
Aqui pode acompanhar o resumo da semana, que destaca os eventos mais relevantes nos mercados, na economia e na geopolítica. Este resumo oferece uma visão consolidada dos principais acontecimentos, ajudando a contextualizar tendências e a identificar os fatores que marcaram a agenda global nos últimos dias.
América do Norte
EUA
Os mercados acionistas norte-americanos encerraram a semana em alta, impulsionados pela decisão do Presidente Donald Trump de não introduzir novas tarifas globais. Em vez disso, assinou uma ordem para avaliar a possibilidade de implementar tarifas recíprocas país a país até abril de 2025.
Os dados económicos mais relevantes foram divulgados na quarta-feira, com o índice de preços no consumidor (CPI) a registar um aumento mensal de 0,5% em janeiro, enquanto a variação anual atingiu 3,0%, acelerando em relação aos 2,9% de dezembro de 2024. A inflação subjacente, que exclui alimentos e energia, subiu 0,4%, acima dos 0,2% do mês anterior. Além disso, na quinta-feira, o índice de preços no produtor (PPI) também superou as previsões, subindo 0,4% em janeiro face à expectativa de 0,3%.
Durante o seu testemunho no Comité Bancário do Senado, o presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, destacou que, apesar dos progressos na redução da inflação, ainda há trabalho a fazer. Powell sublinhou que a política monetária deverá manter-se restritiva no curto prazo para garantir a estabilidade dos preços.
Europa e Rússia
Zona Euro
Os principais índices bolsistas europeus registaram ganhos na semana encerrada a 16 de fevereiro de 2025, apoiados por boas perspetivas empresariais e pela esperança de um desfecho para o conflito entre a Ucrânia e a Rússia. A produção industrial da Zona Euro contraiu-se 1,1% em dezembro de 2024, devido a quedas acentuadas na produção de bens de capital e bens intermédios. No entanto, a economia da Zona Euro cresceu 0,1% no quarto trimestre de 2024, contrariando previsões de estagnação, com um crescimento anual de 0,7%, segundo uma estimativa revista do Eurostat.
Reino Unido
No Reino Unido, o PIB cresceu inesperadamente 0,1% no último trimestre de 2024, impulsionado pelos setores dos serviços e da construção, embora a produção industrial tenha registado um recuo. No acumulado do ano, a economia britânica cresceu 0,9%, superando os 0,3% registados em 2023.
O economista-chefe do Banco de Inglaterra, Huw Pill, alertou que os decisores políticos devem continuar cautelosos na redução das taxas de juro, uma vez que o crescimento dos salários continua elevado. Já Catherine Mann, membro do Comité de Política Monetária, defendeu que o banco central deveria ter reduzido as taxas em 0,5 pontos percentuais na última reunião, em vez de 0,25, argumentando que a fraqueza do mercado laboral e a redução da procura dos consumidores já estão a conter a inflação.
Ásia e Médio Oriente
Japão
As bolsas japonesas registaram ganhos ao longo da semana, beneficiando da fraqueza do iene e da decisão dos EUA de adiar a imposição imediata de tarifas comerciais recíprocas. A opinião predominante entre os analistas é que o Banco do Japão (BoJ) deverá aumentar as taxas de juro na segunda metade de 2025. No entanto, os rendimentos das obrigações do governo japonês (JGB) subiram, refletindo expectativas de que o BoJ possa adotar um ritmo mais agressivo de subida das taxas.
China
Na China, os mercados acionistas subiram, apoiados pela perspetiva de que as tarifas norte-americanas sobre produtos chineses possam ser menos severas do que inicialmente temido. Em termos económicos, o índice de preços no consumidor (CPI) chinês registou uma subida anual de 0,5% em janeiro, acelerando face ao aumento de 0,1% em dezembro de 2024. Este crescimento foi impulsionado pelo aumento dos gastos antes do feriado do Ano Novo Lunar, que se prolongou por oito dias. No entanto, a inflação ao produtor permaneceu em terreno negativo, com o índice de preços no produtor (PPI) a cair 2,3% em janeiro, igualando a descida de dezembro e marcando o 28.º mês consecutivo de deflação industrial. A persistência da deflação levou Pequim a intensificar estímulos fiscais e monetários desde setembro de 2024, mas a prolongada crise no setor imobiliário tem incentivado a poupança em detrimento do consumo, dificultando os esforços do governo para reanimar a economia.
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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
(Artigo sobre o Resumo da semana de 10 a 14 Fevereiro, formato “Geral”, atualizado com informações até 14 de Fevereiro de 2025. Categorias: Global. Tags: Global, Resumo da Semana)