Resumo Economico da Semana de 22 a 26 setembro 25 

Aqui pode acompanhar o resumo da semana, que destaca os eventos mais relevantes nos mercados, na economia e na geopolítica. Este resumo oferece uma visão consolidada dos principais acontecimentos, ajudando a contextualizar tendências e a identificar os fatores que marcaram a agenda global nos últimos dias.  

América do Norte  

Estados Unidos

Na semana terminada, os principais índices bolsistas norte-americanos encerraram em queda, pressionados por declarações de vários responsáveis da Reserva Federal (Fed) que arrefeceram as expectativas de cortes rápidos nas taxas de juro. Na terça-feira, Jerome Powell, presidente da Fed, destacou que a economia atravessa uma “situação desafiante”, com riscos de inflação no curto prazo e sinais de enfraquecimento no mercado laboral, além de salientar que “os preços das ações estão relativamente elevados”. Outros dirigentes, como Alberto Musalem (Fed de St. Louis) e Raphael Bostic (Fed de Atlanta), reforçaram a cautela, alertando para o risco de persistência da inflação.

Em termos macroeconómicos, o índice PCE subjacente, medida preferida da Fed para acompanhar a inflação, registou em agosto uma variação mensal de 0,2%, em linha com julho e com as previsões. Em termos anuais, a inflação subjacente manteve-se em 2,9%. Também em agosto, a despesa pessoal subiu 0,6% e o rendimento pessoal avançou 0,4%, superando ligeiramente as estimativas. Já a terceira revisão do PIB do segundo trimestre indicou uma expansão anualizada de 3,8%, face aos 3,3% da estimativa anterior, impulsionada sobretudo pelo consumo privado.

Nos inquéritos de conjuntura, o índice PMI da indústria situou-se nos 52,0 pontos em setembro (contra 53,0 em agosto), sinalizando ainda assim expansão. O PMI dos serviços recuou de 54,5 para 53,9, em linha com as previsões.

Europa e Rússia  

Europa

Os principais índices europeus terminaram a semana praticamente inalterado em moeda local, refletindo a incerteza em torno das políticas de taxas de juro e das preocupações renovadas com o comércio global.

Na zona euro, os inquéritos aos gestores de compras apontaram para um crescimento moderado no terceiro trimestre de 2025, apoiado sobretudo pela atividade nos serviços, que atingiu o ritmo mais forte do ano. A produção industrial, no entanto, cresceu de forma mais contida. Na Alemanha, os dados do Instituto Ifo revelaram uma queda acentuada da confiança empresarial em setembro, embora os consumidores tenham demonstrado um pessimismo menos intenso.

Ásia e Médio Oriente  

Japão

No Japão, os mercados acionistas registaram ganhos na semana, mesmo com alguma incerteza em torno da trajetória da política monetária. A inflação da área de Tóquio, indicador avançado para todo o país, aumentou 2,5% em setembro face ao mesmo mês de 2024, valor estável em relação a agosto mas abaixo da previsão de 2,8%. Este resultado, influenciado por subsídios temporários, levou os investidores a reduzir as expectativas de uma subida imediata das taxas de juro. No entanto, as atas da reunião de julho do Banco do Japão, publicadas agora em setembro, confirmaram que a instituição mantém a disposição de subir taxas caso as suas projeções económicas se concretizem. As próximas reuniões, em outubro e dezembro, poderão ser decisivas.

China

Na China continental, os mercados bolsistas prolongaram os ganhos registados desde abril de 2025, apoiados pela elevada liquidez interna. Apesar da ausência de novos indicadores económicos ou resultados empresariais relevantes na última semana, a procura por rendimentos mais elevados por parte das famílias, num contexto de taxas de juro baixas, tem sustentado a valorização das ações.

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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.

(Artigo sobre o Resumo da semana de 22 Setembro a 26 de Setembro, formato “Geral”, atualizado com informações até 30 de Setembro de 2025. Categorias: Global. Tags: