EUA
As ações dos EUA subiram para novos máximos históricos, lideradas pelo índice Dow Jones Industrial Average e pelo índice S&P 500. Esta dinâmica ascendente foi impulsionada por novas medidas de estímulo na China, que aumentaram o otimismo quanto a uma recuperação da procura chinesa, em especial no que se refere às ações de produtos químicos e materiais. O aumento dos preços do cobre também contribuiu para o sentimento positivo, sinalizando uma potencial recuperação da economia industrial global.
Os indicadores económicos desempenharam um papel importante na formação do sentimento do mercado ao longo da semana. O índice de confiança dos consumidores caiu para 98,7, perto de um mínimo de dois anos, enquanto as percepções das condições do mercado de trabalho caíram para 81,7, perto de um nível que historicamente assinala uma recessão. Entretanto, o mercado da habitação deu sinais mistos: as vendas de casas novas caíram 4,7% em agosto, embora menos do que o esperado, e as licenças de construção foram revistas em baixa. No entanto, a queda das taxas de hipoteca levou a um aumento na atividade de refinanciamento, com o Índice de Refinanciamento de Hipotecas da Associação de Banqueiros Hipotecários atingindo seu nível mais alto desde abril de 2022.
Os dados da inflação divulgados no final da semana contribuíram para a recuperação do mercado. O Departamento de Comércio informou que o núcleo do índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE), a medida de inflação preferida do Federal Reserve, subiu apenas 0,1% em agosto, um pouco abaixo das expectativas. Em uma base anual, o índice subiu 2,2%, perto da meta de longo prazo do FED de 2,0% e a taxa mais baixa desde fevereiro de 2021. Além disso, os valores dos rendimentos e despesas pessoais para agosto foram inferiores ao esperado, apontando ainda mais para o abrandamento das pressões inflacionistas.
Europa
Os mercados acionistas europeus recuperaram e terminaram a semana em alta, uma vez que os sinais de abrandamento da atividade económica aumentaram as esperanças de possíveis cortes nas taxas de juro. Este sentimento positivo foi ainda impulsionado pelo anúncio pela China de novas medidas para estimular a sua economia, o que ajudou a aumentar a confiança do mercado.
Na Zona Euro, a atividade empresarial contraiu-se inesperadamente em setembro, devido a uma queda acentuada das novas encomendas, de acordo com os índices dos gestores de compras (PMI) da S&P Global. O sector dos serviços quase parou à medida que o impulso dos Jogos Olímpicos de Paris se desvaneceu, enquanto o sector da indústria transformadora contraiu a um ritmo mais rápido. A Alemanha, em particular, registou a queda mais acentuada da atividade empresarial em sete meses, apontando para a possibilidade de um segundo trimestre consecutivo de contração económica.
Entretanto, o sector privado do Reino Unido continuou a expandir-se, o índice de produção composto PMI provisório do Reino Unido registou 52,9 em setembro, ligeiramente abaixo dos 53,8 de agosto.
Ásia
Os mercados acionistas japoneses recuperaram na semana passada, impulsionados por comentários dovish do Banco do Japão (BoJ), que enfraqueceram o iene, e pelo otimismo em relação às medidas de estímulo da China destinadas a impulsionar a sua economia em abrandamento e o seu fraco mercado imobiliário. Na frente política, Shigeru Ishiba venceu o concurso de liderança do Partido Liberal Democrático para se tornar o próximo primeiro-ministro do Japão. Conhecido pelas suas opiniões monetárias ligeiramente hawkish, espera-se que Ishiba apoie os esforços do BoJ para normalizar a política monetária e continuar a luta contra a deflação. No plano económico, o índice de preços no consumidor (IPC) da zona de Tóquio subiu 2,0% em setembro, face a 2,4% em agosto, devido à renovação dos subsídios à energia. Dados preliminares do AU Jibun Bank mostraram que o sector privado do Japão continuou a expandir-se em setembro, liderado pelo sector dos serviços, embora a taxa de crescimento tenha abrandado ligeiramente e a produção industrial tenha contraído marginalmente.
As ações chinesas subiram acentuadamente depois de Pequim ter anunciado uma série de medidas para estimular a economia. O Banco Popular da China (PBOC) reduziu o rácio de reservas obrigatórias para a maioria dos bancos em 50 pontos base, a segunda redução este ano. Também reduziu a taxa de recompra reversa de sete dias em 20 pontos base para 1,5% e a taxa da facilidade de empréstimo de médio prazo em 30 pontos base para 2%, a maior redução desde que o instrumento foi introduzido em 2016. Estas medidas, que fazem parte de um pacote de estímulo abrangente revelado pelo Governador do PBOC, Pan Gongsheng, também incluíram taxas de juro mais baixas para as hipotecas de casas existentes e uma redução do rácio de entrada a nível nacional para a compra de uma segunda casa de 25% para 15%. Além disso, os principais líderes chineses comprometeram-se a estabilizar o mercado imobiliário e a evitar novas quedas nos preços dos imóveis, assinalando um forte empenho em apoiar o crescimento económico.
Visite o Disclaimer para mais informações.
Revisão: Revisão v1 – 01 out 24 00:12