
Aqui pode acompanhar o resumo da semana, que destaca os eventos mais relevantes nos mercados, na economia e na geopolítica. Este resumo oferece uma visão consolidada dos principais acontecimentos, ajudando a contextualizar tendências e a identificar os fatores que marcaram a agenda global nos últimos dias.
América do Norte
Estados Unidos
Na semana encurtada pelo feriado do Memorial Day, os mercados bolsistas dos EUA registaram uma recuperação moderada. Apesar do bom arranque, os principais índices terminaram a semana abaixo dos máximos, após alguma pressão vendedora nos últimos dias. A subida inicial foi impulsionada pelo anúncio feito pelo Presidente Donald Trump, que adiou para 9 de julho a aplicação de uma nova tarifa de 50% sobre importações da União Europeia. Trump afirmou ainda que as negociações comerciais com o bloco seriam aceleradas.
No entanto, a volatilidade regressou mais tarde, quando o Tribunal de Comércio Internacional dos EUA decidiu que o presidente não tinha autoridade legal para impor a maioria das tarifas globais implementadas desde o início do seu segundo mandato. As ações subiram fortemente após a decisão, mas o governo norte-americano apelou de imediato e um tribunal federal suspendeu temporariamente a decisão na mesma noite, levando os mercados a corrigirem parte dos ganhos.
Entretanto, o Departamento de Análise Económica (BEA) divulgou que o índice de despesas de consumo pessoal (PCE) subjacente, o indicador de inflação preferido da Reserva Federal, subiu 2,5% em abril de 2025 em comparação com o mesmo mês de 2024, abaixo dos 2,7% registados em março e o valor mais baixo desde 2021. Apesar da desaceleração, o valor continua acima da meta de 2% da Fed. Segundo as atas da reunião de política monetária da Fed de 6 e 7 de maio, os responsáveis continuam a considerar que os riscos inflacionistas permanecem inclinados para o lado ascendente, devido sobretudo à incerteza associada às políticas comerciais e económicas.
Europa e Rússia
Europa
Na Europa, os principais índices bolsistas encerraram a semana com ligeiras valorizações, beneficiando do alívio temporário nas tensões comerciais com os EUA, após Trump ter concedido mais tempo à União Europeia para negociar antes da entrada em vigor das tarifas em julho de 2025.
Além disso, a desaceleração da inflação em algumas das principais economias europeias reforçou as expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) reduza as taxas de juro nas próximas reuniões. No entanto, a última edição da Consumer Expectations Survey do BCE, relativa a abril de 2025, revelou que as famílias da zona euro preveem uma inflação de 3,1% no ano seguinte, acima dos 2,9% registados em março, contrariando as projeções oficiais de uma desaceleração contínua.
Reino Unido
No Reino Unido, a confiança empresarial no setor dos serviços que representa a maior fatia da economia, caiu para o nível mais baixo dos últimos dois anos e meio, entre março e maio de 2025. Esta queda deveu-se ao impacto de um aumento nos impostos sobre o emprego e à subida das expectativas de inflação, de acordo com a Confederação da Indústria Britânica (CBI).
Ásia e Médio Oriente
Japão
Os mercados acionistas japoneses recuperaram ao longo da semana encerrada a 31 de maio de 2025, apoiados pela crescente esperança de um acordo comercial com os EUA. O primeiro-ministro Shigeru Ishiba e o presidente Trump mantiveram uma chamada telefónica considerada produtiva a 29 de maio, antes da quarta ronda de negociações agendada para Washington. A declaração pública de Trump a favor da compra da U.S. Steel pela japonesa Nippon Steel reforçou a perceção de que ambas as partes pretendem alcançar um acordo até à cimeira do G7, marcada para meados de junho.
A inflação subjacente em Tóquio revelou-se mais forte do que o esperado, alimentando as expectativas de uma eventual subida das taxas de juro. Ainda assim, o governador do Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, reiterou que a política monetária continuará a ser ajustada de forma cuidadosa. Ueda referiu que a recente revisão em baixa das previsões de inflação se deve a riscos para o crescimento global, como a incerteza comercial e a queda dos preços do petróleo. A combinação dos dados de inflação mais fortes e a reversão judicial sobre tarifas ilegais ajudou o iene a valorizar-se, ultrapassando os 144 ienes por dólar.
China
Na China continental, os mercados bolsistas registaram recuos, influenciados por uma semana com poucos dados económicos e pelo abrandamento nas tensões comerciais com os EUA, o que reduziu o ímpeto comprador. Após a pausa na guerra de tarifas negociada no início de maio, Pequim intensificou os esforços para proteger a economia antes do fim da janela de negociações de 90 dias, prevista para agosto de 2025.
Segundo a Bloomberg (31 de maio de 2025), a China planeia investir cerca de 500 mil milhões de yuans (cerca de 70 mil milhões de dólares) em novos projetos de infraestruturas, através de um novo instrumento de financiamento. Três bancos estatais irão captar fundos e investir em áreas como inteligência artificial, economia digital e infraestruturas de consumo.
Em paralelo, autoridades envolvidas na elaboração do próximo Plano Quinquenal, que terá início em 2026, estão a estudar formas de manter estável a proporção da indústria transformadora no PIB. Embora o plano ainda esteja em fase de preparação, os relatos sugerem que a China pretende continuar a apostar num modelo económico baseado na produção industrial, uma abordagem criticada por EUA e Europa por alegadamente contribuir para desequilíbrios comerciais.
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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
(Artigo sobre o Resumo da semana de 26 a 30 Maio, formato “Geral”, atualizado com informações até 02 de Junho de 2025. Categorias: Global. Tags: Global, Resumo da Semana)