
América do Norte
Os principais índices bolsistas norte-americanos registaram ganhos significativos, recuperando das perdas acentuadas da semana anterior. O destaque económico foi o relatório do Departamento do Trabalho sobre a inflação em dezembro de 2024. Embora a inflação geral tenha acelerado em relação a novembro, a inflação subjacente (excluindo alimentos e energia) subiu apenas 0,2%, o menor aumento desde julho de 2024. Em termos anuais, a inflação subjacente desacelerou para 3,2%, em comparação com os 3,3% de novembro.
Estes dados dificilmente influenciarão o Federal Reserve a cortar taxas na reunião de política monetária agendada para 30 e 31 de janeiro de 2025. Contudo, o progresso contínuo na redução da inflação mantém aberta a possibilidade de cortes de taxas mais tarde no ano.
Além disso, os pedidos de subsídio de desemprego aumentaram para 217 mil na semana terminada a 11 de janeiro, face aos 203 mil da semana anterior, mas a média móvel de quatro semanas recuou ligeiramente. Já os pedidos contínuos diminuíram para 1,86 milhões, contra 1,88 milhões na semana anterior.
Europa e Rússia
Os principais índices europeus registaram ganhos consistentes em moeda local. No entanto, a economia alemã contraiu-se 0,2% em 2024, marcando o segundo ano consecutivo de recessão. Este declínio deveu-se principalmente à redução do investimento, parcialmente compensada por aumentos no consumo privado e público.
O Banco Central Europeu (BCE) destacou a necessidade de reduzir as taxas de juro de forma gradual, conforme discutido na reunião de dezembro de 2024. O mercado espera uma nova redução de 0,25 pontos percentuais na taxa de depósito, para 2,75%, na reunião de 29 de janeiro. Economistas como Philip Lane e Luis de Guindos alertaram para a elevada incerteza global, decorrente de tensões comerciais, políticas fiscais e conflitos geopolíticos.
No Reino Unido, a inflação anual surpreendeu ao desacelerar para 2,5% em dezembro, contra os 2,6% de novembro. Esta redução reforça as expectativas de que o Banco de Inglaterra possa cortar taxas em fevereiro. A inflação dos serviços, um indicador importante para os decisores políticos, caiu para 4,4%, o nível mais baixo em quase três anos.
Ásia e Médio Oriente
Os mercados acionistas japoneses registaram perdas devido a sinais de postura rígida do Banco do Japão (BoJ). A próxima reunião de política monetária poderá decidir um aumento das taxas de juro, dependendo do progresso económico e da inflação. No entanto, alguns analistas sugerem que a subida poderá ser adiada para março ou abril. No Japão, os salários reais ajustados pela inflação caíram 0,3% em novembro de 2024, marcando o quarto mês consecutivo de declínio. O BoJ afirmou que apenas aumentará as taxas caso as condições económicas, de preços e de salários correspondam às suas projeções.
Na China, a economia apresentou sinais de recuperação, apesar das pressões deflacionárias. O PIB cresceu 5,4% no quarto trimestre de 2024, acima dos 4,6% do terceiro trimestre, atingindo 5% no acumulado do ano, em linha com a meta anual de Pequim. Outros indicadores reforçam esta tendência: a produção industrial aumentou 6,2% em dezembro, e as vendas a retalho subiram 3,7%. No entanto, o investimento imobiliário caiu 10,6% no ano. Os preços de novas casas em 70 cidades permaneceram estáveis em dezembro, após um declínio de 0,1% em novembro.
Visite o Disclaimer para mais informações.
Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
(Artigo sobre o Resumo da semana de 13 a 17 Janeiro, formato “Geral”, atualizado com informações até 17 de Janeiro de 2025. Categorias: Global. Tags: Global, Resumo da Semana)