
Resumo Economico da Semana de 15 a 19 setembro 25
Aqui pode acompanhar o resumo da semana, que destaca os eventos mais relevantes nos mercados, na economia e na geopolítica. Este resumo oferece uma visão consolidada dos principais acontecimentos, ajudando a contextualizar tendências e a identificar os fatores que marcaram a agenda global nos últimos dias.
América do Norte
Estados Unidos
Durante a esta semana, os principais índices bolsistas norte-americanos encerraram em queda, pressionados por receios de uma nova escalada nas tensões comerciais globais e pelas crescentes preocupações em torno do impacto do prolongado encerramento parcial do governo federal.
Na manhã de sexta-feira, os mercados registaram uma forte queda após o então presidente Donald Trump ter anunciado nas redes sociais que estava a considerar “um aumento massivo das tarifas sobre produtos chineses”, em resposta aos novos controlos de exportação de terras raras propostos por Pequim.
Devido à paralisação do governo, houve uma escassez de novos dados económicos relevantes, o que fez com que a temporada de resultados empresariais ganhasse peso nas decisões dos investidores.
A divulgação das atas da reunião de política monetária da Reserva Federal realizada em meados de setembro revelou divergências entre os decisores. Alguns membros manifestaram preocupação com a persistência de uma inflação elevada e com o enfraquecimento do mercado de trabalho, salientando que “os riscos de alta para a inflação permanecem elevados, enquanto os riscos de queda para o emprego também aumentaram”.
Apesar dessas incertezas, a maioria dos responsáveis da Fed considerou “adequado manter a possibilidade de uma nova flexibilização monetária até ao final do ano”. Outros, no entanto, defenderam prudência, argumentando que a política monetária atual “pode não ser excessivamente restritiva”, o que justificaria uma abordagem cautelosa nas futuras decisões.
Europa e Rússia
Europa
Na Europa, a semana foi ligeiramente negativa para os principais índices bolsistas. Após alcançarem máximos históricos, muitos investidores aproveitaram para realizar lucros. A instabilidade política em França e as tensões comerciais internacionais contribuíram para um sentimento de maior cautela nos mercados.
Na Alemanha, a produção industrial caiu 4,3% em agosto, uma descida bem acima do esperado e que reacendeu receios de recessão. O setor automóvel foi o principal responsável pela queda, acompanhada por recuos nas áreas da maquinaria, produtos farmacêuticos, elétricos, informáticos e óticos. Além disso, os dados de exportações também surpreenderam pela negativa, com uma redução de 0,5% em relação a julho. As exportações para os Estados Unidos, o maior parceiro comercial da Alemanha em 2024, diminuíram 2,5% no mês e 20,1% em termos anuais, ajustados ao calendário.
Em França, o primeiro-ministro Sébastien Lecornu apresentou a demissão, encerrando o mandato governamental mais curto da Quinta República. O presidente Emmanuel Macron viu o seu novo governo rejeitado pela oposição, enquanto o líder da extrema-direita, Jordan Bardella, exigiu a dissolução da Assembleia Nacional e a convocação de novas eleições legislativas.
Reino Unido
No Reino Unido, os relatórios da Halifax e da Royal Institution of Chartered Surveyors (RICS) apontaram para uma desaceleração no mercado imobiliário em setembro. O índice de preços da habitação da Halifax recuou 0,3% face a agosto, revertendo o aumento de 0,2% observado no mês anterior.
Ásia e Médio Oriente
Japão
As bolsas japonesas encerraram a semana em forte alta, impulsionadas pela vitória de Sanae Takaichi nas eleições presidenciais do Partido Liberal Democrático (PLD), abrindo caminho para que se torne a próxima primeira-ministra do Japão. O resultado foi recebido positivamente pelos investidores, enquanto o iene enfraqueceu com a expectativa de novas medidas de estímulo fiscal e manutenção de uma política monetária acomodatícia.
Contudo, no final da sexta-feira, após o fecho dos mercados, o Partido Komeito, parceiro histórico de coligação do PLD, anunciou a sua retirada da aliança, citando divergências políticas e preocupações com a gestão de um escândalo de financiamento. O acontecimento gerou incerteza quanto à capacidade de Takaichi para formar governo e levantou especulações sobre a possibilidade de eleições antecipadas.
Em termos económicos, o crescimento salarial abrandou em agosto de 2025: os salários médios nominais aumentaram 1,5% em termos anuais, abaixo das expectativas de 2,7% e de uma revisão em alta para 3,4% em julho. Já os salários reais, ajustados pela inflação, caíram pelo oitavo mês consecutivo.
China
Na China continental, os mercados acionistas encerraram uma semana encurtada por feriados com resultados mistos. Dados preliminares relativos à “Semana Dourada”, o principal período de feriados nacionais iniciado a 1 de outubro de 2025, indicaram um consumo abaixo das expectativas, inferior ao registado durante o feriado do Dia do Trabalhador, em maio.
De acordo com informações do governo citadas pela Bloomberg, as vendas de retalhistas e restaurantes selecionados cresceram apenas 3,3% na primeira metade da Semana Dourada, quase metade do ritmo registado durante o feriado de maio. Estes números desapontaram, já que o período é tradicionalmente um pico de consumo no país.
Os resultados reforçam os desafios enfrentados por Pequim na tentativa de reequilibrar a economia, apostando mais no consumo interno e nos serviços, e menos na indústria e nas exportações, um dos principais objetivos da política económica chinesa para o segundo semestre de 2025.
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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
(Artigo sobre o Resumo da semana de 06 a 10 de Outubro, formato “Geral”, atualizado com informações até 14 de Outubro de 2025. Categorias: Global. Tags: Global, Resumo da Semana)