Resumo da semana 21 a 25 Jul – 29 Jul 25

Aqui pode acompanhar o resumo da semana, que destaca os eventos mais relevantes nos mercados, na economia e na geopolítica. Este resumo oferece uma visão consolidada dos principais acontecimentos, ajudando a contextualizar tendências e a identificar os fatores que marcaram a agenda global nos últimos dias.


América do Norte

Estados Unidos

Na semana terminada a 25 de julho de 2025, os mercados acionistas dos EUA registaram ganhos significativos, com vários índices a atingirem novos máximos históricos. Este desempenho foi impulsionado por avanços em acordos comerciais com diversos países, incluindo o Japão, Indonésia e Filipinas. Além disso, os Estados Unidos e a União Europeia chegaram a um entendimento comercial: os EUA reduzem as tarifas para 15% sobre produtos europeus, enquanto a UE compromete-se a investir na economia norte-americana.

Os dados económicos divulgados no final de julho mostraram uma aceleração da atividade empresarial no início do terceiro trimestre. O índice composto PMI subiu 1,7 pontos para 54,6, o nível mais alto em sete meses, impulsionado exclusivamente pelo setor dos serviços, cujo PMI subiu de 52,9 para 55,2. Por outro lado, o setor industrial apresentou sinais de retração, com o PMI a descer para 49,5 em julho, o valor mais baixo desde dezembro de 2024.

No setor imobiliário, os números continuam a revelar fragilidade. A National Association of Realtors anunciou que as vendas de casas usadas caíram 2,7% em junho face ao mês anterior, com uma taxa anual ajustada sazonalmente de 3,93 milhões de unidades. Apesar disso, o preço mediano das casas vendidas atingiu um novo recorde de 435.300 dólares.

Europa e Rússia

Europa

Os principais índices europeus registaram ligeiros ganhos ao longo da semana, apoiados por um otimismo cauteloso em torno do recente acordo comercial com os EUA. Ainda assim, a União Europeia advertiu que poderá aplicar tarifas retaliatórias caso não haja avanço concreto nas negociações.

Na reunião de 24 de julho de 2025, o Banco Central Europeu decidiu manter a taxa de juro da facilidade de depósito inalterada em 2%, após oito cortes sucessivos desde junho de 2024. Com a inflação da zona euro a situar-se precisamente nos 2%, o objetivo de médio prazo do BCE e a economia europeia a mostrar um desempenho dentro das expectativas, a decisão era amplamente esperada.

A Presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que o banco central está numa posição de “esperar para ver”, dado o ambiente de incerteza global, sobretudo devido a disputas comerciais. Sublinhou também que o BCE manterá a sua abordagem baseada nos dados, reforçando o compromisso com a estabilidade dos preços.

Reino Unido

No Reino Unido, os dados divulgados no final de julho revelaram uma economia em desaceleração. As vendas a retalho em junho ficaram abaixo do esperado, mesmo com as temperaturas elevadas que poderiam ter impulsionado o consumo. O índice PMI composto preliminar do Reino Unido caiu de 52,0 em junho para 51,0 em julho, segundo a S&P Global.

Embora o setor industrial tenha mostrado ligeiras melhorias, o setor dos serviços, mais representativo da economia britânica, registou uma descida. Além disso, uma queda acentuada no equilíbrio do emprego apontou para uma deterioração do mercado laboral. A pressão adicional veio das medidas orçamentais implementadas em abril de 2025, como o aumento das contribuições sociais a cargo das empresas e as tarifas comerciais mais elevadas, que penalizaram a atividade do setor privado.

Ásia e Médio Oriente

Japão

No Japão, os mercados bolsistas encerraram a semana de forma muito positiva. O impulso veio do anúncio de um acordo comercial com os EUA, que fixou uma tarifa de 15% sobre a maioria dos produtos japoneses exportados para solo americano, nomeadamente automóveis. Esta medida foi bem recebida, uma vez que os EUA tinham ameaçado aplicar uma tarifa de 25%. Paralelamente, o governo japonês comprometeu-se com investimentos na ordem dos 550 mil milhões de dólares em indústrias estratégicas nos EUA, além de abrir o mercado interno a produtos americanos.

Do lado dos dados económicos, o índice de preços no consumidor (CPI) da região de Tóquio, indicador-chave das tendências inflacionistas, subiu 2,9% em julho, desacelerando face aos 3,1% de junho e ficando abaixo das expectativas. Apesar disso, com a inflação ainda acima da meta de 2% do Banco do Japão, e com a incerteza comercial a diminuir, cresce entre os investidores a expectativa de uma nova subida das taxas de juro ainda em 2025, após o último aumento em janeiro.

China

Na China continental, os mercados acionistas subiram com o otimismo em torno de uma possível extensão da trégua tarifária com os EUA. Está agendada para esta semana, final de julho de 2025, uma terceira ronda de negociações em Estocolmo, onde o Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, se reunirá com representantes chineses. O objetivo é prolongar o atual acordo comercial, que expira em agosto.

Esta ronda segue encontros anteriores realizados em maio, em Genebra, que resultaram numa suspensão de 90 dias nas tarifas, e uma segunda reunião em junho, em Londres, que levou ao levantamento mútuo de restrições às exportações. As negociações em Estocolmo aumentaram as esperanças de uma estabilização duradoura nas relações entre os dois países, após meses de tensão agravada pelas tarifas de 145% impostas pelos EUA em abril de 2025 sob a anterior administração Trump.


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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.

(Artigo sobre o Resumo da semana de 21 Junho a 25 de Julho, formato “Geral”, atualizado com informações até 29 de Julho de 2025. Categorias: Global. Tags: Global, Resumo da Semana)