
Aqui pode acompanhar o resumo da semana, que destaca os eventos mais relevantes nos mercados, na economia e na geopolítica. Este resumo oferece uma visão consolidada dos principais acontecimentos, ajudando a contextualizar tendências e a identificar os fatores que marcaram a agenda global nos últimos dias.
América do Norte
Estados Unidos
Na semana reduzida pelo feriado do 4 de Julho de 2025, os principais índices bolsistas norte-americanos encerraram em alta, impulsionados sobretudo por desenvolvimentos políticos e económicos. Um dos focos centrais foi o avanço do novo pacote legislativo da administração Trump, aprovado por uma margem estreita no Senado na passada terça-feira, 1 de julho, e ratificado pela Câmara dos Representantes na tarde de quinta-feira, 3 de julho.
As atenções também se voltaram para as negociações comerciais, com o Presidente Donald Trump a anunciar, a 2 de julho, um acordo comercial com o Vietname e a tecer comentários sobre conversações com vários outros parceiros comerciais. Tudo isto aconteceu numa altura em que se aproxima o prazo de 9 de julho de 2025, quando termina a pausa de 90 dias sobre as tarifas recíprocas, podendo abrir caminho a novas medidas protecionistas.
Em termos económicos, os dados do Departamento do Trabalho mostraram que, em junho de 2025, a economia norte-americana criou 147.000 empregos, superando as expectativas dos analistas. Este resultado positivo contrastou com os dados da ADP divulgados no dia 2 de julho, que apontavam para uma contração de 33.000 empregos no setor privado.
Por outro lado, a indústria transformadora norte-americana continuou a mostrar fraqueza: segundo o Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM), a atividade fabril recuou pelo quarto mês consecutivo em junho, com o PMI a atingir os 49%, ainda assim, ligeiramente acima dos 48,5% registados em maio. No setor dos serviços, houve sinais de recuperação, com o PMI a subir para 50,8% em junho, revertendo a contração registada em maio após 11 meses de crescimento consecutivo.
Europa e Rússia
Zona Euro
Durante a semana que terminou a maioria dos principais índices bolsistas europeus manteve-se estável. No que diz respeito à inflação, os dados de junho mostraram que a taxa anual na zona euro subiu para 2%, em linha com o objetivo do Banco Central Europeu (BCE), depois de ter atingido um mínimo de oito meses de 1,9% em maio. A inflação subjacente, que exclui alimentos e energia, manteve-se em 2,3%.
Os custos dos serviços, um indicador crucial monitorizado pelo BCE, aumentaram ligeiramente para 3,3%, face aos 3,2% de maio. A Presidente do BCE, Christine Lagarde, reagiu a estes números no Fórum Anual de Sintra, afirmando que o objetivo de inflação havia sido alcançado, o que arrefeceu as expectativas de novos cortes nas taxas de juro ainda este ano. Ainda assim, Lagarde sublinhou que “o trabalho não está concluído” e que será necessário mais tempo para garantir que o risco de inflação acima da meta está totalmente afastado.
Reino Unido
No Reino Unido, os sinais foram positivos no mercado imobiliário. Segundo dados do Banco de Inglaterra relativos a maio de 2025, as aprovações líquidas de hipotecas para compra de habitação subiram para 63.032, superando confortavelmente a previsão de 59.750 e os 60.656 de abril. Este aumento sugere uma recuperação após a desaceleração provocada pelo fim de um benefício fiscal em abril passado.
Ásia e Médio Oriente
Japão
Os mercados acionistas do Japão registaram perdas ao longo da semana pressionados pela perceção de que as negociações comerciais entre os Estados Unidos e o Japão estavam a perder ritmo. As divergências persistem, com Tóquio a insistir na eliminação total das tarifas, especialmente nos setores automóvel e de componentes, enquanto Washington pretende ver o Japão aumentar as importações de produtos agrícolas norte-americanos.
Os investidores estão agora atentos às eleições para a Câmara Alta do Japão, marcadas para 20 de julho de 2025, que poderão trazer alguma instabilidade política de curto prazo. Recorde-se que, nas eleições para a Câmara Baixa de outubro de 2024, o Partido Liberal Democrata e o seu parceiro de coligação, Komeito, perderam a maioria parlamentar. A crescente insatisfação com o governo do Primeiro-Ministro Shigeru Ishiba, alimentada sobretudo pelo aumento do custo de vida, poderá influenciar os resultados eleitorais.
China
Os mercados chineses do continente encerraram a semana com ganhos, apesar de os indicadores económicos divulgados traçarem um quadro misto.
O índice oficial de gestores de compras (PMI) para o setor industrial subiu ligeiramente para 49,7 em junho, face aos 49,5 de maio, segundo os dados divulgados a 1 de julho pelo Gabinete Nacional de Estatísticas. Apesar desta ligeira melhoria, o setor mantém-se em contração. Já no setor dos serviços, o cenário revelou alguma fraqueza: o PMI Caixin recuou para 50,6 em junho, o nível mais baixo dos últimos nove meses, depois dos 51,1 registados em maio, falhando as previsões do mercado.
Visite o Disclaimer para mais informações.
Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
(Artigo sobre o Resumo da semana de 30 Junho a 04 Julho, formato “Geral”, atualizado com informações até 04 de Julho de 2025. Categorias: Global. Tags: Global, Resumo da Semana)