Resumo da Semana 13 a 17 Out – 21 Out 25

Resumo Economico da Semana de 13 a 17 Outubro 2025


Aqui pode acompanhar o resumo da semana, que destaca os eventos mais relevantes nos mercados, na economia e na geopolítica. Este resumo oferece uma visão consolidada dos principais acontecimentos, ajudando a contextualizar tendências e a identificar os fatores que marcaram a agenda global nos últimos dias.   


América do Norte   

Estados Unidos

Os mercados acionistas norte-americanos encerraram a semana de 11 de outubro de 2025 em alta, recuperando das fortes quedas registadas na sexta-feira anterior. A semana foi marcada por grande volatilidade, mas começou de forma positiva, após sinais de abrandamento nas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. Comentários mais moderados de responsáveis da Reserva Federal (Fed) e novos acordos no setor da inteligência artificial (IA) também impulsionaram os índices nos primeiros dias da semana.

A temporada de resultados arrancou oficialmente na terça-feira, 7 de outubro, com os principais bancos a apresentarem números trimestrais acima das expectativas. JPMorgan Chase, Citigroup e Wells Fargo divulgaram lucros superiores às previsões dos analistas. Até sexta-feira, cerca de 12% das empresas do S&P 500 já tinham publicado os seus resultados, e 86% delas superaram as estimativas, segundo dados da FactSet, o que ajudou a sustentar o otimismo dos investidores.

Na quinta-feira, 9 de outubro, as bolsas devolveram parte dos ganhos, após dois bancos regionais norte-americanos revelarem problemas relacionados com empréstimos sob investigação por fraude. Estes casos, aliados às recentes falências de uma empresa de crédito automóvel subprime e de um fabricante de peças de automóveis, reacenderam preocupações sobre o aumento dos riscos de crédito e a estabilidade do setor bancário regional.

Entretanto, o presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, indicou, num discurso feito a 8 de outubro, que o banco central continua inclinado a cortar novamente as taxas de juro de curto prazo ainda em 2025. Powell reiterou que os riscos no mercado de trabalho aumentaram e que a Fed poderá continuar a reduzir o custo do crédito na próxima reunião, mesmo com a inflação acima da meta. Outros responsáveis da Fed, como Christopher Waller e Stephen Miran, também defenderam novos cortes nas taxas ao longo do ano.

Europa e Rússia   

Europa

Os principais índices europeus fecharam a semana de ligeiramente em alta, beneficiando das declarações mais cautelosas de Jerome Powell e de sinais de distensão nas relações comerciais entre Washington e Pequim.

A produção industrial na zona euro recuou 1,2% em agosto, após uma subida de 0,5% em julho, refletindo fortes quedas nos bens de capital e nos bens duradouros. Na Alemanha, a produção industrial caiu 5,2%, penalizada pelo abrandamento do setor automóvel, pela redução de encomendas e pelas habituais paragens de verão.

Em França, o governo do recém-renomeado primeiro-ministro Sébastien Lecornu sobreviveu a moções de censura apresentadas pela oposição, após suspender a controversa reforma das pensões, uma decisão que visou evitar eleições antecipadas e que foi bem recebida pelos partidos de esquerda.

No Reino Unido, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,1% em agosto, após uma contração de 0,1% em julho. No trimestre terminado em agosto, a economia britânica expandiu 0,3%. Dados complementares indicam que a produção industrial e manufatureira recuperou em agosto. O mercado laboral mostrou sinais de abrandamento: a taxa de desemprego subiu para 4,8%, face aos 4,7% do mês anterior. O número de trabalhadores com contrato aumentou 10 mil entre julho e agosto, antes de voltar a cair no início de setembro, segundo dados preliminares. O crescimento salarial (excluindo bónus) abrandou ligeiramente, fixando-se em 4,7% no período de junho a agosto.

Ásia e Médio Oriente   

Japão

As bolsas japonesas recuaram durante a semana de 11 de outubro de 2025, num contexto político instável após a saída do Partido Komeito da coligação com o Partido Liberal Democrata (PLD). Os investidores aguardam as negociações entre o PLD e o Nippon Ishin no Kai (Partido da Inovação do Japão), que poderão resultar numa nova coligação governamental e abrir caminho para Sanae Takaichi, recentemente eleita líder do PLD, se tornar primeira-ministra. Está previsto para 21 de outubro o voto que escolherá o sucessor de Shigeru Ishiba.

Nos mercados financeiros, as probabilidades de uma subida de taxas na reunião do Banco do Japão (BoJ), marcada para 29 e 30 de outubro, permanecem reduzidas. O governador Kazuo Ueda reafirmou que o banco ajustará o grau de estímulo monetário apenas quando houver confiança suficiente nas projeções económicas e de preços, sublinhando a importância de acompanhar atentamente os próximos indicadores económicos.

China

Os mercados chineses continentais recuaram durante a semana, pressionados pela intensificação das tensões comerciais com os Estados Unidos. No plano económico, os preços à saída das fábricas (PPI) caíram 2,3% em setembro de 2025 face ao mesmo mês de 2024, prolongando a sequência de 36 meses consecutivos de descidas, embora a um ritmo mais lento do que em agosto (-2,9%). Já os preços ao consumidor (CPI) recuaram 0,3%, acima das previsões dos analistas, mas o índice de preços subjacente, que exclui alimentos e energia, subiu para 1,0%, o nível mais alto em 19 meses.


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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.

(Artigo sobre o Resumo da semana de 13 a 17 de Outubro, formato “Geral”, atualizado com informações até 21 de Outubro de 2025. Categorias: Global. Tags: Global, Resumo da Semana)

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