Resumo da Semana 7 a 11 Jul – 14 Jul 25

Aqui pode acompanhar o resumo da semana, que destaca os eventos mais relevantes nos mercados, na economia e na geopolítica. Este resumo oferece uma visão consolidada dos principais acontecimentos, ajudando a contextualizar tendências e a identificar os fatores que marcaram a agenda global nos últimos dias.


América do Norte

Estados Unidos

Os principais índices bolsistas norte-americanos encerraram a semana com ligeiras perdas, numa altura em que as atenções estiveram centradas nas novas tarifas comerciais anunciadas pelo Presidente Donald Trump. Apesar da gravidade das medidas, a reação dos mercados foi mais contida do que em episódios anteriores.

Trump anunciou tarifas de 25% sobre importações da Coreia do Sul e do Japão, além de novos impostos aduaneiros, em diferentes níveis, sobre países como Canadá, África do Sul, Tailândia e Malásia. O Brasil foi particularmente visado, com um aumento tarifário para 50%, justificado por Trump como resposta a processos judiciais em curso contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. O cobre foi também alvo de uma tarifa especial de 50%, o que provocou de imediato um aumento nos contratos futuros do metal nos EUA, embora os mercados internacionais tenham permanecido estáveis ou em ligeira queda.

Apesar de a semana ter sido fraca em termos de divulgação de dados económicos, os investidores analisaram atentamente a ata da reunião de política monetária da Reserva Federal realizada a meio de junho. As notas revelaram divisões entre os membros do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC): embora a maioria antecipe cortes nas taxas ainda este ano, dois membros defenderam uma possível redução já na reunião de final de julho. Por outro lado, alguns responsáveis não veem necessidade de cortes em 2025. A bolsa pouco reagiu a estas declarações.

No setor empresarial, os investidores mostraram interesse nos resultados da Delta Air Lines, que apresentou uma perspetiva positiva para o ano completo de 2025. Este otimismo impulsionou o valor das ações da companhia e de outras empresas do setor aéreo norte-americano, refletindo uma visão favorável sobre a força do consumo.

Europa e Rússia

Europa

Na Europa, os principais índices acionistas fecharam a semana com ganhos, alimentados pela esperança de novos acordos comerciais com os EUA. Contudo, no final da semana os mercados inverteram tendência depois de Donald Trump anunciar a intenção de notificar formalmente a União Europeia sobre a imposição de tarifas adicionais sobre bens europeus.

No plano económico, os dados de vendas a retalho da zona euro revelaram uma queda de 0,7% em maio face a abril, um valor acima das previsões e que sugere um consumidor ainda cauteloso. No Reino Unido, o Produto Interno Bruto (PIB) ajustado sazonalmente recuou inesperadamente 0,1% em maio, após uma contração de 0,3% em abril. A queda na produção e no setor da construção foram os principais fatores desta fraqueza. Apesar destes resultados mensais negativos, o PIB cresceu 0,5% no período de três meses até maio, um abrandamento face aos 0,7% registados até abril.

Ásia e Médio Oriente

Ásia

No Japão, os mercados acionistas recuaram ao longo da semana, pressionados por tensões comerciais e dados económicos mistos. As relações comerciais com os EUA deterioraram-se com o anúncio, feito em 8 de julho de 2025, de um aumento das tarifas sobre produtos japoneses para 25%, acima dos 24% estabelecidos em abril. No entanto, o facto de a nova tarifa só entrar em vigor a 1 de agosto foi visto por muitos investidores como uma oportunidade para negociações.

O ambiente político interno também pesou no sentimento dos investidores. As eleições para a câmara alta do parlamento, marcadas para 20 de julho, deverão resultar na perda de lugares pela coligação do primeiro-ministro Shigeru Ishiba, aumentando o risco político. Por outro lado, os dados divulgados a 10 de julho mostraram uma desaceleração acentuada no crescimento salarial em maio, alimentandos receios quanto à robustez da recuperação económica. Como resultado, muitos analistas antecipam que o Banco do Japão poderá adiar qualquer subida de taxas de juro para 2026.

Ásia

Na China continental, os mercados subiram, sustentados pela expectativa de novos estímulos económicos. O índice de preços no produtor (PPI) caiu 3,6% em junho face ao ano anterior, conforme revelado pelo Gabinete Nacional de Estatísticas no dia 10 de julho. Trata-se da maior queda em quase dois anos e da 33.ª descida mensal consecutiva dos preços à saída das fábricas. Já o índice de preços no consumidor (CPI) surpreendeu ao subir 0,1%, quebrando uma série de quatro meses consecutivos de quedas.

Este cenário de deflação persistente aumentou as expectativas de que Pequim poderá implementar novas medidas de estímulo. Ainda no início de julho, uma reunião económica de alto nível presidida por Xi Jinping sublinhou a necessidade de combater a concorrência desleal baseada em preços baixos e de eliminar capacidades industriais obsoletas, sinais claros da urgência atribuída à estabilização da economia chinesa.


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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.

(Artigo sobre o Resumo da semana de 07Junho a 11 de Julho, formato “Geral”, atualizado com informações até 14 de Julho de 2025. Categorias: Global. Tags: Global, Resumo da Semana)