Resumo da Semana 14 a 18 Jul – 22 Jul 25

Aqui pode acompanhar o resumo da semana, que destaca os eventos mais relevantes nos mercados, na economia e na geopolítica. Este resumo oferece uma visão consolidada dos principais acontecimentos, ajudando a contextualizar tendências e a identificar os fatores que marcaram a agenda global nos últimos dias.


América do Norte

Estados Unidos

Durante a semana alguns dos principais índices bolsistas norte-americanos atingiram novos máximos históricos. Este desempenho foi impulsionado por resultados sólidos apresentados por grandes empresas cotadas e por dados económicos geralmente positivos. A temporada de apresentação de resultados arrancou em força com vários bancos de grande dimensão a divulgarem lucros superiores às expectativas relativas ao segundo trimestre. Algumas empresas de sectores voltados para o consumidor também superaram as previsões dos analistas.

No que toca à inflação, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) subiu 0,3% em junho, após um aumento de apenas 0,1% em maio. Em termos anuais, os preços aumentaram 2,7%, acima dos 2,4% registados em maio. O IPC subjacente, que exclui alimentos e energia, acelerou para 2,9% em termos homólogos, comparado com os 2,8% do mês anterior. A subida dos preços foi particularmente visível em bens domésticos, artigos de lazer e calçado, enquanto os preços dos automóveis aliviaram parte desta pressão.

Na quarta-feira, rumores de que o Presidente Donald Trump planeava demitir o presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, criaram instabilidade nos mercados. No entanto, os receios dissiparam-se rapidamente após Trump desmentir tal intenção. Desde o início de 2025, Trump tem criticado fortemente Powell devido à decisão do banco central de manter as taxas de juro inalteradas.

Europa e Rússia

Europa

Os principais índices europeus encerraram a semana de forma praticamente estável, com os investidores atentos a possíveis desenvolvimentos nas negociações comerciais entre os EUA e a União Europeia.

A produção industrial da zona euro registou uma recuperação em maio de 2025, com um crescimento de 1,7% face ao mês anterior. Este resultado contrasta com a queda de 2,2% observada em abril e superou as previsões do mercado, que apontavam para um aumento de apenas 0,9%.

Reino Unido

No Reino Unido, a inflação anual acelerou inesperadamente em junho, atingindo os 3,6%, face aos 3,4% registados em maio. Este é o ritmo mais elevado desde janeiro de 2024, com os preços dos transportes, nomeadamente dos combustíveis, a contribuírem significativamente para a subida. A inflação dos serviços manteve-se em 4,7%, contrariando as expectativas de desaceleração e evidenciando pressões persistentes nos custos. Em termos laborais, o mercado de trabalho britânico mostrou sinais de abrandamento no trimestre terminado em maio. A taxa de desemprego subiu ligeiramente para 4,7%, face aos 4,6% registados no trimestre anterior, atingindo o nível mais alto dos últimos quatro anos.

Ásia e Médio Oriente

Japão

No Japão, os mercados acionistas registaram ganhos moderados durante a semana de 15 a 19 de julho de 2025. Contudo, o desempenho foi limitado pela incerteza política antes das eleições para a câmara alta do parlamento japonês. Existe a possibilidade de que a coligação governamental liderada pelo primeiro-ministro Shigeru Ishiba perca a maioria, o que poderá impactar as políticas económicas e orçamentais futuras.

A inflação no Japão mostrou sinais de abrandamento. O IPC subjacente cresceu 3,3% em junho em comparação com o mesmo mês do ano anterior, abaixo das expectativas (3,4%) e em desaceleração face aos 3,7% registados em maio. Esta descida resultou, em grande parte, da menor contribuição dos preços da energia, beneficiados por subsídios do governo.

China

Os mercados bolsistas da China continental encerraram a semana com ganhos. Segundo o Gabinete Nacional de Estatísticas, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 5,2% no segundo trimestre de 2025, comparado com os 5,4% do primeiro trimestre. Apesar de ligeiramente mais fraco, o crescimento superou as previsões dos analistas, reduzindo a pressão para a implementação imediata de novos estímulos económicos por parte do governo central.

No entanto, o sector imobiliário continua a ser um ponto de preocupação. Os preços de novas habitações em 70 cidades caíram 0,27% em junho face a maio, enquanto os preços das casas usadas recuaram 0,61%. As vendas residenciais registaram uma queda anual de 12,6% em junho, a maior registada em 2025 até agora, segundo dados da Bloomberg. Estes números confirmam que a crise no setor imobiliário, já no seu quinto ano consecutivo, continua a afetar o consumo interno.


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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.

(Artigo sobre o Resumo da semana de 14 Junho a 18 de Julho, formato “Geral”, atualizado com informações até 18 de Julho de 2025. Categorias: Global. Tags: Global, Resumo da Semana)