Resumo da Semana 15 a 19 Set – 24 Set 25

Resumo Economico da Semana de 15 a 19 setembro 25 


Aqui pode acompanhar o resumo da semana, que destaca os eventos mais relevantes nos mercados, na economia e na geopolítica. Este resumo oferece uma visão consolidada dos principais acontecimentos, ajudando a contextualizar tendências e a identificar os fatores que marcaram a agenda global nos últimos dias.  


América do Norte  

Estados Unidos

Na semana passada, os principais índices bolsistas norte-americanos atingiram novos máximos históricos, impulsionados pela decisão do Federal Reserve de cortar as taxas de juro de curto prazo pela primeira vez em nove meses. Após a reunião de dois dias, o banco central anunciou uma redução de 0,25 pontos percentuais, a primeira desde dezembro de 2024.

O recém-nomeado governador Stephen Miran foi o único a divergir, defendendo um corte mais agressivo de 0,5 pontos percentuais. O abrandamento do mercado laboral esteve no centro da decisão, com o comunicado do Fed a reconhecer que “a criação de emprego abrandou” e que os riscos de enfraquecimento do emprego aumentaram. Segundo as projeções económicas divulgadas, a maioria dos decisores espera novos cortes que totalizem 0,5 pontos percentuais até ao final de 2025, mais do que o previsto em junho. Também aumentaram as perspetivas de reduções adicionais em 2026 e 2027.

No plano comercial, destacou-se a chamada entre o presidente norte-americano Donald Trump e o presidente chinês Xi Jinping. Trump afirmou posteriormente, através das redes sociais, que foi alcançado um acordo sobre a propriedade da plataforma TikTok nos EUA, com avanços adicionais em negociações comerciais bilaterais.

Quanto a indicadores internos, o Departamento do Comércio revelou que as vendas a retalho cresceram 0,6% em agosto de 2025 face a julho, superando as estimativas de 0,2% e marcando o terceiro mês consecutivo de crescimento.

Europa e Rússia  

Europa

Os principais índices europeus terminaram a semana em ligeira baixa, refletindo a avaliação dos investidores sobre várias decisões de política monetária. No bloco do euro, a produção industrial recuperou 0,3% em julho, após uma contração de 0,6% em junho. O aumento na produção de bens de capital e de consumo compensou a queda no setor energético.

Reino Unido

No Reino Unido, o Comité de Política Monetária do Banco de Inglaterra votou por 7 a 2 para manter a taxa de juro em 4%, conforme esperado. Além disso, reduziu o ritmo anual de vendas de obrigações da sua carteira para 70 mil milhões de libras, em vez dos 100 mil milhões anteriores, a fim de limitar pressões sobre o mercado de dívida. O governador Andrew Bailey sublinhou que, embora se espere que a inflação regresse à meta de 2%, é necessário avançar com cautela em futuros cortes.

Em agosto, a inflação anual no Reino Unido manteve-se em 3,8%. O crescimento salarial total, incluindo bónus, acelerou para 4,7% no trimestre terminado em julho, face aos 4,6% registados no trimestre anterior. Apesar da taxa de desemprego ter permanecido em 4,7%, os registos fiscais apontaram para uma queda no número de empregados com salário declarado pelo sétimo mês consecutivo em agosto.

Ásia e Médio Oriente  

Japão

Os mercados acionistas japoneses apresentaram desempenhos mistos na semana até 12 de setembro de 2025. O Banco do Japão surpreendeu ao anunciar que começará a vender participações em fundos cotados e fundos imobiliários japoneses mais cedo do que o esperado, num sinal de normalização da política monetária. Como previsto, a taxa de juro foi mantida em 0,50%, mas pela primeira vez sob a liderança de Kazuo Ueda, dois decisores preferiram uma subida. A mensagem final foi interpretada como relativamente restritiva, sugerindo espaço para uma subida ainda este ano. A taxa da dívida pública a 10 anos subiu de 1,58% para 1,62%.

Em agosto, o índice de preços no consumidor subjacente aumentou 2,7% em termos anuais, em linha com as previsões, mas abaixo dos 3,1% de julho. Apesar de continuar acima da meta de 2%, Ueda mantém prudência, salientando que a inflação ainda não está estabilizada de forma consistente.

China

Os mercados chineses registaram quedas na sequência de tomadas de lucro, agravadas por dados fracos divulgados em agosto de 2025. As vendas a retalho cresceram 3,4% em termos anuais, enquanto a produção industrial aumentou 5,2%, ambos os piores resultados mensais do ano.

O investimento em ativos fixos avançou apenas 0,5% nos primeiros oito meses do ano, o valor mais baixo para o período desde 2020. Estes números reforçaram as expectativas de novos estímulos para garantir a meta oficial de crescimento de 5%.

Entretanto, os preços à saída da fábrica caíram pelo 35.º mês consecutivo em agosto, enquanto a inflação ao consumidor voltou a terreno negativo após três meses, reforçando os sinais de pressões deflacionárias na segunda maior economia mundial.


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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.

(Artigo sobre o Resumo da semana de 15 Setembro a 19 de Setembro, formato “Geral”, atualizado com informações até 19 de Setembro de 2025. Categorias: Global. Tags: Global, Resumo da Semana)