
Aqui pode acompanhar o resumo da semana, que destaca os eventos mais relevantes nos mercados, na economia e na geopolítica. Este resumo oferece uma visão consolidada dos principais acontecimentos, ajudando a contextualizar tendências e a identificar os fatores que marcaram a agenda global nos últimos dias.
América do Norte
Estados Unidos
Na semana encurtada pelo feriado os principais índices bolsistas norte-americanos registaram desempenhos mistos. O setor tecnológico destacou-se pela negativa, influenciado por novas restrições impostas pelo governo dos EUA à exportação de chips para a China, intensificando ainda mais a guerra comercial entre as duas maiores economias mundiais.
Declarações do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, vieram agravar o sentimento dos investidores na segunda metade da semana. Powell confirmou que os aumentos de tarifas têm sido “significativamente superiores ao esperado” e que os efeitos económicos “também o serão”, prevendo inflação mais elevada e crescimento mais lento. O responsável acrescentou ainda que a Fed está numa posição favorável para esperar por maior clareza antes de considerar alterações na política monetária, o que muitos interpretaram como uma exclusão de cortes nas taxas de juro no curto prazo.
Em contrapartida, os dados económicos trouxeram algum alento. O Departamento do Censo informou que as vendas a retalho aumentaram 1,4% em março de 2025, representando o maior crescimento mensal em mais de dois anos.
Europa e Rússia
Europa
Os principais índices bolsistas europeus encerraram a semana de 14 a 18 de abril em terreno positivo, recuperando parte das perdas sofridas no início do mês. A decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de adiar a aplicação de tarifas adicionais e os sinais de novos cortes nas taxas por parte do Banco Central Europeu (BCE) impulsionaram a confiança dos investidores.
O BCE reduziu novamente a sua taxa de depósito em 0,25 pontos percentuais, fixando-a em 2,40%. A instituição retirou da sua comunicação a expressão “a política está a tornar-se significativamente menos restritiva”, indicando maior prudência. Reafirmou, no entanto, que manterá uma abordagem dependente dos dados e decidirá reunião a reunião, sem se comprometer com um rumo específico para as taxas. Apesar de considerar o processo de desinflação bem encaminhado, o BCE alertou para uma deterioração das perspetivas de crescimento devido à incerteza em torno das políticas comerciais globais.
No Reino Unido, a inflação desacelerou para 2,6% em março de 2025, face aos 2,8% registados em fevereiro. A queda nos preços de combustíveis, brinquedos e hobbies contribuiu para este alívio. A inflação dos serviços, indicador muito observado pelos decisores do Banco de Inglaterra, também abrandou mais do que o esperado, descendo para 4,7%, contra os 5% do mês anterior.
Ásia e Médio Oriente
Japão
Os mercados acionistas japoneses registaram ganhos na semana, apoiados por avanços nas negociações comerciais bilaterais com os Estados Unidos. O Japão procura a revisão das tarifas sobre as suas exportações e condições comerciais mais favoráveis.
No plano monetário, os últimos comentários do Banco do Japão (BoJ) foram interpretados como sinal de cautela. O governador Kazuo Ueda indicou que, perante incertezas como o impacto das tarifas, o apoio da política monetária poderá ser necessário. O banco central mantém a posição de que apenas aumentará as taxas se as suas previsões económicas e de preços se concretizarem.
Em termos de dados económicos, as exportações do Japão cresceram 3,9% em março face ao mesmo mês de 2024, abaixo das expectativas de 4,5% e significativamente menos que os 11,4% registados em fevereiro. Esta desaceleração reflete o impacto das tarifas norte-americanas sobre o aço e alumínio, bem como a fraca procura da Europa e da China. As importações aumentaram 2% em março, recuperando do recuo de 0,7% em fevereiro, mas ainda aquém das previsões de 3,1%.
China
Os mercados chineses registaram ganhos durante a semana até 18 de abril de 2025, impulsionados pela expectativa de novos estímulos por parte de Pequim, destinados a mitigar o impacto das tarifas norte-americanas agravadas no início do mês.
Segundo dados divulgados na quarta-feira, 16 de abril, o Produto Interno Bruto da China cresceu 5,4% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior. Embora este valor tenha superado as previsões, os analistas alertaram que o crescimento foi impulsionado por encomendas antecipadas antes da entrada em vigor das novas tarifas. Assim, apesar do resultado positivo, o número oferece pouco consolo aos decisores políticos, que se preparam para uma possível desaceleração nos trimestres seguintes.
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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
(Artigo sobre o Resumo da semana de 14 Abr a 18 Abr, formato “Geral”, atualizado com informações até 18 de Abril de 2025. Categorias: Global. Tags: Global, Resumo da Semana)