Resumo da Semana de 19 a 23 Mai – 26 Mai 25

Aqui pode acompanhar o resumo da semana, que destaca os eventos mais relevantes nos mercados, na economia e na geopolítica. Este resumo oferece uma visão consolidada dos principais acontecimentos, ajudando a contextualizar tendências e a identificar os fatores que marcaram a agenda global nos últimos dias.


América do Norte

Estados Unidos

Na semana terminada a 23 de maio de 2025, os principais índices bolsistas norte-americanos voltaram a registar perdas, anulando os ligeiros ganhos alcançados na semana anterior e regressando a território negativo no acumulado do ano.

O ambiente manteve-se calmo até quarta-feira, quando uma fraca procura num leilão de obrigações do Tesouro a 20 anos levou a uma subida significativa das yields de longo prazo. A yield das obrigações a 30 anos atingiu o seu nível mais alto desde 2023. Embora parte desta pressão tenha sido atenuada até sexta-feira, a instabilidade foi associada à recente decisão da agência Moody’s de desclassificar a dívida soberana dos EUA, citando preocupações com o crescente défice orçamental e o aumento da dívida pública. Esta apreensão intensificou-se com a aprovação, pela Câmara dos Representantes, da nova proposta fiscal do Presidente Donald Trump, que poderá agravar ainda mais o desequilíbrio orçamental nos próximos anos.

A situação agravou-se na sexta-feira, 24 de maio, quando Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre importações da União Europeia, com entrada em vigor prevista para 1 de junho. Além disso, ameaçou aplicar uma tarifa de 25% sobre iPhones caso a Apple não transfira a produção para os Estados Unidos, o que fez as ações da empresa tecnológica caírem mais de 3% nesse mesmo dia.

Apesar do ambiente político e financeiro conturbado, a atividade económica deu sinais positivos em maio. A atividade no setor dos serviços subiu de 50,8 em abril para 52,3, segundo o índice PMI (Purchasing Managers’ Index), indicando expansão. No setor industrial, o PMI passou de 50,2 para 52,3, o valor mais elevado dos últimos três meses, superando as previsões dos analistas.

Europa e Rússia

Europa

Os principais mercados acionistas europeus encerraram a semana em queda, pondo fim a cinco semanas consecutivas de ganhos. Esta reversão foi desencadeada pelo anúncio do Presidente norte-americano de tarifas de 50% sobre produtos da União Europeia, gerando receios de retaliação e impacto no comércio transatlântico.

Em paralelo, a Comissão Europeia reviu em baixa a previsão de crescimento económico para 2025, passando de 1,3% (estimativa de final de 2024) para 0,9%, devido à escalada das tarifas e à incerteza quanto à política comercial dos EUA. A inflação na zona euro deverá atingir a meta de 2% do Banco Central Europeu já a meio de 2025, antes do previsto anteriormente.

Entretanto, os dados de maio revelaram uma contração inesperada da atividade económica na zona euro, impulsionada por uma deterioração acentuada no setor dos serviços, segundo os índices PMI compilados pela S&P Global.

Reino Unido

Os dados económicos do Reino Unido em abril e maio de 2025 apresentaram um quadro misto. A inflação anual acelerou para 3,5% em abril, o valor mais alto desde janeiro de 2024, impulsionada pelos aumentos nos custos de energia e habitação. Apesar disso, as vendas a retalho registaram uma recuperação significativa, enquanto o índice PMI apontou para uma desaceleração da atividade económica, evidenciando uma divisão entre o comportamento dos consumidores e o desempenho produtivo.

Ásia e Médio Oriente

Japão

Os mercados japoneses registaram perdas na semana de 20 a 24 de maio de 2025, influenciados pela expectativa de novos apertos monetários do Banco do Japão. A inflação subjacente subiu para 3,5% em abril, o valor mais elevado dos últimos dois anos enquanto a inflação global manteve-se em 3,6%.

O governo japonês continua a tentar negociar isenções das tarifas com os EUA. O principal negociador, Ryosei Akazawa, preparava-se para uma nova ronda de negociações em Washington durante a última semana de maio. Apesar das incertezas, os dados de março mostraram um salto de 13% nas encomendas de maquinaria um indicador chave do investimento empresarial superando largamente as expectativas de queda.

China

Os mercados chineses recuaram na semana após a atenção regressar ao estado da economia, mesmo após um cessar-fogo temporário nas tensões comerciais com os EUA, estabelecido em abril de 2025. A produção industrial surpreendeu positivamente, crescendo 6,1% em abril em relação ao ano anterior. Contudo, as vendas a retalho desaceleraram para 5,1%, face aos 5,9% registados em março, ficando abaixo das previsões.

Entre janeiro e abril, o investimento em ativos fixos cresceu 4%, refletindo a pressão de uma forte contração no setor imobiliário. Os dados sugerem que, apesar da resiliência da indústria, a confiança do consumidor permanece frágil.


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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.

(Artigo sobre o Resumo da semana de 19 a 23 Maio, formato “Geral”, atualizado com informações até 26 de Maio de 2025. Categorias: Global. Tags: Global, Resumo da Semana)