Resumo Economico da Semana de 8 a 12 dezembro 25
Aqui pode acompanhar o resumo da semana, que destaca os eventos mais relevantes nos mercados, na economia e na geopolítica. Este resumo oferece uma visão consolidada dos principais acontecimentos, ajudando a contextualizar tendências e a identificar os fatores que marcaram a agenda global nos últimos dias.
América do Norte
Estados Unidos
Ao longo da semana a maioria dos principais índices bolsistas norte-americanos subiu e atingiu novos máximos históricos. Este movimento foi impulsionado pelo terceiro corte consecutivo das taxas de juro por parte da Reserva Federal e por declarações de responsáveis do banco central que foram interpretadas pelos investidores como menos restritivas do que o inicialmente esperado.
No mercado de trabalho, surgiram alguns sinais contraditórios. Segundo o Departamento do Trabalho, os pedidos iniciais de subsídio de desemprego aumentaram para 236 mil na semana terminada a 6 de dezembro, mais 44 mil do que na semana anterior, registando o valor mais elevado desde o início de setembro de 2025. Em contraste, os pedidos contínuos caíram para 1,838 milhões, o nível mais baixo desde abril. Em paralelo, os dados de outubro mostraram que as ofertas de emprego subiram para 7,67 milhões, um máximo de cinco meses, enquanto os despedimentos aumentaram e as novas contratações diminuíram. A taxa de saídas voluntárias caiu para o valor mais baixo desde 2020, sugerindo uma menor confiança dos trabalhadores em mudar de emprego.
A Reserva Federal encerrou a sua última reunião do ano a meio de dezembro, anunciando, como esperado, um corte de 25 pontos base na taxa de referência, que passou para o intervalo entre 3,50% e 3,75%. Pela primeira vez em seis anos, três responsáveis votaram contra a decisão maioritária, refletindo divergências internas. O comunicado oficial incluiu uma linguagem que sugere uma possível pausa futura, sublinhando que as próximas decisões dependerão da evolução dos dados económicos.
Na conferência de imprensa, o presidente da Fed, Jerome Powell, transmitiu uma mensagem equilibrada. Embora tenha referido que a política monetária se encontra próxima de um nível neutro, também alertou para riscos descendentes significativos no mercado de trabalho. Foi ainda anunciado que o banco central poderá retomar compras de dívida pública de curto prazo, caso seja necessário garantir níveis adequados de liquidez no sistema financeiro.
Europa e Rússia
Europa
Os principais índices europeus apresentaram um desempenho misto durante a semana. Em declarações feitas no início de dezembro de 2025, Isabel Schnabel, membro da Comissão Executiva do Banco Central Europeu (BCE), afirmou estar confortável com as expectativas do mercado de uma possível subida das taxas de juro, desde que os dados económicos o justifiquem. Segundo a responsável, os riscos para o crescimento e para a inflação continuam inclinados para cima.
Pouco depois, a presidente do BCE, Christine Lagarde, destacou, numa conferência do Financial Times, que a economia da zona euro tem demonstrado resiliência face às tensões comerciais internacionais e está a aproximar-se do seu potencial. Estas declarações abriram a porta a uma eventual revisão em alta das projeções económicas na reunião de dezembro.
Reino Unido
No Reino Unido, os dados mais recentes apontam para um abrandamento da atividade económica no outono de 2025, influenciado pela incerteza orçamental e pelo aumento da carga fiscal. O produto interno bruto contraiu 0,1% em outubro, repetindo a queda registada em setembro, contrariando as expectativas de crescimento. No conjunto dos três meses até outubro, a economia também recuou 0,1%.
O setor da construção foi o mais penalizado, com uma queda de 0,6%, enquanto os serviços, que representam a maior fatia da economia britânica, diminuíram 0,3%. Em sentido oposto, a produção industrial cresceu 1,1%, beneficiando do fim da paragem temporária na fábrica da Jaguar Land Rover.
Na Suíça, o Banco Nacional manteve a taxa de juro diretora em 0,0% na sua reunião de dezembro, justificando a decisão com a inflação contida e a fraqueza da atividade económica.
Ásia e Médio Oriente
Japão
Os mercados acionistas japoneses registaram ganhos na semana que antecedeu a reunião do Banco do Japão (BoJ). Os investidores passaram a antecipar quase unanimemente uma subida da taxa de juro, refletindo uma comunicação mais clara por parte do banco central, após a volatilidade gerada pela inesperada subida de taxas em julho de 2024.
De acordo com um inquérito realizado pela Bloomberg, todos os economistas consultados esperavam um aumento de 25 pontos base, elevando a taxa para 0,75%. O governador Kazuo Ueda afirmou que a inflação subjacente está a convergir para a meta de 2% e que o mercado de trabalho apertado deverá continuar a pressionar os salários em alta.
Ainda assim, os dados económicos revelaram fragilidades. O PIB do terceiro trimestre foi revisto em baixa, passando a indicar uma contração anualizada de 2,3%, devido a uma queda inesperada do investimento empresarial.
China
Na China continental, os mercados acionistas recuaram em novembro de 2025, à medida que os investidores realizaram mais-valias após os ganhos acumulados nos meses anteriores. Os dados de inflação confirmaram a persistência de pressões deflacionistas. O índice de preços no consumidor subiu 0,7% em termos anuais, mantendo-se positivo pelo segundo mês consecutivo, enquanto os preços no produtor caíram 2,2%, prolongando uma sequência de descidas que já dura há mais de três anos.
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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
(Artigo sobre o Resumo da semana de 08 a 12 de Dezembro, formato “Geral”, atualizado com informações até 12 de Dezembro de 2025. Categorias: Global. Tags: Global, Resumo da Semana)
