Resumo da Semana 25 a 29 Ago – 02 Set 25

Aqui pode acompanhar o resumo da semana, que destaca os eventos mais relevantes nos mercados, na economia e na geopolítica. Este resumo oferece uma visão consolidada dos principais acontecimentos, ajudando a contextualizar tendências e a identificar os fatores que marcaram a agenda global nos últimos dias. 

América do Norte 

Estados Unidos

Na semana que antecedeu o feriado do Labor Day (30 de agosto de 2025), a maioria dos índices acionistas norte-americanos terminou em ligeira queda, refletindo volumes reduzidos de negociação típicos do final do verão.

O grande destaque foi a divulgação dos resultados da NVIDIA, na quarta-feira, 27 de agosto. A maior empresa mundial em capitalização bolsista superou as previsões do mercado, segundo dados da FactSet. Apesar de a ação ter recuado no dia seguinte, os números ajudaram a sustentar a confiança na forte valorização ligada à inteligência artificial que levou os índices a máximos históricos ao longo de 2025.

No plano político, surgiu controvérsia após o anúncio do presidente Donald Trump de que iria demitir a governadora da Reserva Federal, Lisa Cook, alegando fraude hipotecária. Cook reagiu com um processo judicial no dia 28 de agosto, enquanto a Fed declarou que respeitará qualquer decisão dos tribunais.

No mesmo período, o governador Christopher Waller reiterou o seu apoio a um corte de 0,25 pontos percentuais na próxima reunião do banco central, em setembro de 2025, salientando que a atividade económica está a abrandar e que os riscos para o mercado laboral aumentaram.

Quanto aos dados económicos, o índice de preços PCE subjacente, medida de inflação preferida pela Fed, manteve-se estável em julho, com uma variação mensal de 0,3%, semelhante à de junho. O rendimento pessoal aumentou 0,4% e os gastos dos consumidores 0,5% face ao mês anterior. Já a segunda estimativa do PIB do segundo trimestre apontou para uma expansão anualizada de 3,3%, acima dos 3% divulgados inicialmente, impulsionada por maior investimento empresarial e consumo privado.

Europa e Rússia 

Os principais índices europeus terminaram a última semana de agosto de 2025 em terreno negativo. O sentimento foi pressionado pela incerteza em torno da independência da Reserva Federal norte-americana, pelo risco de novas tarifas comerciais e pela instabilidade política em França, além da falta de avanços na guerra Rússia-Ucrânia.

Dados preliminares de inflação reforçaram a expectativa de que o Banco Central Europeu mantenha as taxas em setembro de 2025. Na Alemanha, a taxa harmonizada subiu para 2,1% em agosto, acima dos 1,8% de julho. Em Espanha, a inflação manteve-se em 2,7%, enquanto em França abrandou para 0,8%, contra 0,9% no mês anterior.

As atas da reunião de julho do BCE mostraram divisões entre os responsáveis: alguns alertaram para riscos descendentes, como o impacto das tarifas norte-americanas e a valorização do euro, enquanto outros salientaram possíveis pressões inflacionistas de longo prazo, ligadas à energia e às flutuações cambiais.

Durante o simpósio de Jackson Hole, realizado entre 22 e 24 de agosto, vários responsáveis do BCE deram sinais de que um novo corte de taxas será improvável no curto prazo, embora admitam retomar a discussão no outono, caso o crescimento económico da zona euro enfraqueça.

Ásia e Médio Oriente 

Japão 

No Japão, os mercados acionistas fecharam a semana com resultados mistos. Muitos investidores optaram por realizar mais-valias no fecho de agosto de 2025, privilegiando obrigações em detrimento de ações. Ao mesmo tempo, o adiamento inesperado das negociações comerciais com os EUA, após o negociador-chefe Ryosei Akazawa cancelar uma visita a Washington no final do mês, trouxe mais incerteza.

Os dados de inflação em Tóquio mantiveram-se acima da meta de 2% do Banco do Japão, enquanto a taxa de desemprego caiu de forma inesperada. No simpósio de Jackson Hole, o governador Kazuo Ueda afirmou esperar que a escassez no mercado de trabalho impulsione salários, sugerindo que as condições para uma nova subida das taxas de juro estão a consolidar-se.

China 

Na China continental, as bolsas prolongaram a recuperação iniciada em meados de agosto. No campo económico, os lucros industriais caíram 1,5% em julho de 2025, um valor menos negativo do que o previsto, graças ao bom desempenho do setor tecnológico. Ainda assim, outros indicadores, como vendas a retalho, produção fabril e investimento em ativos fixos, mostraram perda de dinamismo. Muitos analistas acreditam que Pequim poderá anunciar novos estímulos já em setembro, de modo a contrariar os efeitos da desaceleração e do impacto da guerra comercial com os EUA.


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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.

(Artigo sobre o Resumo da semana de 25 a 29 de Agosto, formato “Geral”, atualizado com informações até 01 de Setembro de 2025. Categorias: Global. Tags: Global, Resumo da Semana)