Resumo da Semana, 27 a 31 Jan – 03 Fev 25

Aqui pode acompanhar o resumo da semana, que destaca os eventos mais relevantes nos mercados, na economia e na geopolítica. Este resumo oferece uma visão consolidada dos principais acontecimentos, ajudando a contextualizar tendências e a identificar os fatores que marcaram a agenda global nos últimos dias.


América do Norte

A semana foi marcada por volatilidade nos mercados dos EUA, com a maioria dos principais índices fechando em queda, o desempenho foi influenciado por um movimento de venda em ações do setor de tecnologia, motivado pelo surgimento da DeepSeek, uma desenvolvedora chinesa de inteligência artificial (IA). A empresa lançou um novo modelo de linguagem de código aberto que supostamente consome menos energia e poder de processamento, gerando preocupações entre concorrentes do setor. Apesar disso, alguns balanços positivos e previsões otimistas de grandes empresas de tecnologia, como Meta Platforms e Apple, ajudaram a recuperar parte das perdas acumuladas ao longo da semana.

No campo político, o segundo mês do governo Trump trouxe novas tensões comerciais. O presidente reafirmou sua intenção de impor tarifas de 25% sobre produtos importados do México e do Canadá até 1º de fevereiro, além de ameaçar uma tarifa adicional de 10% sobre mercadorias chinesas. Essas declarações aumentaram as incertezas no mercado.

A Reserva Federal encerrou sua primeira reunião de 2025 em 29 de janeiro, mantendo a taxa básica de juros entre 4,25% e 4,50%, conforme esperado. O comunicado da Fed destacou que a economia americana segue em crescimento sólido, o mercado de trabalho permanece forte e a inflação continua elevada. O presidente Jerome Powell, afirmou que o banco central não tem pressa para alterar sua política monetária e que cortes na taxa de juros só ocorrerão caso haja avanços claros na redução da inflação ou sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho.

No final da semana o Departamento de Comércio divulgou o índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE) central, principal métrica de inflação do Fed. O indicador registou alta de 2,8% em dezembro de 2024 na comparação anual, mantendo-se no mesmo nível dos meses anteriores e acima da meta de 2% do banco central.

Europa e Rússia

Os principais índices europeus fecharam a semana em alta, impulsionados por bons resultados corporativos e pela decisão do Banco Central Europeu (BCE) de cortar as taxas de juros. Como esperado, o BCE reduziu sua taxa de depósito em 0,25%, para 2,75%. A presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que o processo de desinflação está bem encaminhado, mas destacou que a política monetária ainda é restritiva. No entanto, Lagarde evitou indicar por quanto tempo os cortes continuarão, mencionando que ainda é cedo para definir um ponto de parada.

Em relação ao desempenho económico, o crescimento da zona do euro ficou estagnado no quarto trimestre de 2024, de acordo com a estimativa preliminar divulgada em 30 de janeiro. O resultado ficou abaixo da projeção de alta de 0,1%. No entanto, o crescimento anual de 0,7% em 2024 esteve alinhado com as previsões do BCE.

No Reino Unido, o volume de novos empréstimos hipotecários superou as expectativas em dezembro de 2024. O Banco da Inglaterra informou que foram aprovadas 66.526 novas hipotecas para compra de imóveis, acima das 66.061 registadas em novembro. O aumento foi o maior desde setembro de 2022.

Ásia e Medio Oriente

No Japão, os mercados acionários apresentaram desempenho misto. A venda massiva de ações do setor de tecnologia, motivada pela concorrência da DeepSeek no setor de IA, impactou negativamente as empresas de semicondutores japonesas. Além disso, o posicionamento mais agressivo do Banco do Japão (BoJ) também pressionou o mercado. Durante sua reunião de política monetária nos dias 23 e 24 de janeiro, o BoJ elevou os juros pela terceira vez em um ano e revisou suas projeções de inflação para cima. O vice-presidente do banco central, Ryozo Himino, reforçou que novos aumentos dependerão do desempenho da economia e dos preços.

Na China, os mercados acionários registaram uma leve queda em uma semana encurtada pelo feriado do Ano Novo Lunar. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) da indústria caiu para 49,1 em janeiro, sinalizando contração no setor manufatureiro. Já o PMI de serviços recuou para 50,2, ainda indicando crescimento, mas em ritmo menor do que os 52,2 de dezembro. Além disso, dados divulgados em 29 de janeiro mostraram sinais de enfraquecimento da economia chinesa no fim de 2024. Os lucros das grandes indústrias caíram 3,3% no ano passado, marcando o terceiro ano consecutivo de retração. Analistas atribuem essa queda à persistência das pressões deflacionárias e à crise prolongada no setor imobiliário, que tem afetado a procura doméstica.


Visite o Disclaimer para mais informações.

Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.

(Artigo sobre o Resumo da semana de 27 a 31 Janeiro, formato “Geral”, atualizado com informações até 31 de Janeiro de 2025. Categorias: Global. Tags: Global, Resumo da Semana)