídios para reduzir os custos energéticos, apoios em dinheiro para famílias de baixos rendimentos e um aumento do limite salarial isento de impostos para impulsionar os rendimentos disponíveis. Ishiba procura assegurar que o crescimento dos salários supera a inflação e que o crescimento económico seja impulsionado pelo investimento.

Na China, os mercados acionistas registaram ganhos devido às expectativas de maior apoio governamental, que compensaram os receios de um aumento das tarifas dos EUA. O Banco Popular da China injetou 900 mil milhões de yuans no sistema bancário através de uma operação de médio prazo, mantendo a taxa de juro em 2%. Com 1,45 biliões de yuans em empréstimos a expirar em dezembro, o mês de novembro registou uma retirada líquida de 550 mil milhões de yuans. O aumento da emissão de obrigações por governos locais deverá aumentar a pressão sobre a liquidez no final do ano, à medida que Pequim intensifica os esforços para estimular a economia. Analistas preveem que, em resposta a estas condições, o governo implemente novas políticas para consolidar a estabilidade económica em 2025.


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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.

(Artigo sobre o Resumo da semana de 06 a 10 Janeiro, formato “Geral”, atualizado com informações até 10 de Janeiro de 2025. Categorias: Global. Tags: Global, Resumo da Semana)