
Aqui pode acompanhar o resumo da semana, que destaca os eventos mais relevantes nos mercados, na economia e na geopolítica. Este resumo oferece uma visão consolidada dos principais acontecimentos, ajudando a contextualizar tendências e a identificar os fatores que marcaram a agenda global nos últimos dias.
América do Norte
Estados Unidos
Os principais índices bolsistas dos EUA registaram quedas na semana encurtada pelo feriado, refletindo preocupações crescentes com tensões geopolíticas e o consumo interno. O presidente Donald Trump dominou as manchetes ao tentar intermediar uma solução para o conflito entre a Rússia e a Ucrânia e ao anunciar novas tarifas sobre automóveis, produtos farmacêuticos e madeira. No entanto, os detalhes sobre essas tarifas permanecem limitados.
As preocupações com o consumo agravaram-se após o relatório do Departamento do Comércio indicar que as vendas a retalho caíram em janeiro ao ritmo mais acelerado dos últimos dois anos. Além disso, a S&P Global revelou que o crescimento da atividade empresarial nos EUA quase estagnou em fevereiro. O Índice de Sentimento do Consumidor da Universidade de Michigan caiu face ao mês anterior, situando-se nos 64,7 pontos. Todos os componentes do índice recuaram, com destaque para uma queda de 19% nas condições de compra de bens duradouros, motivada pelo receio de aumentos de preços devido às tarifas. As expectativas de inflação para o próximo ano subiram para 4,3%, contra os 3,3% registados em janeiro.
Europa e Rússia
Zona Euro
Os principais índices europeus terminaram a semana de forma mista, refletindo um otimismo cauteloso à medida que os investidores avaliavam as implicações da política comercial dos EUA e os esforços diplomáticos para o fim do conflito na Ucrânia.
A atividade empresarial na zona euro manteve-se em território de expansão pelo segundo mês consecutivo em fevereiro. O Índice PMI Composto da Zona Euro, da S&P Global e HCOB, permaneceu nos 50,2 pontos, sinalizando estabilidade face a janeiro. Contudo, o relatório apontou para fragilidade na procura, redução dos níveis de emprego, aceleração dos custos de produção e aumento dos preços finais.
Reino Unido
No Reino Unido, a inflação e o crescimento salarial surpreenderam ao superar as previsões, levando os mercados financeiros a reduzir significativamente as apostas em cortes de juros pelo Banco de Inglaterra ao longo de 2025. A inflação anual subiu para 3% em janeiro, o nível mais alto desde março de 2024, impulsionada pelos custos dos transportes e pelo aumento dos preços dos alimentos e bebidas não alcoólicas. A inflação dos serviços, acompanhada de perto pelos decisores políticos, acelerou para 5%, enquanto a inflação subjacente (excluindo alimentos e energia) subiu para 3,7%. No período de três meses até dezembro de 2024, os salários médios (excluindo bónus) cresceram 5,9% face ao ano anterior, um aumento em relação aos 5,6% registados no trimestre anterior.
Ásia e Médio Oriente
Japão
Os mercados acionistas japoneses registaram perdas na semana encerrada a 21 de fevereiro de 2025, pressionados pela valorização do iene e pela subida dos rendimentos das obrigações do governo japonês. Além disso, as ameaças de novas tarifas por parte dos EUA contribuíram para o pessimismo dos investidores. A inflação ao consumidor no Japão surpreendeu ao subir 3,2% em janeiro de 2025 face ao ano anterior, ligeiramente acima das previsões de 3,1% e acelerando face aos 3% registados em dezembro. Os preços dos alimentos e da energia foram os principais impulsionadores. Estes dados reforçam a possibilidade de uma postura mais agressiva do Banco do Japão (BoJ) na normalização da política monetária. O governador Kazuo Ueda reiterou que, caso a inflação e a economia continuem a evoluir conforme esperado, novas subidas das taxas de juro poderão ocorrer. Os dados do PIB também sustentaram esta visão. A economia japonesa cresceu 0,7% no quarto trimestre de 2024 em relação ao trimestre anterior, superando a previsão de 0,3% e acelerando face ao crescimento de 0,4% no terceiro trimestre. Em termos anualizados, o PIB expandiu-se 2,8% nos últimos três meses de 2024.
China
Os mercados acionistas chineses registaram ganhos na semana, impulsionados pelo desempenho positivo do setor tecnológico. Empresas como Alibaba surpreenderam com resultados acima das expectativas, reforçando o interesse dos investidores no setor da internet. O otimismo também foi impulsionado pelo encontro entre o presidente Xi Jinping e vários empresários do setor tecnológico, que sinalizou uma postura mais favorável do governo em relação às empresas privadas. No entanto, o risco de uma guerra comercial com os EUA destaca a importância do setor privado como motor de crescimento para a China, especialmente num momento em que a economia enfrenta desafios, como a crise imobiliária e a fraca procura interna.
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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
(Artigo sobre o Resumo da semana de 17 a 21 Fevereiro, formato “Geral”, atualizado com informações até 21 de Fevereiro de 2025. Categorias: Global. Tags: Global, Resumo da Semana)